PovNinguém imaginava que aquilo poderia acontecer, mas Logan sim. Ele compreendia que Joseph estava esperando por uma boa oportunidade para tirar a sua paz novamente.As coisas que Logan fez para punir a ousadia dele trouxeram revoltas de sua parte, e o babaca só estava esperando o momento oportuno para roubar algo que realmente significasse muito para o seu inimigo.Ele se culpava pelo que aconteceu, tanto por ter respondido a essa briga, quanto por não ter protegido a sua esposa. Joseph pegou sua fraqueza e a escancarou para todos. E, apesar de Logan tentar ser durão, como sempre, isso o abalava e confundia a sua cabeça.Seu irmão mais novo se aproximou dele. Ele estava apoiado pelas duas mãos no parapeito da sacada, pensando em como resolveria aquela situação. Elijah temia que ele deixasse a lógica de lado para, pela primeira vez, usar o coração, sabendo que o irmão já era estourado e inconsequente sem ter um bom motivo. Não era à toa que era conhecido pelo apelido carinhoso de
PovLogan era alguém que não media esforços para conseguir o que desejava. Era metódico e lia seus adversários melhor que ninguém. Quando ele soube que Ava tinha sido levada, sabia quem era o culpado.O homem não fazia ideia de como estava conseguindo se manter tão frio naquele momento. Olhar para aquele restaurante cheio, com pessoas diversas vivendo suas vidas, despreocupadas, dava-lhe ainda mais raiva. Ele escolheu aquele lugar por um motivo: Martin. Esse era o braço direito de Joseph, que sabia de muitas coisas e vivia como se não fosse um pau mandado de um babaca ambicioso.Logan pegou o copo com vodca e o bebeu de uma só vez. O álcool desceu ardendo como fogo. Ele olhava fixamente para o homem de 40 anos, careca, com tatuagens malfeitas e rodeado de “colegas”. Sentia tanto ódio, que poderia matá-lo apenas com aquele olhar.Ele esperava pelo melhor momento possível, impressionando-se por ainda não ter ido até onde Martin estava e atirado na cabeça do imbecil até descarregar a
PovLogan estava cego de ódio. Joseph tinha levado aquilo que ele mais amava. Ava estava presa em algum lugar frio e sujo.Ele recebeu uma mensagem: fotos vindas de um número desconhecido. Sua esposa estava presa em uma cadeira, amordaçada e chorando. Isso partiu o coração dele como uma faca muito bem afiada. Essa amostra só o deixou ainda mais furioso.Joseph mexeu com o homem errado. Não era à toa que todos naquela cidade temiam Logan e o conheciam como o bicho-papão. Engolindo aquela emoção, ele viu a mensagem seguinte, que o convidava para um encontro. Logan sabia que Joseph não marcaria esse encontro no mesmo lugar onde escondia Ava, mas, por causa de Martin, ele tinha uma ideia de onde ela estava. Por isso, mandou uma equipe muito bem preparada para lá, enquanto serviria de isca para Joseph.Antes de prosseguir com o encontro, que estava marcado no lado oposto de onde ele pensava que estava a sua esposa, Logan fechou os olhos e se permitiu ter aquela sensação de culpa. Ele
Enquanto isso, Joseph avançava novamente sobre Ava, mas Logan foi mais rápido, derrubando o segurança restante e enfrentando o adversário cara a cara. Os dois homens se engalfinharam, com armas em punho, em uma dança mortal de movimentos rápidos e golpes certeiros.Logan podia sentir a adrenalina pulsando em suas veias. Seu instinto de sobrevivência estava aguçado ao máximo. Conforme a luta se desenrolava, ele sabia que o seu tempo estava se esgotando. Podia ouvir os passos pesados dos guardas que estavam do outro lado da porta, prontos para entrar a qualquer momento. Com um esforço final, ele conseguiu subjugar Joseph, usando-o como escudo humano também. Nesse instante, os dois homens irromperam na sala.A cena congelou por um momento. Os seguranças paralisaram diante da visão de Logan segurando Joseph como refém. E, então, em um movimento rápido e calculado, Logan empurrou Joseph para a frente, ainda o usando como escudo, enquanto os tiros ecoavam pela sala.Quando a poeira abaixou
