Não se sabia ao certo quanto tempo havia se passado, mas Luiza começou a se acalmar aos poucos. Theo a conduziu para dentro de casa e a fez sentar no sofá.Theo serviu um copo de água quente e o colocou em suas mãos.Sentindo a água quente nas palmas, Luiza começou a se aquecer lentamente. Ela agradeceu a ele: - Obrigada.- O que aconteceu agora há pouco? - Theo perguntou.Luiza abaixou os cílios. - Lembrei de algumas coisas ruins e me senti mal.- Foi por causa do Miguel? - Theo adivinhou imediatamente.Luiza assentiu. - Sim, lembrei do momento em que meu pai caiu da escada. Naquela época, eu implorava para ele, mas ele sempre dizia que uma boa noite de sono resolveria. Ele costumava me dizer que com o tempo tudo ficaria bem, mas meu coração estava cheio de ressentimento. Como poderia ficar tudo bem?Luiza sorriu ironicamente.Theo, pensativo, se sentou ao lado dela e a envolveu em seus braços. - Se algo assim acontecer novamente, me ligue. Não importa onde eu esteja, eu irei te b
A sensação de desconforto era ainda mais insuportável do que Luiza imaginava.Por fim, Miguel subiu as escadas com uma expressão fria e apertou a campainha.Luiza estava procurando por remédio para a febre na caixa de remédios. Acabava de tomar café da manhã e ainda estava tonta. Ela planejava tomar dois comprimidos e voltar a dormir.Ao ouvir a campainha, pensou que fosse Theo voltando e foi abrir a porta, só para encontrar Miguel do lado de fora, olhando com raiva para ela.Luiza percebeu imediatamente que algo estava errado e tentou fechar a porta.Miguel ergueu a mão para bloquear a porta e disse com um olhar frio: - Por que está fechando a porta? Tem algo a esconder?- O que eu teria para esconder? - Luiza riu friamente.- O Theo passou a noite aqui ontem, não é? É por isso que você está se sentindo culpada. Miguel empurrou a porta com força.Luiza se sentiu fraca e deu um passo para trás, se encostando na parede. Ela riu ironicamente e disse: - Ele passou a noite aqui. Qual é
Mais tarde, nos braços dele, Luiza soluçou: - Pai...A voz dele estava rouca, e a garganta sentia um pouco de amargor:- Desculpe, Lulu...Ele sabia que suas palavras eram inadequadas, mas era tudo o que conseguia expressar. A abraçou com firmeza, apoiando o queixo em sua cabeça.- Desculpe, não consigo te deixar ir. Me dê uma chance de me redimir...Luiza estava meio desmaiada, mal conseguia ouvir.No meio da noite, a febre de Luiza começou a diminuir. Ela recuperou a consciência, abriu os olhos e, em sua visão turva, viu um rosto olhando para ela.Ela piscou, e o rosto ficou claro, era o rosto de Miguel.- Você está acordada? Ainda está tonta?Luiza percebeu então que estava nos braços dele. Ela tentou falar, mas sua garganta estava tão rouca que mal conseguia. Ela estava doente.- Você dormiu o dia todo e a noite toda. Está com fome? - Miguel perguntou.- Por que você está aqui? - Luiza disse em voz rouca. - Saia daqui... Esta é minha casa, eu não quero você aqui...Ela pediu fraca
- Sim.Comprou um andar inteiro, porque o Miguel não gostava de barulho, ao comprar um andar, este andar não teria outras pessoas, então se tornou um espaço exclusivo para vocês dois.Este cara realmente não desiste.Depois do jantar, ele veio, como se tivesse acabado de voltar do trabalho, tirou o casaco e gentilmente perguntou a você: - Jantou?Luiza estava lendo uma revista de moda, olhou de soslaio para ele e disse: - Você pode voltar para sua casa?- Não posso, preciso vir ver você para ficar tranquilo.Ele se aproximou, se sentou ao seu lado, querendo a abraçar.Luiza franziu o cenho, se esquivou, mas não conseguiu, foi encurralada por ele no canto do sofá, e disse friamente: - O que você quer afinal?- Eu já disse, quero me redimir com você, Luiza, quero te reconquistar. - Ele se aproximou, com sinceridade. - O que você quiser, posso ajudar.Luiza riu de si mesma, prestes a dizer algo, a campainha tocou.Luiza olhou para ele e disse: - Preciso atender a porta, por favor, me
