— Quer tomar banho junto? — Luiza perguntou a ele.Miguel não deu atenção a ela e, abaixando o olhar, disse:— Eu já te recusei.— Mas eu ainda quero conversar. — Luiza se aproximou, dizendo sedutoramente. — Do que você tem medo, afinal? Só quero meu celular e um pouco de liberdade para sair. Você é tão incrível, ainda tem medo que eu fuja?Miguel não respondeu.Ele sabia que ela estava fazendo de propósito.Sabia que não resistia a ela, e que ela havia vindo com segundas intenções para seduzi-lo. Se ele a tocasse, certamente teria que ceder às suas vontades.Ele tinha plena consciência disso.Mas entender era uma coisa; conseguir resistir a ela era outra completamente diferente.Especialmente quando ela se aproximou ainda mais, com sua pele branca e suave aninhada em seu peito, sussurrando de maneira sugestiva:— Que tal? Você me dá um pouco de liberdade, e eu caso com você de novo. Se você me fizer feliz, eu faço você feliz, o que acha?— Como você quer me fazer feliz?A mão de Luiza
Ele estava ao lado dela, com as mãos casualmente enfiadas nos bolsos.— No começo, eu realmente pensei que você fosse uma empregadinha, com as mãos cheias de queimaduras do frio... — Ao dizer isso, ele instintivamente olhou para as mãos dela, que estavam escondidas nos bolsos. Liam perguntou. — Suas mãos já melhoraram?— Basicamente, sim. — Respondeu Luiza. Ela havia passado três dias na mansão, que tinha aquecimento, então suas mãos estavam quase completamente curadas.Mesmo assim, ela ainda queria agradecer ao Liam. Se virou para ele e disse:— Ainda assim, obrigada pelas luvas.— Parece que ele gosta bastante de você. Por que deixaria você ser uma empregada? — Liam estava claramente confuso.Luiza abaixou o olhar.— Naquela época, acho que ele me odiava.Naquele tempo, ele odiava o fato de ela tê-lo enganado, por isso a castigou, enviando ela para a mansão como empregada.— Odiava você, então te fez ser empregada? — Liam ainda não conseguia entender.Luiza sorriu e disse:— Sim, ele
Ao abrir a porta, Luiza percebeu que a porta do escritório era muito grossa, diferente de antes, e não pôde deixar de perguntar:— Essa porta parece diferente.— É à prova de balas. — Miguel respondeu casualmente, entrando na sala e acrescentando. — As janelas da Mansão Jardim também são à prova de balas.— É para prevenir assassinatos? — Perguntou Luiza.Miguel respondeu:— É para evitar que você fuja.Luiza ficou paralisada por um momento.Miguel notou a mudança em sua expressão e, percebendo que a piada não caiu bem, falou com seriedade:— É para prevenir assassinatos.A vida de alguns anos atrás, ele não queria reviver novamente.Theo só conseguiu usar Luiza para ter sucesso uma única vez.Havia um traço de culpa no rosto de Luiza. Ela olhou em volta pelo escritório e perguntou:— Essas janelas do chão ao teto também são à prova de balas?— Sim, tiros não passam por elas.Todos os recursos e materiais da casa foram pensados para serem à prova de balas.O sistema de segurança também
Luiza vestiu o vestido branco de caxemira, mas logo começou a sentir calor, pois o clima em Valenciana do Rio estava gradualmente entrando na primavera e começava a ficar abafado.Ao descer, viu que todos os empregados da casa haviam sido reunidos na sala de estar, formando um grupo compacto de dezenas de pessoas.Miguel, vestindo um terno sob medida, estava sentado no sofá largo, exibindo uma postura imponente e nobre. Eduardo, ao seu lado, segurava um iPad com uma expressão séria.— Senhora. — Eduardo foi o primeiro a notar Luiza.Logo, todos os empregados voltaram seus olhares para ela.Na curva da escada, estava uma bela mulher. Ela usava um vestido branco de caxemira e parecia uma delicada porcelana, irradiando uma aura translúcida.— Venha. — Miguel também olhou para ela e a chamou.Todos os olhares estavam focados em Luiza.Se sentindo um pouco desconfortável, ela deu alguns passos em direção ao Miguel e perguntou baixinho:— O que está acontecendo?— Estou te legitimando. — Mig
