Luiza deixou os olhos brilharem levemente, mas logo se lembrou de que estava fingindo fragilidade. Então, perguntou suavemente: — Posso sair? — Hoje à noite é o décimo aniversário de casamento do General Uéliton e da esposa dele. Ele me convidou para uma festa no hotel. Se você quiser sair um pouco, posso levá-la comigo. — Pode ser. — Luiza não se atreveu a parecer muito animada e respondeu calmamente. Theo sorriu: — Falando em sair, você não está se sentindo mal, né? — Já disse que foi só algo que comi de errado, agora já estou bem. — Luiza temia que ele percebesse algo, então ainda esfregou o estômago como se nada tivesse acontecido. Theo a observou por um instante e, de repente, estendeu a mão para massagear sua barriga. Luiza ficou completamente rígida, mas não ousou detê-lo. Ela sabia que poderia sair naquela noite e precisava aproveitar essa oportunidade. Mesmo que não conseguisse fugir, ao menos precisava enviar uma mensagem. Depois de descansar, Theo pediu que
Isso era algo que jamais poderia ser apagado. Theo também entendia isso, então apenas acenou com a cabeça: — Deixa para lá. O que passou, passou. Vamos considerar que estamos quites. Além disso, viver aqui não é tão ruim assim para mim. O ambiente é perigoso, mas, de certa forma, acaba sendo favorável. Com isso, a conversa entre os dois chegou ao fim, e o banquete começou. O General Uéliton subiu ao palco com uma taça de vinho em mãos e iniciou um discurso. Logo em seguida, chamou Theo para se juntar a ele no palco. Os dois brindaram e trocaram algumas palavras que Luiza não conseguiu entender. Enquanto isso, os olhos dela vagavam em direção à porta do salão. Assim que percebeu que o olhar de Theo estava distante, sem prestar atenção nela, Luiza saiu discretamente. Ao sair do salão, se deparou com soldados armados por todos os lados. Luiza sabia que, naquela situação, seria melhor não correr. Se tentasse, poderia levar um tiro na cabeça a qualquer momento. Ela seguiu cal
Enquanto os três desciam as escadas, um estrondo repentino ecoou ao lado deles. Um dos seguranças que escoltavam Luiza caiu no chão. Tinha sido atingido por uma bala! Luiza ficou aterrorizada. Antes que pudesse reagir, outro segurança ao seu lado também foi baleado, caindo em uma poça de sangue. Os olhos de Luiza se arregalaram. No instante seguinte, uma mão firme agarrou seu braço. Quando viu o rosto da pessoa, um frio percorreu todo o seu corpo. Era Theo. Ele era o responsável pelos disparos que haviam atingido os dois seguranças. — Quem mandou você sair do salão de festas? — Theo disse com um olhar sombrio, enquanto a puxava rapidamente para baixo. Luiza não sabia o que dizer. Ela sabia que as pessoas que estavam ali para resgatá-la eram de Miguel. Era para ele que ela deveria correr. Mas, se tentasse fugir naquele momento, será que Theo, irritado, atiraria nela? No fim, Luiza não teve coragem de arriscar. Permitiu que Theo a puxasse escada abaixo. Em meio à
- Senhora, o senhor voltou para casa.- Verdade? - Luiza estava desenhando quando ouviu isso. Seus olhos brilharam, e ela abriu as cortinas à sua frente.Um carro de luxo entrou na mansão. Ela olhou para fora. O homem estava sentado no carro, com um rosto profundo e olhos estreitos, emanando uma dignidade majestosa em cada gesto."É mesmo ele, é o Senhor!"O coração de Luiza começou a bater forte.Especialmente ao pensar no que ele fazia toda vez que voltava, suas bochechas ficavam ainda mais vermelhas.Cada beijo era tão apaixonado e intenso.Ela se sentia nervosa e envergonhada.Nesse momento, a porta do quarto se abriu, e um homem elegante entrou.Luiza olhou para ele, sorrindo: - Senhor.- Venha aqui. - O homem, com mãos bem definidas, desfez a gravata.Luiza, envergonhada, caminhou em sua direção.No segundo seguinte, foi puxada para seus braços e beijada intensamente.Luiza murmurou duas vezes antes de se entregar completamente, sendo levada para a cama e ardentemente dominada
