Afrodite RibeiroUm funk bem pesadão começa e eu dou graças a Deus que Esther ficou sabendo dessa boate, ela não é das melhores! É longe, muito longe mesmo! Mas só por ser uma boate que toca funk já está ótima.Coloco a mão na bunda da Kiara e descemos rebolando juntas fazendo uma dança super sexy.Sinto os olhos de alguém fixo em mim, minha pele fica arrepiada e eu não gosto da sensação.De repente eu sinto uma mão na minha cintura, me viro e dou de cara com Rocco, nossos lábios estão perto, nosso corpo grudando e uma de suas mãos estão na minha bunda.— Rocco, eu não acredito que você veio até aqui. — Falo mantendo a pose, pois tenho certeza que várias pessoas estão nos olhando e não quero render outra fofoca para esses abutres.— Você está na boate de um traficante de merda que sequestra mulheres para venda de órgãos, vamos embora agora! — Arregalo os meus olhos e me viro vendo Vittorio segurando Kiara pelo braço com o seu olhar de louco.— A Esther, ela..— Ela está em segurança
Afrodite RibeiroEu nem preciso falar que cheguei e fui direto para o meu quarto, tomei um banho longo e me esfreguei muito para tirar as manchas de sangue e o cheiro metálico do sangue de mimQuando eu consegui me sentir limpa escovei os meus dentes e saí do banheiro só de roupão, fiquei surpresa ao ver Rocco ali sentado na minha cama somente de calça de pijama.— Rocco? — Falo seu nome chamando a sua atenção, quando ele me olha sorri de lado.— É estranho chamar um quarto de seu quando um dia eu falava que era nosso.— Ele fala e eu fico em silêncio, por não saber o que falar. — Eu quero saber se você já assinou a papelada.Hum. Direto e reto! — Não! — Falo e ele me olha com aquele olhar que parece está vendo a minha alma, sabe? — Eu…eu não consigo assinar. Mas eu irei! Rocco me olha por uns segundos e eu queria que Rocco fosse transparente, só para mim conseguir ver o que se passa na cabeça dele.Rocco se levanta e anda até mim, não dou passos para trás e mantenho a postura,
Afrodite RibeiroHoje dia vinte e quatro completa quatro meses que eu, Kiara e Sophia estamos morando em um apartamento que Rocco colocou no meu nome.Na noite que transamos loucamente eu o perdoei pelo o tapa que ele me deu, colocando uma pedra sobre essa situação.No domingo saí da cama cedo, tomei banho e fiquei uns trinta minutos o olhando dormir com a papelada em minha mão, pensei no dia que o conheci na cafeteria e tudo o que vivemos depois e pensei no que tinha acabado de acontecer, eu senti uma vontade absurda de chorar, senti uma vontade de não assinar aquilo.Mas eu pensei, eu não posso voltar atrás da minha palavra, eu não posso dar esse passo para trásUm tempo atrás, antes de viver essa confusão toda eu li um livro maravilhoso que falava sobre relacionamento abusivo, cada linha, página e letra desse livro ficou rondando a minha cabeça e eu tentando entender.Quando eu finalmente entendi o motivo de aquele livro estar circulando na minha cabeça eu peguei uma caneta, o pape
Afrodite Ribeiro— Bonito, está tendo uma reunião na minha casa sem mim! — Falo andando até eles já me jogando na no sofá, tiro o meu salto e coloco meu pé em cima de Lucas que pega o meu pé e aperta em um ponto que eu quase grito de dor.— Porra, Afrodite seu dedinho está em carne viva. — Choramingo — Eu tive que ficar de salto o dia todo, não consegui comer e toda vez que eu sentava alguém me chamava, eu estou acabada. — Falo. — E com uma fome do inferno, cade Sophia?— No quinto sono, gatinha. — Ele fala. — Irei colocar sua comida para esquentar e subir para preparar o seu banho.— Já falei o quanto te amo hoje? — Falo e ele sai rindo.Continuo deitada, mas então lembro de Rocco, olho para o lado e vejo ele me encarando, sorrio.— Tudo bem, Rocco? — Questiono e ele rir. — Me desculpa, eu não quis te ignorar mas eu realmente estou muito cansada.— Vem aqui, anjo. — Ele me chama batendo em sua perna, coloco meus pés em cima da sua perna e deixo ele fazer a sua mágica
