Luiza perguntou:- Então, qual é a história da rivalidade entre a família Medeiros e a família Souza? - Se referindo à ameaça que seu pai fez a Miguel.Helena respondeu:- Uma vez resolvido este assunto, a família Souza não buscará mais vingança contra a família Medeiros, e nossas famílias poderão ser amigas novamente.Luiza ficou aliviada.Contanto que se divorciasse de Miguel, seu pai poderia ser libertado, e a família Souza não guardaria rancor contra a família Medeiros no futuro.Um sorriso, que por dias não iluminava seu rosto, fez sua expressão se suavizar, e seu humor melhorou consideravelmente.- Sogra, estou disposta a me divorciar, contanto que consiga libertar meu pai. Concordo imediatamente em me divorciar e prometo não incomodar Miguel nunca mais.Ela falava sinceramente; alguém disposto a libertar seu pai seria como remover a corda apertada em seu pescoço, libertando ela para sempre.Ao ver Luiza cooperativa, Helena sorriu gentilmente e disse:- Então está decidido.- Mas
Ao perceber que Luiza se mostrava compreensiva, Helena não pôde esconder sua satisfação. Depois de levá-la até a Quinta do Lago, presenteou ela com duas caixas de trufas.- Lulu, percebo que sua saúde não está em seu melhor estado. Estas trufas são para você se fortalecer.- Obrigada, sogra. - Agradeceu Luiza, com um sorriso ao aceitar o presente.Helena, então, fez uma ressalva:- Em relação ao nosso acordo, espero que permaneça entre nós, sem que uma terceira pessoa venha a saber.- Claro. - Concordou Luiza.Após a conversa, Helena partiu de carro.Luiza, segurando os presentes, permaneceu no quintal, sentindo as sombras em seu coração se dissiparem gradativamente.Contanto que Miguel solicitasse o divórcio, seu pai poderia ser libertado.Ela se motivou em silêncio, determinada a tornar isso realidade.Ao entrar na vila, foi recebida por Lívia, que perguntou:- Senhora, já retornou. Deseja tomar o café da manhã?- Ainda não tomei.Respondeu Luiza, com um sorriso, se sentindo revigora
Quinta do Lago era uma casa com vista para as montanhas, situada na encosta. Era um pouco complicado sair dela sem carro.Sem um carro, era muito difícil sair de lá. Miguel lançou a ela um olhar enquanto ela estava parada diante dele: doce, encantadora, cheia de juventude, como em todos os dias anteriores. Miguel pensou por um momento e decidiu que ela provavelmente estava cansada de brigar pela separação. Se tornou mais dócil e então disse:- Esse carro sempre foi seu.Luiza assentiu com a cabeça, sorrindo, e disse:- Então, eu vou indo. Ah, e quando você for visitar a Clara, se lembre de comprar um buquê de flores. As meninas gostam de flores; isso vai deixá-la de bom humor. - Dito isso, ela deixou a sala de jantar. Miguel pausou seu café da manhã, levantou os olhos para olhá-la, mas ela já estava saindo, parecendo estar de bom humor, nada sarcástica. No entanto, isso o deixou desconfortável, com um leve aperto no coração. Luiza chegou ao seu estúdio e passou o dia desenhando.Ma
Ao receber a mensagem, Luiza ficou atônita.Não esperava que a sogra agisse tão rapidamente; em apenas um dia, ela já tinha encontrado a pessoa perfeita.Luiza adicionou o número.Melhor assim; quanto antes resolvesse essa questão, mais rápido se libertaria.Ela respondeu à sogra com um "Está bem" e se virou no ateliê para escolher um novo vestido que havia desenhado, aplicou uma maquiagem suave e saiu para o encontro.Assim que pegou a bolsa, o celular tocou. Era uma chamada de Miguel.- Alô? - Atendeu Luiza enquanto descia as escadas. - Sr. Miguel, estava procurando por mim?Passou a tratá-lo por Sr. Miguel.Do outro lado da linha, Miguel, com o telefone em mãos, franziu a testa.- Por que continua me chamando de Sr. Miguel?- Me parece um tratamento adequado. - Após dizer isso, silenciou, aguardando que ele prosseguisse.Miguel então falou:- Está livre esta noite?- Algum problema?- Que tal jantarmos juntos?Sobre a mesa de Miguel havia uma bolsa, um modelo que Luiza desejava, uma