AvaAcredite, eu sabia... Sabia que estava errada e completamente perdida. As últimas 24 horas haviam sido... terríveis. Eu nunca tinha passado por aquilo em toda a minha vida. E olha que eu já tinha visto muitas coisas e operado muita gente. Já havia visto pessoas feridas de várias formas possíveis na emergência. Mas nunca, jamais, tinha passado por nada daquilo, nem mesmo quando o meu próprio marido me sequestrou apenas para eu fazer uma cirurgia em seu pai.Eu deveria odiar Logan por tudo que ele já havia me feito, pela insegurança, pelo medo e pelas coisas que aconteciam em minha vida, porém não conseguia.Quando Joseph me levou e me colocou naquele lugar, eu estava exausta para lutar e para sair dali, mesmo sabendo que não tinha como fugir daquela situação. Eu não poderia, de forma alguma, fugir daqueles homens, que me vigiavam 24 horas. Então, apenas permaneci parada. Mas, claro, em algumas vezes, até abri a boca para falar todas as coisas que eu sentia e pensava. Por isso ele
Dormi de mau jeito, mas me recusava a voltar para casa até que Logan tivesse alta. Não sei... Parecia que eu estar com meu marido era mais do que saber se ele estava bem, era me sentir segura. Óbvio que, se fôssemos atacados ali, eu teria mais chances de protegê-lo do que ele a mim, mas eu não queria sair de perto dele. Com isso, acabei ficando com torcicolo.Enquanto ele estava dormindo, saí para tomar um café. Já fazia mais de 72 horas que eu não dormia direito. Fechar os olhos era como um tormento para mim. Eu me lembrava de tudo: de onde estava, do isolamento, de Logan, do sangue...Eu achava que precisava de alguns remédios quando voltasse para casa. Até lá, um café poderia me ajudar. Quando o tomei, bebi até a metade do copo.Em seguida, vi Mary vindo em minha direção, ansiosa. Meu coração acelerava. Eu não estava preparada para esse encontro. Sabia que tinha muitas questões para conversar com ela e muitas coisas para lhe explicar. Com certeza, ela ficaria muito, muito irrita
AvaDois anos depoisEu sei que disse que nunca teria um filho daquele idiota, mas... eu também disse que o odiava e acabei me apaixonando.Com certeza, a vida que Logan e sua família tinham ainda não me agradava muito, porém, com o tempo, a gente iria consertando as coisas. Eu estava feliz porque ele me escutava mais. Gosto de pensar que eu o influenciava para o bem.Quem sabe, no futuro, ele deixe de ser esse homem tão... casca grossa e que faz coisas com as quais eu não concordo.Continuar trabalhando no que amava me ajudava bastante, e também tinha o bebê. Com os sete meses de gestação, eu me sentia um pouco mais cansada, por isso resolvi diminuir um pouco a minha carga horária, ainda mais com um papai querendo passar muito tempo com o filho que ainda não havia nascido.Fiquei surpresa quando descobri a gravidez e, com certeza, assustada. Não planejei. Não planejamos, mas também não evitamos, devo confessar.A primeira pessoa a se encher de alegria e planejar o futuro do nos
GabrielaQuando meus irmãos propuseram o acordo de casamento com o Sul, no qual eu teria que ser a esposa de Enrico Bianchi, senti-me furiosa a ponto de desejar matá-lo com as minhas próprias mãos, na noite do casamento.Dante e Lorenzo não estavam me obrigando a nada, eles sempre foram leais e compreensivos, no entanto, sabia que era o meu dever como filha da máfia honrar esse acordo e acabar com a ameaça dos sulistas idiotas.Vir para essa cidade foi difícil, pois deixei para trás minha família, em especial Giovanna, que cuidei desde que nasceu. Era um lugar desconhecido e repleto de pessoas que me odiava, inclusive Enrico, que assim como eu, que se sentia obrigado a casar-se.No entanto, o homem não poderia reclamar. Em tempos normais, todos os outros se uniriam para tomar o poder do Sul, consequentemente, acabando com sua vida. Ficar comigo era a oportunidade de se redimir, e esse fato me deixava pior e me sentindo como um objeto para a paz.Minha mãe sempre dizia, quando se