Luiza sentia uma amargura no coração.Ao pegar roupas escuras no vestiário, voltou para o quarto e o ouviu atendendo uma ligação.- Não tenha medo, deixe a Nicole cuidar de você, estarei aí em breve. - Disse Miguel ao telefone, com uma ternura que ela nunca tinha ouvido antes.Luiza parou por um momento, e a doçura em seu coração subitamente desapareceu.- Senhor. - Perguntando com cautela. - De quem é a ligação?Miguel a olhou.Sua estatura, de quase um metro e noventa, era intimidadora. Ele respondeu friamente: - Não é ninguém.- É uma mulher?- Não é da sua conta. - Disse ele, antes de pegar as roupas dela e vesti-las.Normalmente, era ela quem o vestia.Será que um homem, ao se apaixonar por outra, começaria a rejeitar a própria esposa?O estômago de Luiza começou a se contrair novamente.Parecia mesmo ser uma doença estomacal.Ela sentia desconforto e dor.Miguel se vestiu e partiu.Luiza sentiu um senso de crise. A intuição feminina era sempre precisa.Ela correu até a porta e
Luiza subitamente se lembrou das palavras proferidas pelo amigo do seu Senhor. Este havia comentado: "Miguel carrega no coração uma mulher que conheceu nas Américas, ele a tem guardado em seu coração por muitos anos, e ela se assemelha muito a você."Naquela época, Luiza não se convenceu, pensando que essa mulher era apenas uma lembrança do passado e certamente inferior a ela.Hoje, como se despertasse de um sonho, ao ver o Senhor tratando essa mulher com tanta gentileza, sentiu seu coração ser perfurado por uma adaga, doendo a ponto de suas entranhas se retorcerem.No ambiente ruidoso, Miguel estava prestes a acompanhar a mulher para fora, quando avistou Luiza, acompanhada por Lívia. Ele franziu levemente a testa.A mulher perguntou com suavidade:- Miguel, você a conhece?- Sim, ela é minha esposa, Luiza. - Respondeu Miguel, com um tom frio. - Clara, vá para o carro, já estou a caminho.Clara Freitas assentiu obedientemente e, antes de ir embora, lançou um olhar para Luiza.Seus ol
- Lulu, você sabia que seu Senhor está tendo um caso? - A ligação era de sua melhor amiga, Marina Cunha. - Eu vi a notícia dele esta manhã. Ele está envolvido com uma pianista chamada Clara. Parece que ela pode estar grávida. Eles foram para o hospital e virou notícia. Você tem que ver isso!Luiza sentiu um aperto no coração e pegou o celular.No Facebook, havia inúmeras fotos de Miguel, CEO executivo do Grupo Sunland, acompanhando Clara ao hospital na noite anterior. Sua vida privada sempre atraía atenção, sendo ele o solteirão mais cobiçado da cidade.Desta vez, ele foi fotografado com Clara num exame pré-natal. Subitamente, a notícia alcançou o topo das buscas, e até informações de Clara foram expostas. Ela, uma famosa pianista das Américas, conhecia Miguel desde a infância. Eles tinham um relacionamento próximo. Depois de estudar no exterior, Clara voltou ao país, e o amor entre o poderoso CEO e a deusa finalmente se concretizou. A internet estava enlouquecida.Todos chora
Miguel franziu a testa e se aproximou. Ela estava de olhos fechados, seu rosto adormecido exalando inocência, mas não escondia sua beleza, especialmente seus lábios, rosados e cheios, como pêssegos doces e tentadores. Miguel, ao ver essa cena, sentiu sua ira desaparecer subitamente. Ele se inclinou e a levantou em seus braços. Sentindo o calor, ela se aninhou instintivamente em seus braços, buscando mais calor. Miguel a observou com um olhar profundo, imerso em pensamentos. Então, ele a colocou na cama e estava prestes a sair quando a ouviu murmurar em seu sono: - Senhor, você é um canalha...Miguel hesitou, sua mão tocando seu rosto tranquilo, acariciando sua face serena. Luiza, profundamente adormecida, inconscientemente pressionou seus lábios contra os dedos dele. Miguel respirou fundo.- Luiza?Ela acordou? Luiza não respondeu, segurou sua mão firmemente, com o rosto pressionado contra ela, numa expressão de afeição. Miguel baixou a cabeça e a beijou. Sua língua ficou e