Capítulo 9

                                  ▪️Selena Fernandes

Por incrível que pareça a avó mandou eu e a Aurora arrumarmos a cozinha, disse que precisavamos por a conversa em dia. Eu admiro muito a minha avó, pois apesar das dificuldades que teve na sua vida e apesar de ter sempre algo para fazer, ela abandona tudo e deixa a sua total atenção para nós, as suas netas. Ela é uma guerreira para nós, é uma tutora ideal para mim e uma ótima conselheira e principalmente amiga. Acho que ela não quer passar pelo que aconteceu no passado, sobre a medos, inseguranças e discussões que teve com a minha mãe.

Desde que cheguei cá, ela tenta dar-me sempre devida atenção, embora que já ouvi ela conversando com a Anastácia e a Aurora para ajudarem-me no que for preciso e serem muito próximas a mim. Eu acredito que ela sempre vai levar essa culpa da separação que teve com a minha mãe. Sempre que a gente esta vendo um seriado na sala, ela fica tricotando uma peça qualquer, tem momentos que ela para e fica observando a gente todas sentadas no sófa rindo e abusando umas com as outras, mesmo ela não desconfiando que a gente sabe daqueles momentos dela refletivo.

— Avó eu vou atrasar! Vai parecer feio eu chegar como se fosse a Boss da família deles Vó. – disse claramente aborrecida, a minha avó está obrigando-me a levar esse pudim de coco, pois no tempo dela era feio ficar indo na casa de alguém sem nada nas mãos.

— Aí que pressa! – disse vindo ao pé de mim com a assadeira oval de vidro meio morna. – Eu acho que vais ter de lev... – minha avó foi interrompida por som de uma buzina vindo do exterior da casa.

— Deixa que eu vejo quem é! – disse a Anastácia levantando do sófa indo direitamente na janela.

— Ana, eu já disse a você que é feio ficar olhando pela janela menina! – exclamou a minha avó indo deixar a Assadeira na mesa, fazendo-me arfar  pois tenho certeza que irei pagar um grande mico chegando por lá super atrasada. Sempre fui uma pessoa que detesta atrasar, aqui praticamente tive de ser uma pessoa que um dia atrasa outro não e a culpa é totalmente da Aurora, fica arrumando-se total para seduzir o Ricardo com a sua roupa formal.

— Oh Selena! Eu ach...- interrompi a Anástacia cantando a música da Aya Nakamura propositalmente, já sabendo que ela odeia ser interrompida. Se vou ficar um pouco mais em casa aborrecida, pelo menos tenho de irritar alguém. Vi a Avó indo para fora de casa indo atender a visita dela imagino.

– Selena aquele não é o seu che... – continuou ela fazendo-me aumentar o tom da minha voz e ficar dançando e botei o sorriso nos meus lábios. Ela saiu da Janela pisando duro sumindo pela cozinha e eu simplesmente botei um sorriso sincero no rosto, fechei os olhos continuando a remexer a cintura e deixei a imaginação levar-me pois estou muito ansiosa de ficar com a família do Christian, com o Christian.

— Grrr...Grrr...  Selena!– ouvi alguém grunhindo e chamando o meu nome, acho essa voz muito familiar pra mim. Continuei com olhos fechados e fui abrindo um de cada vez vendo o Christian com uma roupa informal, na minha casa, com aquela cara e corpo incrível, meu pensamento deu um giro de trezentos e sessenta grau quando  lembrei da minha dança a segundo antes dele chegar, que mico.

— Oi! – disse meio timída vendo a minha avó sorrindo pra mim. Olhei novamente pra ele mantendo o nosso olhar fixo no outro.

— Oi Selene. – disse ele passando as mãos no seu cabelo todo arrumado quebrando o olhar,  fazendo-me assentir a cabeça levemente confirmando.

— Que feio isso Selena, onde esta a educação! – exclamou a minha avó do nada, quebrando o pequeno silêncio estalado no momento. – Pode sentar Christian. – disse a minha avó muito alegre e com bastante íntimidade com o Christian, olhei pra ela meio confusa pois ela pegou na mão do Christian e levou-o ate o sofá.

— Vocês conhecem-se? – questionei pra eles os vendo darem uma gargalhada com o Christian disse fazendo-me ter certeza que eles conhecessem-se.

— Claro que conheço ele! Ele é o Neto da Rosita, aquela mulher é ignorante demais. – disse a minha avó deixando-me bastante surpresa e dei aquele olhar “ depois a gente conversa”. – Você fala tanto dele, como não percebi iss... – a minha avó foi interrompido pela Anastácia.

— Vó, será que viste aquele meu casa-co. – disse a Anástacia vindo da sala arrumando a sua pulseira e terminou a sua frase quase num sussurro quando viu o Christian. — Oi! – disse ela ativando o seu modo tímido olhando para ele, ela sempre foi uma garota mexida com as pessoas que tem bastante íntimidade.

— Oi, prazer sou o Christian! – disse ele todo educado apresentando-se nela.

— Prazer sou a Anastácia. Já ouvi falar muito de ti, achava até que estavam a exagerar mas estava errada. – disse ela pegando o casaco nas mãos da minha avó. – Aqui sempre estão a dizer que... – interrompi ela rapidamente a fazendo dar um sorriso maléfico.

— O que te trás por cá!? – disse diretamente vendo a minha avó ir em direção a cozinha e a Anastácia sentar no sófa.

— Prima eu acho que ele veio ver você. – disse a Anastácia fazendo-me olhar com olhos aregalados, meu Deus onde foi a timidez dela. Acredito que sou esta a dar-me troco por ter deixado ela irritada, mas vou logo acabar com essa cena dela.

— Você não estava de saída. – disse a fazendo levantar rápidamente e sair correndo pedindo desculpas ao Christian por sair daquele jeito bagunçado, deixando a gente a sós. E olhei para ele vendo se ele dava a continuidade da nossa conversa.

— A minha Mãe ligou pra mim pedindo pra buscar você já que estava passando aqui perto. Não sabia que irias passar o final de semana com a gente. – disse ele cruzando os braços fazendo seus muscúlos dos ficarem mais extensos e olha que estão em forma. – Ainda tens alguma coisa a fazer? – questionou ele já levantando do sófa.

— Não, acho que já podemos ir. – disse já dirigindo-me em direção a porta, vendo ele pedir permissão para pegar a minha pequena mala.

— Christian, preparei esse pudim com ajuda dela, espero realmente que a sua família goste principalmente você. – disse a minha avó entregando-me a bandeja com o pudim.

— Prima esta conquistando o meu futuro cunhando pelo estômago. – Ouvimos a Anastácia gritar a partir do cômodo que ela estava, fazendo-me ficar corada e o Christian soltar um pequeno riso.

— Obrigada Anna, acredito que a minha família vai gostar, nos veremos brevemente. – disse ele saindo de casa levando consigo a minha mala.

— Vou sentir saudades de vocês – disse abraçando a minha avó e a Anastácia veio abraçar a gente após deixar o pudim por cima da mesa – Por favor cuida da nossa velhinha e da louca da sua irmã na minha ausência. – disse fazendo a Anastácia assentir apertando mais o nosso abraço.

— Você não quer pegar uma carona com o Christian? – questionei na Anastácia logo pegando o pudim.

—  Não vou ficar vendo vocês se pegarem. Uma amiga minha virá buscar-me. – disse fazendo uma cara de nojo muito engraçada.

— Cuida-te – disse a minha avó após dar-me um beijo na testa e um abraço. Saí de casa indo em direção ao meu querido chefe que estava encostado no carro olhando fixamente pra mim.

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