Os cílios de Luiza tremiam; ele era realmente uma pessoa sem-vergonha.Ela não queria mais falar com ele, pegou o celular e voltou para o quarto.Miguel não a seguiu, foi para a cozinha preparar a comida.Luiza estava desenhando no quarto quando sentiu um cheiro delicioso; seu estômago roncou de fome.Ela não tinha jantado e estava faminta."Será que eu deveria beber um pouco de leite?"Ela se levantou, calçou os sapatos e saiu do quarto. Na mesa de jantar, havia três pratos.Luiza deu uma olhada, os pratos pareciam bons, mas ela ficou constrangida em comer o que Miguel havia preparado. Desviou o olhar relutantemente e foi para a cozinha pegar leite.Miguel estava servindo a sopa e, ao vê-la entrar na cozinha, sem virar a cabeça, disse:- Está na hora de comer, vá pegar os talheres.Luiza hesitou por um momento, ainda achando que não era apropriado jantar com ele. Abriu a geladeira e pegou uma garrafa de leite fresco.Quem diria que, ao fechar a porta da geladeira, veria Miguel parado
No dia seguinte.Luiza foi acordada por uma sensação estranha.Ela sentiu algo encostado nela, muito desconfortável.Meio sonolenta, ela estendeu a mão para tocar, e então ficou assustada e abriu os olhos.Ela tinha acabado de tocar em...E ele estava reagindo...O rosto de Luiza ficou todo vermelho, e ela rapidamente se afastou dele.- O que você está fazendo?Miguel abriu os olhos sonolentos, viu o rosto corado dela, olhou para si mesmo e entendeu.- Os homens são mais sensíveis de manhã. - Ele sorriu de leve.O rosto de Luiza ficou ainda mais tenso.Ele já estava se aproximando, abraçando ela, sua voz rouca chamando ela:- Lulu.Luiza olhou para o rosto dele.Os dedos dele se aproximaram, tocando o rosto macio dela.- Você quer?- Eu não quero... - Ela não teve tempo de terminar a frase antes de ser beijada.Os lábios macios tocaram os lábios frios, ambos ficaram surpresos.A respiração de Miguel se tornou mais pesada, ele a puxou para perto, segurando sua cintura para colá-la...Lu
Luiza não respondeu, apressadamente calçou seus sapatos. Mas Miguel já estava um passo à frente, segurando ela pelo braço:- Para onde você vai? Não disse que íamos esquiar hoje?Luiza levou um susto, se lembrando do calor da manhã, se sentiu um pouco desconfortável:- Eu não vou esquiar, vou ver a Mari.- Ela pediu para você ir?- Sim, combinei com a Mari. - Luiza afastou a mão dele e saiu apressadamente.Miguel franziu a testa.Eduardo viu Luiza sair e perguntou a ele:- Senhor, então hoje não vamos mais esquiar?- Não vamos mais. - Miguel desviou o olhar. - Marque com o Yago para mim, vamos à casa do Geraldo à tarde para ver o filho dele.- Certo. - Eduardo concordou....Quando Luiza chegou à casa de Marina, o bebê de Marina estava tomando banho. E Marina, sentada no sofá olhando para o bebê, estava com um rosto cheio de ternura.- Como você saiu? - Luiza ficou um pouco surpresa. - Você ainda não terminou o período de recuperação pós-parto, certo?- Não tem problema, já estou me
- Por que você está infeliz? - Marina perguntou.A empregada respondeu:- Srta. Marina, fazer isso vai afetar a qualidade do leite, o bebê vai ficar inquieto e o Sr. Geraldo vai ficar bravo.Nas entrelinhas, estava tratando Marina como uma máquina de fazer bebês e leite. Isso era suficiente para deixar qualquer um deprimido.Marina respirou fundo e disse friamente:- Eu pedi para você trazer o bebê aqui.A empregada, relutante, não ousou desafiá-la demais, e trouxe o bebê, o entregando nas mãos de Marina.Marina pegou o bebê e lançou um olhar frio para a empregada.Luiza também aproveitou para dar uma olhada na empregada, que parecia ter pouco mais de vinte anos, mas já falava com tanta aspereza.Quando a empregada saiu, Luiza perguntou:- Que empregada é essa? Fala de um jeito tão cruel?- Ela foi enviada pelo pai do Geraldo. - Marina abaixou os olhos, segurando o bebê para Luiza ver.O bebê embrulhado era lindo como uma escultura de jade.Luiza brincou com o bebê e percebeu que Marin
