AGNES

Quando tinha quatorze anos e a minha prima Rilary, que tem a mesma idade que eu, conversar com as outras, eu nunca participei das conversas delas.

Ela chorava e dizia que um tal Raul tinha sido bruto com ela, que havia doido muito, sangrado muito, e que estava toda marcada. As outras disseram que era normal, mas que logo ela estaria mais experiente, que precisava tomar o remédio para evitar filhos, e ir fazendo mais vezes para ficar melhor, e precisava fazer coisas diferentes para eles não enjoarem. Descobri que o tal Raul era o filho da diretora da escola, tinha dezessete, e deu um colar lindo para ela.

Eu tinha muito medo de ficar com meninos, por conta delas fazerem agrados em troca de presentes caros, alguns vinham até mim, perguntando se fazia também, aquilo deixava-me enojada.

Nem havia beijado ninguém.

Mas, desde que conheci Noah, o meu corpo despertou, com ele eu queria tudo, e deixaria ele fazer o que quisesse comigo.

Sim, doeu e ardeu no começo, mas ele fez tudo tão pe