Quando acordou, Olivia estava deitada no sofá da sala de estar, com um par de olhos pretos sobre ela. Matteo a colocou ali, e com um pedaço de algodão molhado em álcool a trouxe de volta o passando diante o seu nariz.
— Gloomy.... eu tenho que...
— Não Olivia, não se levante.
— Você não entendeu, eles vão matá-los, eu tenho que avisar, eu tenho que ir para o porto.
— Não... você não vai! — Disse ele.
Matteo tentava a todo custo mantê-la sobre controle, sua única alternativa foi usar sua força para prendê-la novamente no assento quando se levantou.
— Me solta, eles vão morrer. — Olivia brandou com sua voz estridente.
Uma hora depois... Gloomy havia tomado banho e estava com o doutor Miguel em seu quarto, quando o mesmo dava os últimos pontos na abertura de sua pele.— Está tudo bem Doutor?— Sim... é só você tomar os antibióticos na hora certa. — Respondeu o médico se afastando e guardando seus itens na maleta.— Eu não perguntei por mim, mas por meu irmão. Por que ele ainda não acordou?Depois de ter visto Zyan quase morrer, o medo de perdê-lo o atingiu forte, juntamente com a preocupação do que aconteceria depois. Zyan foi a única coisa que restou da sua família, a única coisa boa, que não tinha haver com os assuntos da máfia. vê-lo partir significaria perder uma boa parte de si mesmo no processo. Uma parte ainda humana.
O sol já havia ido embora, quando Olivia saiu do banheiro com uma toalha em sua cabeça, ao amarrar seu roupão. A leveza da água quente que esteve sobre seu corpo, ainda a relaxava, quando suspirou pesadamente ao pisar no tapete do quarto com os pés molhados. Olivia não sabia o que esperar desta noite. Seus pensamentos estavam a torturando pelo o que aconteceu com Zyan, tanto que esqueceu de deixar sua roupa pronta para vestir, só então... quando ela volta sua atenção para o quarto, ela nota algo em cima da sua cama em um grande embrulho.- O que é isso? Não estava aqui antes. - Ela questiona, sentando na beirada da cama.Então colocou suas mãos sobre a sacola e retirou uma caixa aveludada, com um laço vermelho em torno. Sem entender, ela abriu e ficou deslumbrada com o que tinha dentro....
Depois de ter voltado para o corredor, Gloomy desceu as escadas e esperava por Olivia na sala de estar, com sua cobra albina enroscada entre os ombros, suas mãos e seu pescoço. O animal que segurava, custava mais de 1 milhão de dólares, por ser uma espécie de jiboia mais rara do mundo, encontrada a poucos anos atrás no Brasil. O nome dado a ela pelos moradores locais foi "princesa diamante", por causa de sua pele branca e brilhante. Entretanto, Gloomy a chamava de outro. Depois que Carolaine voltou dos mortos, foi difícil para ele pegá-la novamente, já que o réptil trazia lembranças de quando estavam juntos... lembranças de planos e uma vida toda que havia traçado. Em sua mente, o amor era algo difícil de se acreditar, e em seu coração, improvável de voltar a sentir, pois somente dor e escuridão, habitavam-se nele.- Que bom que ela está viva, da última vez que a vi... estávamos no meio d
Olivia olhou incrédula para tudo que ele havia feito, era impossível não se emocionar, estava tão lindo como em um conto de romance em que um homem apaixonado... faz o pedido de noivado para sua amada. No chão, rosas estavam por todo o lado, havia também velas sobre a mesa junto com um banquete espetacular, que despertou o apetite de Olivia feito um leão.- Desculpe, eu acabei ficando com fome somente por ver as Bruschettas. - Ela argumentou depois que sua barriga rugiu por sentir o cheiro do pão fresco com tomate, queijo, e orégano por cima.- Então por favor.... se sirva, ainda temos muito o que degustar.Com um sorriso enorme no rosto, Gloomy puxou a cadeira para ela, feito um cavalheiro, e ela se sentou ainda sem acreditar no que estava acontecendo... que Máxsuel um homem tão impiedos
- Não, não é isso que você está pensando.... eu não dormi com...- Me poupe da sua cena de mocinha indefesa Olivia. Você realmente achou que poderia viver na minha casa me enganando?- Me deixa explicar Máx, eu tive uma razão pra fazer o que eu fiz... eu não tive escolha.Olivia se levantou da cama ainda com a pulseira em mãos, tentando se explicar, porém Gloomy se afastou, a fazendo cair na areia pelo jeito que saiu fora depressa.Quando sentiu o impacto da areia em suas mãos junto com a corrente, seu coração quebrou, olhando-o de baixo para cima lentamente, com os olhos vermelhos tentando não chorar.
Meia hora depois, Olivia estava na frente de sua padaria, porém a felicidade que sentia por esse local não estava em seu rosto.— Obrigada, por tudo Matteo.Ela acenou despedindo-se dele após fechar a porta do carro. Matteo sorriu e a viu entrar e fechar as portas, mas continuou com o carro desligado pois iria fazer uma ligação.Matteo se encostou no banco do motorista passando as mãos pelo rosto, enquanto estava com o celular no ouvido esperando que Eduardo, seu chefe o atendesse. Já deve ser de conhecimento dele que Matteo saiu do seu posto, e por esse motivo... Matteo sabia que estava prestes a lidar com a fera, pois seu chefe não gostava de ser contrariado.Na PADARIA....Já lá dentro
Matteo voltou para seu carro e o ligou, saindo dali como um furacão em direção a mansão Sanches, pra ele... somente uma pessoa poderia ter sequestrado Olivia, e ele estava indo de encontro há ela.Alguns minutos depois, não demorou muito para que chegasse, passou no portão e foi direto para o pátio, onde estava Gloomy dando uma festa.Mulheres de biquínis rodeavam Máxsuel enquanto dançavam pra ele perto da piscina, em sua mão havia uma garrafa de Whisky já no final enquanto tragava seu cigarro, eu diria que ele bebeu a noite toda desde que voltou da praia.As demais pessoas que ali estavam, se remexiam no ritmo que o DJ tocava, até que Matteo chegou jogando os equipamentos no chão, deixando todos frustrados pela pausa repentina da música.
— Vamos meu amor, faça o seu serviço se não quiser morrer agora.— Sua desgraçada! — Felipe gritou com ódio por ter caído no jogo de Carolaine, sendo obrigado a escolher entre a sua vida e da sua irmã.Segurando o canivete afiado Felipe deu seus primeiros passos em direção a Olivia, as pontas de seus dedos estavam vermelhas, por tamanha força que ele colocava segurando o cabo do objeto cortante... furioso ao caminhar ainda na mira de Carolaine.Olivia sabia que seu irmão tinha coragem, afinal ele fez tantas outras coisas..., mas matá-la realmente seria algo que ele conseguiria? Isso, ela estava prestes a descobrir.Adelaide e Carolain