Duas pessoas conversavam em voz baixa quando, de repente, uma modelo passou por elas, e a bolsa que carregava atingiu Luiza.- Cuidado! - Gritou Theo, puxando Luiza para longe, evitando que a bolsa a atingisse.Luiza, atônita, olhou para a modelo no palco.A modelo pediu desculpas com um gesto e continuou seu caminho.Apesar do incidente, Luiza a reconheceu.Era Bruna Souza, prima de Miguel e a filha mais velha do tio da família Souza.Luiza sabia que Bruna, por amor a um homem, havia começado a trabalhar como modelo na empresa dele.Seria esse homem o Theo?Tudo lhe pareceu muito coincidente, e, sem conseguir se conter, perguntou ao Theo:- A Bruna gosta de você?Theo ficou surpreso.- Como você sabe o nome dela?Luiza hesitou, sem saber o que responder.Acertou em cheio.Não era por acaso que Bruna tentou acertá-la com a bolsa, movida por ciúmes. Ela sempre foi arrogante e temperamental.- Eu a vi algumas vezes. - Respondeu Luiza de forma evasiva, lançando um olhar para Miguel, que n
Ela era uma jovem de uma família outrora abastada, possuidora de uma beleza sem par, mas sem habilidades para se proteger Uma jovem tão bela e pura era a presa favorita dos velhos tarados da alta sociedade.Ademais, Bryan havia ofendido muitas pessoas antes, e, por isso, inúmeros eram os homens que ansiavam por dominá-la.Luiza falou friamente:- Eu não preciso que você me controle.A mera ideia de ele ter engravidado Clara a enojava.Não queria mais dialogar com ele, se virou e se afastou.Ao dobrar a esquina, Luiza foi surpreendida por um café lançado contra si.- Vadia, como ousa flertar com Theo, quem pensa que é? - Era Bruna, acompanhada por um grupo de modelos e seus seguidores, todos lançando olhares furiosos para Luiza.Luiza estava prestes a responder quando Bruna agarrou seus cabelos.Bruna amaldiçoou: - Luiza, você não passa de uma intriguista que conspirou contra o casamento do meu primo. Agora que Clara voltou, meu primo não quer mais saber de você, e ainda assim pensa em
Miguel disse sombriamente:- Bruna?Bruna, com o coração acelerado pelo medo, se recusou a baixar a cabeça. Com os olhos vermelhos, acusou:- Primo, foi ela quem começou a me bater.- Você quer dizer que ela atacou todos vocês? - Perguntou Miguel, sua voz soando friamente.Luiza ficou surpresa.Não esperava que Miguel a defendesse.Aquilo foi completamente inesperado.- Não... Não é isso... - Bruna, pálida, mentiu descaradamente. - É porque ela roubou meu homem.- Quem é o seu homem? - A frieza no olhar de Miguel era palpável.- Theo. - Como Theo não estava presente, Bruna inventou qualquer coisa; ela nutria uma paixão havia tempos por Theo e já o considerava seu homem de coração.Miguel a encarou com desdém e disse sem rodeios:- Theo se interessaria por alguém como você?- O que há de errado comigo?- Arrogância e falta de qualidades.Bruna ficou atônita, sem resposta.Luiza esboçou um sorriso.Miguel realmente conhecia a prima; uma mulher sem qualidades de fato não tinha nada que pu
Ela precisava de dinheiro naquele instante; apenas um pouco resolveria.Todos se surpreenderam, voltando seus olhares para Luiza.Com um sorriso, Luiza disse:- Como assim? Uma herdeira rica não vai se negar a pagar as despesas médicas, não é?Bruna, incapaz de resistir à provocação, ergueu o queixo e retrucou:- Quem disse que não quero pagar? Qual o valor, me diga.- Cinquenta mil. - Luiza, temendo que Bruna mudasse de ideia, rapidamente mostrou o código para pagamento.Bruna pegou o celular para escanear.- O dinheiro já está transferido, confira para não dizer depois que não paguei.- Recebido. - Ao confirmar a transferência de cinquenta mil, o humor de Luiza melhorou significativamente, considerando que levar dois tapas por cinquenta mil valia a pena.O clima ficou tenso, Miguel observou Luiza aceitar o dinheiro com um semblante frio.Consciente de seu papel, ela pegou o dinheiro e partiu.Miguel, com uma expressão carregada, seguiu ela, exalando uma aura pesada.Luiza, confusa, s
