- Tudo bem, você que disse, o acordo acabou, então eu também não vou mais ter essa criança, amanhã mesmo irei ao hospital para fazer um aborto! - Clara ameaçou.Miguel a olhou friamente, seus olhos gelados, e falou lentamente:- Está bem, se você quer fazer um aborto, então o investimento que fiz na família Freitas será completamente retirado.Clara vacilou por um momento.Miguel afastou sua mão, dizendo friamente:- Sangue Rh negativo pode ser raro, mas você não é a única que o possui. Se você não fizer isso, outra pessoa estará disposta.Após dizer isso, pediu ao Eduardo para dirigir o carro.O carro partiu lentamente do pátio, deixando o rosto de Clara meio iluminado, meio na sombra.Laura ainda estava por lá.Ela tinha planejado esperar pela Clara do lado de fora, mas acabou ouvindo o que Miguel disse.Esperou Miguel ir embora antes de sair e ajudar a Clara a se levantar.- Mãe... - Clara se apoiou em Laura e começou a chorar.Laura acariciou seus cabelos.- Clara, este é o seu des
- Irmã? - Hélio chamou várias vezes antes de Luiza responder.Ela olhou com um olhar vago para ele, balançou a cabeça e disse:- Não é nada.Assim que ela terminou de falar, um carro de luxo parou na frente deles, a porta se abriu e Miguel, vestindo um terno preto, desceu.Esse terno era o mesmo que ele usava na foto, como um noivo.Um amargor se espalhou no fundo dos olhos de Luiza.Ele veio aqui depois de se casar?Ele se casou com a Clara, como tinha coragem de procurá-la? Estava tentando enganar as duas?Quando viu que ele se aproximava, Luiza não conseguiu se conter e se virou para correr.- Luiza! - Miguel franziu a testa e correu atrás dela.Ouvindo sua voz, Luiza correu mais rápido, a acidez em seu nariz se tornava mais intensa.Ela não queria mais lidar com ele.Definitivamente, não!Enquanto corria com a mente em tumulto, temendo ser alcançada, não percebeu um carro pequeno passando pela rua.- Luiza! - Miguel gritou de longe.Com a mente em desordem, Luiza já havia corrido p
- Miguel! - Luiza estava tão irritada que seus olhos se encheram de lágrimas.Miguel, imponente e inabalável, puxou ela para perto, encarando ela olho no olho e perguntou:- Eu vim até aqui e estou perturbando suas emoções? Você realmente não quer me ver?- Me solte!- Primeiro me esclareça isso. - Miguel a encarava friamente, e ao ver que ela continuava a se debater, simplesmente a envolveu pela cintura, colando seu corpo ao dela.Isso estava acontecendo em plena rua!O rosto de Luiza corou de raiva.- O que você está fazendo? Está maluco?- Eu te pedi para ficar quieta. - De fato, Miguel não fez nada além de segurá-la firmemente.Luiza parecia ter se esgotado da briga, ou talvez tivesse subitamente se desmanchado, seus olhos embaçados.Ele franzia a testa, falando com frieza:- Qual é o problema, afinal?- Você se casou com a Clara, por que continua vindo atrás de mim? - Luiza finalmente não conseguiu mais conter o amargor em seu coração e começou a chorar. - Você prometeu ontem que
- Está se sentindo muito mal? - Ele perguntou.Luiza fez bico, uma expressão de ressentimento no rosto.- E o que você acha? Se eu estivesse me casando com outra pessoa, você conseguiria sorrir?Seu rosto endureceu.- Claro que não.Após isso, ele a abraçou fortemente, seus lábios finos tocaram os dela, sussurrando suavemente.- Quando voltei esta manhã, descobri que minha mãe estava fingindo estar doente para me enganar. Assim que cheguei, ela me fez experimentar o terno do noivo, e foi então que Dora tirou fotos sem eu saber. Quando estava trocando de roupa, senti que algo estava errado e liguei para o Yago para perguntar sobre a condição da minha mãe. Yago disse que ela já estava bem melhor, e ele me informou que o o meu avô tinha voltado do exterior. Foi então que soube que era o momento certo, então, no casamento, revelei que o bebê da Clara não era meu.Miguel temia não estar sendo claro o suficiente, fazendo com que Luiza não acreditasse nele.Ela era um pouco ingênua, sem uma e
