Sammy colocou uma mão na testa, sombreando seus olhos. O atol era tão pequeno que devia ter apenas cerca de 3 km de comprimento, mas o chão era rochoso e machucava os pés a tal ponto que era preciso escolher com muito cuidado onde pisar.Assim, o que poderia ter sido uma caminhada de quarenta minutos transformou-se em três horas de martírio ao sol.Sammy susteve a respiração enquanto seu estômago rosnava, protestando, e Angel se afastou, mas não disse nada porque estava da mesma maneira, faminto.Ele estendeu uma garrafa de água, mas antes que ela pudesse levantá-la, Darius levantou seu dedo indicador na direção dela.-Com controle, princesa, não temos muito", advertiu ele.-Obviamente, Diablo! Posso ser inútil, mas não estou inconsciente", respondeu ela, levantando a garrafa até os lábios e tomando apenas dois pequenos goles.Eles estavam quase no avião quando começaram a encontrar peças maiores espalhadas por aí. Fragmentos da cauda, assentos queimados, nada que possa ser de alguma
O sol mal flamejava através das nuvens escuras. Tinha chovido a noite toda, e nem Sammy nem Darius tinham conseguido dormir bem. Eles estavam cansados, exaustos e aterrorizados. Mesmo que aquele pedaço de avião lhes tivesse proporcionado algo parecido com um teto, o ar da tempestade havia jogado muita chuva em sua direção, de modo que ambos acabaram encharcados.-Quem você acha que nos fez isso? -Sammy murmurou, enfiando um pequeno pedaço de peixe grelhado em sua boca.Era estranho comer peixe no café da manhã, mas era melhor do que nada.Darius o derrubou com um golo de água e negou.-Não tenho idéia, mas não foi claramente um acidente", respondeu ele. Dois homens morreram com os mesmos sintomas, provavelmente envenenados. E o fato é que, se eu não gostasse de esportes radicais, você e eu também estaríamos mortos.Sammy encolheu-se em si mesma. Ela não tinha conseguido parar de pensar sobre isso.-Isso não era para eles, era? -Para você e para mim.-Or só para um de nós, e o outro nã
Pegá-la e levá-la para a pequena caverna foi o menor de todos. O problema era que nem Darius tinha idéia do porquê de ela ter desmaiado, nem Sammy parecia ter muita intenção de recuperar a consciência. Eventualmente sua respiração abrandou como se estivesse dormindo, e ele tentou se assegurar de que era apenas estresse.E não importava o quanto ele lutasse com ela, ele não a podia culpar. O que eles tinham passado nos últimos dois dias era digno de um romance de terror, ele não podia imaginar nada pior. E se era difícil para ele, que estava acostumado a se colocar em situações extremas por diversão, ele não queria imaginar como era para ela, que provavelmente tinha uma comitiva de babás para mimá-la quando ela quebrou um prego.Ele a colocou em um canto da caverna, entre duas mantas térmicas. O lugar não era muito grande, apenas cerca de três metros de largura por cinco metros de profundidade, suficientemente alto para que Darius não precisasse inclinar a cabeça quando caminhava para
Sammy sentiu que seus nervos estavam se recompondo. Ela só queria que a noite chegasse o mais rápido possível, e Darius teve que protestar com convicção, pois em sua pressa ele ia queimar a comida deles.Foi o dia em que ele a viu comer mais rápido, mesmo com tão poucas maneiras que ela chupou os dedos e até suspirou, e Diablo Rivera salivou porque era um gesto normal, qualquer um chupava os dedos, ele mesmo o fazia, mas quando a viu fazê-lo... foi como se aquela parte menos dócil de seu corpo acordasse.-Bem, agora, agora, agora! É só comida! -se rosnou quando a ouviu suspirar pela terceira vez, e Sammy levantou uma curiosa sobrancelha quando ela o viu tão ofuscado. Ela não teve tempo para dizer nada, no entanto, porque ele já se levantava e ruminava no saco para as coisas que iam levar.Ele preparou o sinalizador, colocou um dos foguetes de sinalização em um de seus bolsos das calças de carga e se afastou na direção da outra extremidade da ilhota assim que o sol se pôs. Ao contrário
