Os olhos de Isabelly brilharam por um momento, e ela olhou involuntariamente para Theo, pensando que ele diria algo a seu favor, mas ele não o fez. Com um ar de desafio, ela disse:- Tudo bem, é só um pedido de desculpas! Eu vou! - Dito isso, ela se levantou e foi em direção ao escritório de Fernanda.Seu coração estava inquieto, mas ainda assim ela bateu na porta.Fernanda levantou os olhos e disse suavemente:- Entre.Isabelly, um pouco nervosa, mas tentando controlar suas emoções, entrou.Helena não estava lá, apenas Fernanda, sentada em frente ao computador, aparentemente ocupada com algum trabalho.Ao ver Isabelly chegar, Fernanda falou com naturalidade:- Tem algo?Sua voz soava tranquila, sem mostrar qualquer ressentimento por causa do passado em relação a Isabelly.Mas essa era a sua maneira, sempre direta, sem rodeios.Isabelly, aliviada interiormente, gaguejou:- Eu... Vim pedir desculpas.Fernanda arqueou uma sobrancelha, mas antes que pudesse falar, Isabelly continuou, um
Fernanda tocou a campainha, e o mordomo se apressou em abrir a porta. A senhora da casa já havia avisado, então, ao ver Fernanda, ele sorriu: - Srta. Fernanda, você chegou.Antes, o mordomo a chamava de jovem senhora, e a mudança repentina de tratamento parecia um pouco desconfortável para ele.Fernanda, no entanto, achou esse tratamento mais adequado e sorriu, acenando com a cabeça: - Sr. Miguel, como vai?Sr. Miguel abriu passagem, e Fernanda entrou com a caixa de presente.Paula estava sentada no sofá à espera, e, ao ouvir o som, ela logo falou: - Fernanda, venha sentar aqui, disse uma hora e meia e foi uma hora e meia mesmo, você não sabe chegar mais cedo!Fernanda trocou de sapatos e se aproximou de Paula, sorrindo:- Tive um pouco de trânsito no caminho.- Vem cá, menina, senta aqui!Fernanda deixou Paula puxá-la para sentar ao seu lado.Paula a examinou de cima a baixo, vendo que ela estava como sempre, finalmente relaxou um pouco, preocupada que a menina, por causa da trist
Fernanda e Paula levantaram os olhos ao mesmo tempo, e a pessoa que entrou imediatamente viu Fernanda, com o rosto se contorcendo de raiva:- Você ainda tem coragem de vir! - A voz de Marta estava cheia de repreensão e desdém.Fernanda permaneceu calada, sem responder.Afinal, Marta era uma anciã, e se ela reagisse ali, só faria sua avó perder a face.Ela podia não se importar com os outros, mas se preocupava com a avó e não queria que ela presenciasse um conflito entre ela e a nora dela. Apesar de a avó a favorecer, isso só aumentaria a tensão entre sogra e nora.A expressão de Paula imediatamente se fechou: - Marta!Marta ficou instantaneamente desanimada: - Mãe, você sabe o que a Fernanda fez. Ela colocou o Grupo Carmo em crise várias vezes e até se aliou aos nossos inimigos. Você ainda quer tratá-la como sua preciosa neta? Ela merece isso?Fernanda olhou com desprezo para Marta. Se não fossem as constantes provocações deles, por que ela teria agido assim?Se não fosse pelo cari
Marta ficou em silêncio, claramente furiosa, mas sem palavras para retrucar. Ela não pôde evitar de dizer, com raiva evidente na voz:- Mãe, por que ainda defende uma estranha nesta altura do campeonato?!Fernanda olhou para Marta, e embora a sogra tivesse uma personalidade difícil e temperamento ruim, ela era, afinal, de uma família nobre e tinha sua própria educação. Desde que se casou e entrou na família, Fernanda nunca ouviu Marta dizer um palavrão. Mas, não dizer palavrões não significava ser uma pessoa justa. Era visível, ela sempre foi marginalizada pela Marta, que nunca a olhou diretamente. Antes, ela era a nora da Marta, então tinha que respeitá-la, mas agora, sem nenhum vínculo, por que deveria continuar respeitosa ou pedir desculpas como antes?Se realmente chegasse a hora, e Marta agisse contra ela, Fernanda não mostraria piedade.Fernanda não queria olhar para Marta, apenas focou seu olhar em Paula:- Vovó, já que a senhora deseja que eu vá ao banquete amanhã, eu irei