- Bem feito. - Após observar por um tempo, ele proferiu essas palavras.Luiza se inflamou instantaneamente.- Acha que mereço ser agredida sem motivo?- Não reagir e ser agredida assim, é merecido.Luiza ficou perplexa.- Eu reagi, mas elas eram muitas. Não conseguia vencê-las e, além disso, cada uma é filha de famílias abastadas, enquanto eu sou apenas uma socialite em declínio. O que posso fazer contra elas?- Você deveria ter revidado. Queria ver quem se atreveria a te censurar.Luiza permaneceu ligeiramente atônita.O que ele queria dizer com isso?Ele iria protegê-la?Ela não compreendeu suas intenções e não pôde evitar observá-lo mais um pouco.Ele, com expressão impassível, ergueu o queixo dela, abriu o frasco de pomada que tinha nas mãos, aplicou um pouco e espalhou em seu rosto.A pomada fria aliviou a ardência imediatamente.Luiza estava confusa a respeito dele.Sempre dizendo que odiava a família Medeiros e que não gostava dela, mas, na verdade, se mostrava bastante solícito
Luiza estava desconfortável, desejando encerrar aquele flerte ambíguo. Contudo, os paparazzi estavam à sua procura, e ela receava se mover, temendo ser fotografada e gerar um escândalo que pudesse impactar o valor das ações.- Não tenha medo. - Disse ele, percebendo seu tremor e segurando firmemente sua mão delicada.Luiza se sentiu envolvida por seus dedos, se aproximando do seu peito, aturdida por um instante.- Miguel... - Ela sentiu sua reação e ficou ainda mais nervosa.Miguel falou em voz baixa:- Não fale.Sua voz era agora tão suave e doce que ele parecia irresistível.- Mas... - Luiza estava desconfortável, sentindo Miguel se pressionar contra ela através do tecido, seu rosto ardendo de vergonha.Especialmente porque o carro balançava ocasionalmente, como se incentivasse aquela situação.Luiza ficou tão nervosa que segurou a respiração, agarrando a ponta da camisa dele, com o rosto ruborizado.Ela estava extremamente tensa.E ele, imóvel atrás dela, respirava um pouco mais pe
Ela forçou um sorriso amargo nos lábios e desceu do carro, saindo de cima das pernas dele. Por dentro, uma voz incessante a incitava a voltar e pedir para Miguel não ir embora. Ela resistiu, mas não conseguiu se conter, parou e olhou para trás. - Senhor...Antes que suas palavras pudessem terminar, o carro de Miguel já havia partido, desaparecendo no crepúsculo...Luiza parecia desolada. Uma lágrima caiu na grama. Depois veio a segunda, a terceira...Ela ficou parada no vento frio, com lágrimas cobrindo o rosto. Um telefonema da Clara e ele iria correr para vê-la, sem pensar duas vezes.O que mais ela poderia esperar? Aquela mulher era a deusa que ele amava havia dez anos. Luiza perdeu toda a esperança, enxugou as lágrimas, correu para o apartamento para arrumar suas coisas e partir....Miguel dirigiu para o hospital. Chegando lá, viu Clara acariciando a barriga, sentada firmemente na cama do hospital, parecendo frágil. - Miguel, você chegou. - Ao vê-lo, ela sorriu, seus olh
Miguel voltou à Quinta do Lago quando já era noite.Lívia saiu ao seu encontro e disse: - Senhor, a secretária do Sr. Souza ligou, pedindo para o senhor e sua esposa retornarem no sábado à noite.- Entendi. - Respondeu Miguel. - Minha esposa já jantou?Lívia parecia confusa. - A senhora saiu ao entardecer e não voltou ainda.Miguel parou por um instante, subiu as escadas apressadamente e notou que todos os livros de referência dela não estavam mais na mesa e algumas roupas também haviam sumido do guarda-roupa.Miguel franziu a testa, suas feições agora pareciam especialmente sombrias....Luiza jantava no estúdio com Marina.Marina comprou duas dúzias de cervejas e, enquanto bebiam, começaram a conversar sobre o Grupo NAS.Marina estava surpresa. - Sério? O Grupo NAS, líder na indústria de marcas de luxo, realmente quer fazer parceria conosco?- Algo nisso me soa fácil demais. - Disse Luiza, incerta do motivo, mas relutante em correr riscos.Marina concordou. - Talvez devêssemos in