Ele pediu a Ângela que levasse as roupas para o closet no segundo andar, assim como faziam na Quinta do Lago, onde os dois compartilhavam um único closet. Ele gostava dos dias em que Luiza escolhia suas roupas e amarrava sua gravata todas as manhãs. Conversando, os dois subiram para o segundo andar. Do outro lado, Ivy e Liam observavam a cena em silêncio. Depois de um tempo, Ivy comentou: — O Presidente Miguel realmente é muito atencioso com a esposa. Liam, com as mãos nos bolsos, assentiu. Embora tivesse uma certa simpatia por Luiza no início, um cavalheiro não cobiçava o que pertencia aos outros. Além disso, ele era do País Y e não ficaria por muito tempo em Valenciana do Rio. — Parece que o Presidente Miguel não terá tempo para nos receber agora. Vamos para o quarto arrumar nossas malas, vamos embora de Valenciana do Rio à tarde. — Disse Liam enquanto se virava para sair. Ivy sorriu e o seguiu. ... Na hora do almoço, Miguel e Luiza recepcionaram Ivy e Liam juntos
Ele então soube que ela não estava em perigo, mas Melissa disse que Luiza provavelmente estava sendo controlada por Miguel e, por isso, não podia atender o telefone.O próximo objetivo deles era resgatar Luiza, claro que, ao mesmo tempo, estavam lidando com Theo também.Quando Melissa chegou ao País R, ela rompeu definitivamente com Theo.Theo, ao descobrir que havia sido enganado, ficou furioso e tomou o controle de todo o Grupo Santos Internacional.No entanto, como ele não tinha acesso aos segredos internos do grupo, mesmo com o controle do Grupo Santos Internacional, ele só havia obtido a ponta do iceberg, o que não era suficiente para causar grandes preocupações.Os segredos estavam nas mãos de Melissa.Recentemente, Melissa já havia se recuperado e começado a entrar em contato com seus antigos subordinados e parceiros de negócios, tentando salvar o Grupo Santos Internacional o máximo possível. Qualquer coisa que pudesse ser resgatada já era um ganho.Ao ouvir que sua avó já havia
Theo mantinha uma expressão severa. — Consegue confirmar se ela está segura? — Pelo que parece, ela está segura por enquanto. Ouvi dizer que hoje de manhã enviaram mais de mil conjuntos de roupas femininas para a Mansão. Presidente Pires, acho que a Srta. Luiza já está vivendo com o Miguel... — Giovana insinuou, tentando convencer Theo a desistir de procurar Luiza. Desde o dia em que Luiza foi levada por Miguel, Theo parecia ter enlouquecido. Ele ficou furioso e enviou muitas pessoas para procurá-la. Mas Giovana achava que Theo não deveria mais procurar por aquela mulher. Ela já o havia traído, levando sua avó para o País R e se aliando ao Francisco. Ela havia escolhido ficar do lado oposto a ele, então, independentemente de estar viva ou morta agora, Theo não deveria procurá-la. Atualmente, o Grupo Pires já enfrentava uma crise considerável, mas Theo parecia alheio a tudo, isolado em casa, com o único objetivo de trazer Luiza de volta. — Foi o Miguel que a forçou. — Theo
Miguel franziu a testa e olhou para Luiza. Luiza imediatamente cobriu a boca dele e sussurrou em seu ouvido: — Shh, estou ouvindo. Miguel não disse mais nada; seus olhos voltaram para o celular. Do outro lado, se ouviam passos, seguidos pelo som de um motor de carro, e depois silêncio. Miguel comentou: — Ele tem um bloqueador de escuta no carro. Por isso, não dava mais para ouvir nada, o sinal do celular foi interrompido, resultando apenas em estática. Luiza disse: — Ele acabou de pedir para a Giovana reservar passagens de avião. Vai voar para o País Y para encontrar o pessoal da família Berk. Ao ouvir isso, o olhar de Miguel se fixou nela. — Por que está me contando isso? — Você também está disputando esse projeto, não está? Se ele for ao País Y, isso não seria uma ameaça para você? — Está preocupada comigo? — Não posso me preocupar com você? — Ela retrucou. O olhar de Miguel ficou mais intenso, como se estivesse um pouco surpreso. Ele sorriu: — Só não es