-Sammy!Isso não fez muito para lhe dar confiança. A chuva começou a cair tão forte que mal podiam ver dois metros à sua frente, de modo que os trinta metros até a costa se tornaram uma provação para a garota.Nos seis metros entre o mar e a caverna, a chuva lavou a água salgada deles e o vento estava tão frio que Sammy nem se importou que ele estivesse olhando para ela, ela apenas se virou para uma das paredes e tirou suas roupas molhadas, vestindo outra que não a cobria do frio, mas pelo menos estava seca.-O único motivo pelo qual não nos damos conta da força do vento é porque não temos nada com que compará-lo", murmurou Darius, olhando para fora com uma expressão preocupada.-O que você quer dizer? -Sammy pediu e ele se levantou, movendo-se para que ela o seguisse perto da entrada.Ele mal arrancou a mão e a garota o imitou, mas logo teve que colocá-la de volta, a chuva batendo furiosamente em seu antebraço, ao ponto de sentir-se como agulhas.-Não há uma árvore que se dobra e pod
Sammy sorriu, ela não pôde fazer mais nada quando viu a terra tão de perto.-Eu estou quase lá! -gritou entusiasmada, batendo no peito de Darius, que ficou um pouco abaixo de seu peso.-Você está quase lá, princesa", murmurou ele, olhando para ela com aqueles olhos penetrantes que fizeram o coração de Sammy correr. Vamos lá!A garota reuniu o último de suas forças e remou com ele até a costa. Ela foi a primeira a sair, enquanto Dario rebocava as coisas que eles tinham carregado, quando um grito dela o trouxe à razão.-Devil! -lhe chamou e ele correu para o lado dela, como se fosse elementar para salvá-la. Mas seu tom estava longe de ser assustador. Veja! Uma estrada! É uma estrada! -she chorou, pulando em seu pescoço e enrolando suas pernas em torno de sua cintura. É uma estrada!-Obrigado Deus! -se murmurou de alívio enquanto a abraçava de costas. Foi definitivamente feito pelo homem, por isso não tinham caído em um lugar completamente desabitado.Ele voltou para o saco preto e o jog
-Pronta princesa?A estupefação de Sammy tinha durado dois segundos que eles iriam ficar três meses naquele lugar antes que uma alma viesse em seu socorro, mas de repente aquele pedacinho dela que estava crescendo forte tinha apenas acenado com firmeza.-Está tudo bem... Está tudo bem! Três meses não é nada! -Temos uma casa, comida, água, camas, shampoo...! É apenas um feriado exótico, certo?Em qualquer outro momento ela teria gritado, mas depois dos dias que tinham acabado de passar, ao ar livre, em meio às tempestades, cavernas e areia, parecia uma bênção.-Bem, tecnicamente ainda não temos eletricidade ou água", respondeu ele, tentando não sorrir de orelha a orelha, pois parecia que ela estava prestes a entrar em batalha e não tinha medo. Temos que ir buscar um gerador no supermercado e ver como podemos fazer a fábrica de água funcionar para que algo saia das tubulações.-E do que estamos esperando? -Sammy tinha se animado, e o Diabo quase a tinha animado em comemoração.Atrás da
Sammy encostou sua testa contra as placas frias da parede enquanto ligava o chuveiro sobre sua cabeça. Ela odiava ter reagido assim, não tinha dois anos para se assustar com uma caneta3... Mas aquilo não era uma caneta3, era um monstro sangrento!Ela apertou os olhos e riu, parecia uma adolescente, mas há tanto tempo que qualquer coisa ou qualquer um tinha despertado um sentimento como esse... uma necessidade como essa....Sua pele rastejou, lembrando a maneira como ele a tocou, tudo o que ele sentiu. Tinha sido o orgasmo mais monumental de sua vida e o mais terrível foi que ela sabia muito bem que não era algo que jamais conseguiria alcançar sozinha novamente.Ela podia tocar exatamente os mesmos pontos, exatamente na mesma velocidade, mas nunca sentiria o mesmo, porque a fonte de tudo isso era ele. Ela moveu uma mão hesitante até seu clítoris e massageou-a suavemente, estremecendo. Sua outra mão foi para um dos seios dela, e ela suspirou só de lembrar a boca dele lá, chupando, morde