Afrodite RibeiroSubo as escadas calmamente e bato palmas, as luzes da sala apegam e somente as luzes atrás da TV e os dois abajures permanecem acesa, vou direto para o meu quarto, coloco um pijama e vou para o quarto da minha filha.Assim que me deito ao seu lado, puxou Sophia e ela abre novamente um dos olhinhos.— Mai? — Ela fala e eu assinto.— Mamãe minha vida. — Falo e ela dá um pequeno sorrio super fofinho, se aconchega a minha e volta a dormir.Eu até tento fechar os meus olhos e dormir, mas mesmo com o meu corpo cansado a minha mente está a mil por hora, Rocco me pediu permissão para se aproximar mas a realidade é que eu nem sei, eu juro que não sei.Eu até então estava me questionando o motivo pelo qual Rocco estava distante, sendo que ele vivia falando que ia lutar por mim, eu não estava entendendo o porque minha mente se pegava nisso, ou entendia e só estava negando.Mas ouvir ele falar tudo que me falou foi algo que ascendeu uma antecipação em mim, um sentimento que eu nu
Afrodite Ribeiro— Esse café está uma delicia. — Falo, pego um pedaço de pão coloco na minha boca.— Como tem sido os seus dias? — Rocco pergunta, sorrio e dou de ombros.— Eu poderia falar que você já sabe absolutamente cada passo que eu dou mas vou ser maleável, pois sei que você está tentando puxar assunto comigo, né?— Pergunto e ele rir negando, aquele sorriso pleno que eu adoro. Sei que posso está cansativa falando isso várias vezes, mas quando eu o conheci Rocco era incapaz de mostrar os dentes e eu juro que cheguei a achar que o homem tinha o dente podre, mas depois de um tempo ele passou a rir mais e ser feliz.Ver Rocco hoje rindo e brincando, é uma surpresa ainda para mim, é algo novo.— Vamos ser dizer que algumas coisas não podem mudar, anjo. — Ele fala. — Eu aceito tudo, mas a sua segurança e saude é um limite rigido para mim.— Eu sei. Isso você me disse a um tempo atrás, varias e varias vezes. — Falo rindo. — A realidade é que eu andei trabalhando muito, sabe? Eu estou
Afrodite RibeiroA subida do avião até o céu foi super calma, quando estávamos no céu soltamos os nossos cintos e ficamos mais confortável.Sophia em pouco tempo já estava apagada no colo do pai e ele a todo momento mexendo no celular, digitando loucamente.Eu, Kiara e Lucas também não nos demos ao luxo de não fazer nada e aproveitamos para trabalhar, resolvemos dependências e eu fiz uma pequena reunião sobre uma coisa não muito importante, quando vi Rocco levantando com Sophia nos braços eu sabia onde ele iria levá-la.Então eu fechei o meu notebook, deixei ele de lado e fui atrás de Rocco, quando entrei na cabine vi Rocco em pé, ao lado da cama sorrindo observando Sophia dormir com o seu dedinho na boca.Sorri sabendo a sensação de orgulho e felicidade que ele está sentindo, pois é exatamente o que eu costumo sentir e costumo fazer.— Ela é perfeita, não é? — Pergunto e ele não se vira, mantém seus olhos fixos nela.— Ela é mais que perfeita!. — Rocco fala. — Eu não consigo ent
Afrodite RibeiroAinda de olhos fechados escuto a risada do Rocco e dá Sophia se misturar, sorrio e me viro na cama vendo Sophia deitada e Rocco trocando a sua fralda com cuidado ao mesmo tempo em que presta atenção na Sophia, que está a todo custo tentando fugir do pai.Pelo tanto de lenço que está em cima dá fralda usada, ela fez coco. — Minha picola, você fez uma bomba nuclear caseira. — Sem querer solto uma risada abafa fazendo ambos olharem para mim. — Afrodite, o que você está dando para essa menina comer?— Comida. — Falo rindo. — Ela está comendo muita comida e com isso vem o coco mais fedido, Sophia só mama para dormir, como você bem sabe.— Porra, o coco dá Hope não defe que nem o dela. — Ele fala. — E o dela não fedia assim.— Mas ela não comia, Rocco. Agora ela come arroz, macarrão, frango, carne e feijão. — Falo já me levando.Pego a fralda da Sophia e entro no banheiro jogando a fralda no lixo, tenho que me controlar para não abrir um sorriso malicioso quando lembro o qu