Miguel segurou o queixo dela, olhando nos olhos.- Agora tudo está resolvido, você entendeu?Seus olhos profundos a encaravam.Luiza se sentiu um pouco desconfortável, assentindo com a cabeça.- Entendi…Então, quer dizer que Miguel não se casou com a Clara, eles também não se divorciaram, e sua mãe não vai mais se opor a eles?Por um momento, Luiza sentiu seu coração palpitar, levantou os olhos, Miguel a observava, com emoção profunda em seu olhar.Os sentimentos que ela tinha reprimido irromperam de repente, e ela o abraçou pelo pescoço, o beijando.Miguel imediatamente respondeu ao seu beijo.O celular na bolsa tocou de repente.Luiza voltou a si, percebendo que estavam em uma rua movimentada, e disse com o rosto corado:- Estamos na rua, e meu telefone tocou.Miguel a soltou, e ela pegou o celular. Era uma ligação de Hélio, dizendo que o negócio estava bom e pedindo para ela voltar e ajudar.Luiza olhou para o relógio, eram 8 da noite, de fato a hora em que o mercado noturno ficav
Luiza, ao ouvir isso, sentiu uma pontada de compaixão.Não era de se admirar que ele parecesse tão exausto ultimamente, a Vila das Nuvens fica muito longe de Valenciana do Rio, ir e voltar leva mais de dez horas de carro, realmente era muito cansativo.Ela pegou um cobertor fino e o colocou sobre Miguel.O carro logo chegou à Vila Antônia.Hélio e Emerson saíram primeiro.Luiza acordou Miguel.- Chegamos em casa.Miguel abriu os olhos, repletos de veias vermelhas, mas ao ver Luiza, a cautela em seu olhar se dissipou, se tornando límpido.- Já fechou?Acabando de acordar, sua voz estava levemente preguiçosa e rouca.Luiza assentiu.- São mais de nove, chegamos em casa. Se você está cansado, pode subir para tomar um banho e ir dormir.- Está bem. - Ele se sentou, notando o cobertor sobre si, e perguntou a ela. - Foi você que me cobriu?Luiza confirmou com um aceno.Normalmente, era ele quem a cobria. Luiza sorriu e tirou um chocolate de trás de si.- Miguel, isso é para você, desejo ao s
Ela não reprimia mais suas emoções, e as emoções que demonstrava eram de felicidade genuína, como um girassol banhado pelo sol, radiante, abundante e brilhante. Miguel ficou hipnotizado por um momento, sorriu e pegou sua mão, querendo abraçá-la em seu colo. Luiza recusou, abraçando seu pescoço e balançando a cabeça:- Vamos comer o macarrão primeiro, senão vai esfriar.- Certo. - Miguel a soltou e olhou para o macarrão ao lado, que tinha um ovo dourado por cima e algumas verduras verdejantes. Miguel tinha um problema com a comida, sempre evitava os vegetais. Luiza franzia a testa ao lado dele e dizia de maneira feroz:- Não, você tem que comer os vegetais, Miguel, coma logo.Miguel olhou para ela, resignado, e disse:- Não quero comer.- Não importa, você tem que comer. Vou ficar de olho em você. - Ela exigiu autoritariamente. - Normalmente você cuida de mim, e eu obedeço. Agora você tem que me ouvir.Miguel, sem saída sob o olhar feroz de sua pequena esposa, comeu os vegetais com
- Está bem. - Ele beijou a ponta do seu nariz. - Durma.Abraçados, adormeceram juntos....No dia seguinte.Quando Miguel acordou, Luiza já não estava lá.Ele se vestiu e desceu para procurá-la.Mas a parte de baixo estava silenciosa, somente Sarah estava lá, cuidando da loja.- Sarah, onde está a Luiza? - Perguntou Miguel.Sarah respondeu:- A senhorita foi com o Hélio vender coisas na feira, hoje. Disse que, sendo Natal, vão tentar vender as flores que sobraram e depois voltam.Miguel, franzindo a testa, saiu em direção à cidade à procura de Luiza.Hoje, Luiza estava usando um vestido branco e tinha os cabelos presos em duas tranças espinha de peixe.Naturalmente jovem em aparência, com as tranças, parecia ainda mais uma estudante do ensino médio, com seus lábios rosados e volumosos exalando juventude.Os colegas de Hélio chegaram.Eram dois estudantes de aparência refinada que disseram ter vindo ajudar Hélio. Ao verem Luiza, ficaram encantados.- Hélio, ela é sua irmã? - Um dos col