Fernanda franzia ligeiramente a testa enquanto olhava para Nina e perguntou:- Então, quando você aceitou esse caso, assinou um contrato com eles?- Eu... - Nina mordeu o lábio, frustrada, e disse. - Não foi porque eu estava precisando de dinheiro ultimamente? Ele me falou sobre como o cliente era abusivo, contou um monte de coisas, parecia tão sincero que achei que certamente ganharia o caso. Ele disse que se eu ganhasse, me pagaria o dobro, mas se perdesse, teria que compensá-lo com cinquenta milhões. Eu... Naquele momento, não pensei muito.Nina estava quase explodindo de raiva, até pegou o mouse para jogá-lo.Fernanda a segurou, um pouco resignada, e tocou a testa dela:- Você acreditou nas palavras de um empresário? E sendo você uma advogada, como não viu as falhas nisso?- Eu... - Nina parecia bastante frustrada. - Eu não estava...?- Por que você está precisando de dinheiro? O que pretende fazer? Quanto precisa?Nina suspirou, finalmente falando baixinho:- Meu pai me chamou par
Fernanda não conseguiu evitar um sorriso, apenas assentindo com a cabeça.Nina ligou e, após apenas um toque, a outra parte atendeu:- Srta. Nina, pensou em alguma estratégia?A voz do outro lado era cortês, mas Nina rangeu os dentes. Esse Lorenzo, falando assim, na verdade queria saber se ela estava pronta para pagar os cinquenta milhões de indenização!Nina controlou sua raiva e falou com um sorriso:- Eu não tenho solução, mas tenho uma irmã que pode resolver esse caso para você.Lorenzo hesitou, mas logo falou com uma voz suave:- Sua irmã tem uma solução? Quem é a advogada?Nina respirou fundo, como se tentasse acalmar sua ira. Esse sujeito certamente pensava que ela estava mandando outra vítima para ele! Mas ela não hesitou e disse diretamente:- Minha irmã é Isadora!Assim que terminou de falar, se ouviu algo caindo e quebrando ao telefone, seguido pelo som de uma cadeira raspando no chão. Provavelmente ele derrubou algo acidentalmente e rapidamente se levantou para se esqui
Lorenzo imediatamente respondeu com entusiasmo:- Claro, claro!! Me diga a hora e o local, eu irei buscá-la, hoje à noite sou eu quem convida!Fernanda apenas sorriu:- Então deixo que o Sr. Lorenzo decida. Depois de escolher o lugar, envie para Nina, eu ainda tenho algumas coisas para fazer aqui, então não vou continuar a conversa.- Claro, claro, você está ocupada, vá em frente.A atitude de Lorenzo era mil vezes melhor com ela do que com Nina.Depois de desligar o telefone, Nina não conseguiu conter o riso:- Esse cara ficou tão ridículo na sua frente, é hilário! Fernanda, finalmente você me deu um alívio!Fernanda apenas sorriu, sem dizer nada.Mas então Nina se lembrou de algo e olhou para Fernanda:- A festa de aniversário da Sra. Paula está chegando, certo? Você ainda vai fazer a Clara passar vergonha?O olhar de Fernanda vacilou um pouco, como se estivesse em dúvida.Nina ficou confusa:- Fernanda? O que houve?Fernanda suspirou levemente:- Eu poderia fazer a Clara passar verg
Fernanda levou cerca de meia hora para chegar ao local. Ela ligou para Nina, que respondeu de imediato:- Eu também acabei de chegar, vamos nos encontrar na entrada.Fernanda concordou e desligou o telefone. No entanto, assim que chegaram à entrada, viram um homem de meia-idade um pouco acima do peso, parecendo um anfitrião, mas olhando ao redor incessantemente. Quando ele viu Nina, seus olhos brilharam e rapidamente se fixaram em Fernanda, que estava ao lado de Nina. Ele se apressou em descer as escadas, cumprimentando com respeito e cortesia:- Srta. Isadora, olá, olá! Eu sou o Lorenzo, com quem você falou hoje.Apesar de ele nunca ter visto Isadora, ele já tinha visto Fernanda! Quem não sabia que elas eram a mesma pessoa?Fernanda apenas sorriu e acenou com a cabeça:- Olá, Sr. Lorenzo, vamos entrar para conversar.Nina suspirou com desdém no fundo do coração, o achando realmente um sujeito interesseiro!Ao ver sua irmã, ele simplesmente a esqueceu. Mas assim que ela pensou is