Luiza arregalou os olhos de repente, em pânico, tentou o empurrar.- Miguel, pare, a polícia está aqui...Miguel disse sombriamente: - Então deixe eles verem.Ele não queria a soltar.Luiza estava desesperada, gritou: - Se continuar assim, não serei mais humana, vá para o quarto e se esconda primeiro. Quando Simão sair, prometo conversar com você.- Conversar seriamente? - Ele perguntou.- Sim! - Ela respondeu, mordendo o lábio.Somente então ele concordou em soltar sua mão, mas não sem antes dar um apertão nela.Luiza estava furiosa.Que chato!Depois de arrumar suas roupas, ela saiu correndo e viu as roupas de Miguel no sofá, uma delas estava enfiada embaixo do sofá.Ao abrir a porta, os policiais estavam falando com Simão.Simão, ao ver ela sair, ficou momentaneamente atordoado. - Você está bem?- Estou bem. - Luiza ajeitou o cabelo, mostrando um sorriso pálido.- Então, por que não respondeu quando eu toquei a campainha?- Eu estava tomando banho naquela hora. - Luiza inventou u
No passado, era Nanda quem causava confusão entre ela e o Miguel. Hoje, ela a deixaria provar desse amargo sabor também.O sofrimento que ela suportou, Nanda também teria que suportar...Quando recebeu a foto, Nanda estava experimentando o quinto vestido de noiva.Ela pensou que fosse Simão, sorriu ao deslizar a tela do celular, mas então ficou séria.Luiza mandou uma foto de Simão para ela, ele estava sentado na casa dela, bebendo água.Pelo rosto dele, não parecia que detestava Luiza.A expressão de Nanda ficou sombria.Parecia que não estava errada, Simão estava interessado em Luiza. Enquanto ela experimentava vestidos de noiva, ele estava escondido na casa dela...O que ele pretendia fazer?Ter um caso com a Luiza?E por que Luiza enviou essa foto para ela?Nanda ficou furiosa, quebrou as unhas de cristal que tinha acabado de fazer, puxou o vestido de noiva e trocou de roupa no provador, se dirigindo à casa de Luiza.Vinte minutos depois, a campainha tocou na casa de Luiza.Luiza e
Miguel não disse nada.Luiza se levantou e foi em direção ao quarto. Quando estava perto da porta, ele disse: - O que você quer que eu faça para você voltar?Ele sabia que ela não amava realmente o Simão, ela só queria se vingar.- Até que ponto você pode ir pela Nanda? - Luiza perguntou de volta, curiosa sobre até onde ele poderia chegar pela Nanda.- O pai dela sempre ajudou o meu pai, temos uma dívida com a família dela. Não posso a machucar, mas posso arranjar para ela ir para o exterior, e nunca mais voltar. - Miguel levantou os olhos, o lustre de cristal refletia em seu rosto, frio e sombrio.Luiza riu: - Você sempre mantém um pouco de bondade por ela, mas e daí? Eu quero que ela seja arruinada, quero que ela se sinta pior que a morte, quero que se arrependa do que fez...- Fazer ela ir para o exterior não é suficiente? - Miguel perguntou.- Não é. - Luiza olhou sombriamente, ela a deixou completamente destruída, só ir para o exterior não era suficiente. - É por isso que não p
- Não sei como explicar. - Disse Simão com um semblante sombrio. - Não sei por que, apesar de ter um pouco de antipatia por ela, parece que sou atraído por ela sem perceber...Ele não queria enganar a Nanda, seria injusto com ela. Se estivesse realmente se apaixonando por outra pessoa, seria culpa dele. Ele escolheria terminar o relacionamento e não machucar mais a Nanda.- Você está sendo atraído por ela sem perceber? Nanda mal conseguia acreditar, afinal, era apenas questão de dias, não era? E Simão já estava assim, tão encantado. O que Luiza tinha de tão irresistível?Simão deu um sorriso amargo. - No começo, eu não sabia por que, simplesmente não gostava dela, mas minha atenção sempre acabava sendo atraída por ela. Depois, quando você disse que ela estava tentando me seduzir, percebi que não estava tão irritado quanto deveria. Mesmo assim, ainda achava que deveria a odiar para não te decepcionar. Mas na noite retrasada, quando a vi doente, fiquei acordado a noite toda, pensando m