- Certo.Luiza estava relativamente calma, apesar de dois brutamontes continuarem a proferir insultos do lado de fora; abrir a porta seria loucura. Quando perceberam que ela não cedia, um dos homens, num ímpeto que parecia possessão, colocou os braços sob o carro, tentando elevá-lo. O pavor tomou conta de Luiza.- O que vocês estão fazendo?Após algumas bebidas, essas pessoas pareciam ter perdido a razão. À medida que o carro era erguido, o coração de Luiza se apertou e, num momento crítico, alguém interveio, arrastando um dos brutamontes para longe e desferindo a ela um soco. O agressor se virou, apenas para se encontrar cercado por vários seguranças, que lhe aplicaram uma surra duradoura. O carro foi gentilmente recolocado no seu lugar, e Luiza, ainda aterrorizada, levou a mão ao coração, apenas para avistar um homem elegante se aproximando ao longe, de nariz proeminente e óculos sem armação, emanando uma aura imponente.Theo?Ela mal havia assimilado a situação quando Theo já e
Theo percebeu e se virou com um sorriso gentil.- Desculpe, me aproximei demais de você, não foi?Luiza respondeu:- Não tem problema, não precisa se desculpar.Ela acreditava que ele não tinha feito isso de propósito.Theo ajudou ela a se sentar no consultório médico.Quando o médico fazia perguntas, ela respondia, dócil e obediente.Ela era o tipo de mulher que instantaneamente fazia as pessoas gostarem dela, bonita, mas de uma forma nada agressiva.Theo ficou ao lado, observando ela, e, assim que o médico terminou de preencher o relatório, veio ajudá-la.- Srta. Luiza, vou levá-la à sala de radiologia.- Obrigada. - Luiza agradeceu, e Theo pegou sua bolsa, pendurando ela em seu braço naturalmente.Luiza ficou um pouco surpresa, mas não disse nada, e o acompanhou até a sala de radiologia.Era necessário esperar na fila para o exame. Theo se sentou ao lado dela, colocou um canudo no leite de morango e ofereceu a ela.- Tome um pouco de leite.- Obrigada. - Luiza aceitou o leite, seu c
- Claro. - Theo se despediu de Clara, levando Luiza consigo.Luiza tinha caminhado um pouco quando, de repente, se virou e viu Clara atrás dela, segurando o celular e tirando uma foto sua com Theo.Os dois trocaram olhares.Clara abaixou o celular e sorriu torto.Luiza pensou que Clara tinha tirado a foto dela com Theo, provavelmente, para mostrar a Miguel e espalhar fofocas.Que mulher ardilosa.Certamente, para Miguel, ela faria tudo parecer muito apaixonado.Luiza não estava enganada, foi exatamente isso que Clara fez: "Miguel, o que aconteceu com a Lulu? À noite, no hospital, vi ela com o Theo. O que isso significa?"Miguel: "O que você quer dizer?"Clara enviou uma foto de Luiza e Theo e disse: "É que eu vi Theo levando a Lulu ao hospital, Theo segurando a bolsa da Lulu, eles pareciam muito íntimos."Miguel estava em casa jantando quando recebeu a mensagem, seu rosto esfriou consideravelmente.- Senhor, o caldo de frutos do mar está pronto. Deseja que eu sirva agora ou espere a se
Luiza estava um pouco constrangida.- Obrigada por me levar para casa.- De nada. A propósito, mandei consertar o seu carro. Vou avisá-la quando estiver pronto.- Está bem, muito obrigado pela sua assistência.- Não foi nada. - Theo sorriu.Ele era muito eficiente.Luiza tinha apenas mais uma coisa a dizer:- Obrigada!Ao chegarem à Quinta do Lago, Theo estacionou o carro e observou, com pupilas escuras, a vila de estilo minimalista.- Você mora aqui?- Sim, obrigada por me trazer de volta. - Luiza respondeu, descendo do carro com o bolo.- Luiza. - Theo a chamou de repente.Luiza, segurando o bolo, se virou, e seu rosto estava suave e tranquilo sob a luz da lua.- O que foi?- Eu acho que você é muito legal. - Theo sorriu. - Tanto você quanto o seu trabalho, eu acho excelentes. Que tal? Quer tentar uma parceria conosco no NAS? Para começarmos uma nova era juntos?Uma nova era?O coração de Luiza tremia.Não estar emocionada seria mentira.Ela se esforçou tanto por anos, tudo para alca