Ao ver isso, Marina finalmente ficou aliviada e suas sobrancelhas relaxaram enquanto dizia para Luiza:- Quem não é assim? Ela se chama Jane, seu pai é o mordomo da casa do pai do Geraldo. Essa garota cresceu na família Baptista e pode ser considerada uma amiga de infância do Geraldo.Então era um amor de infância, e seu pai era o mordomo da família Baptista. Não era de se admirar que ela fosse tão arrogante.Neste momento, Jane entrou com algumas pessoas.Os passos se aproximavam.Luiza olhou de relance e viu Miguel e Yago se aproximando de longe.Yago foi o primeiro a notar as duas mulheres no andar de cima e sorriu:- O que vocês estão fazendo no andar de cima?Miguel levantou os olhos e olhou para ela, sem desviar o olhar.Comparada à calma de Luiza, Marina estava muito mais nervosa. Ela ainda estava de pijama, sem sutiã.Depois de soltar um grito, ela correu apressada para o quarto.Luiza desviou o olhar e a seguiu.- Foi muito embaraçoso agora. - Marina disse, cobrindo o rosto no
O cheiro familiar de cedro flutuou no ar, fazendo Luiza se sentir um pouco desconfortável, e ela se afastou um pouco.- A Mari está se recuperando do parto agora, todos devem comer a comida da dieta pós-parto com ela. - Disse Geraldo, incentivando todos a comerem.Enquanto Marina estava emocionada, Yago estava um pouco preocupado, apoiando o queixo com a mão, ele disse:- Geraldo, você está sendo injusto. A Marina está em dieta pós-parto, nós não estamos. Por que temos que comer essas comidas sem gosto?- Se você comer na frente dela, ela vai ficar com vontade. - Respondeu Geraldo calmamente, colocando um pouco de aipo no prato de Marina.Marina olhou com um brilho nos olhos para ele. Geraldo realmente pensava nela.- Por que está me olhando? - Geraldo perguntou, também olhando para ela. Os olhos dos dois quase se entrelaçavam.Yago, ao lado, colocou a mão na testa.- Não consigo mais ver isso, o que eu fiz para merecer ser torturado assim toda vez que venho aqui?Marina riu timidament
Yago olhou com um brilho nos olhos.Ao lado, Miguel estava fumando recostado no sofá, e ao ouvir isso, exalou uma baforada de fumaça e disse:- Deixe ela ajudar, mas quando não precisar, evite perturbá-la, especialmente não fique à vista dela.Miguel estava com medo que Luiza se interessasse por Yago.Yago fez um som de desdém:- Você ainda não confia em mim? A esposa do irmão não pode ser assediada, eu não sou esse tipo de pessoa.Miguel olhou para ele calmamente:- Não estou com medo de ela se apaixonar por você, isso não é possível, mas você sempre foi muito bom para ela, temo que ela dependa demais de você.- Veja só, isso é possessividade masculina. - Geraldo virou a cabeça, olhando para Yago e fez alguns estalidos com a língua. - Ele nem sequer te leva a sério, acha que a Luiza definitivamente não vai se interessar por você, só não quer que vocês dois tenham muito contato.Yago ficou sem palavras.Ao ver a expressão abatida de Yago, até o sério Miguel não pôde deixar de esboçar u
Yago riu e disse:- Essa trilha é longa, vou levar você de volta, cunhada.- Então, que tal você me levar também? - Ele disse, sem esperar a reação dos outros no carro, abriu a porta traseira e se sentou ao lado de Luiza.Luiza parecia um pouco tensa.Yago disse:- Você não tem carro? Por que veio também?- Eu deixaria vocês dois sozinhos? - Miguel respondeu de forma sombria.Yago ficou surpreso e riu:- É verdade.Luiza ficou sem palavras.Quando chegaram ao Residencial Brisa Flor, Luiza desceu do carro.Miguel também saiu, caminhando para acompanhar seu ritmo.- O que vocês estavam conversando?Ao ouvir isso, Luiza parou por um momento, pensando que ele provavelmente não sabia o que ela tinha falado com Yago e respondeu baixinho:- Nada de mais.- Ele pediu para você fazer algo difícil? - Miguel olhou de soslaio para ela.Luiza balançou a cabeça.- Não.- Se for algo difícil, não ajude.- Não é difícil. - De qualquer forma, ela ainda precisava perguntar a Luana sobre isso.Quando che