Afrodite RibeiroDesço a escada só de calcinha e uma blusa fininha sem me preocupar com alguém entrando dentro de casa.Como eu sei que os seguranças só ficam do lado de fora, sei que não terá nenhum problema em andar assim, principalmente quando Rocco está em casa, pois eles sempre pedem autorização.Não vejo Rocco na sala, então eu entro na sala de jantar e quando não o vejo, escuto o barulho na cozinha e sei que ele está lá. Quando eu entro na cozinha, vejo Rocco tirando dois hambúrgueres do papel e colocando sob dois pratos.Olho para o hambúrguer e vejo que é do jeitinho que eu queria, com muito bacon, cheddar e queijo empanado, mais o que me deixa confusa é ver quarto lanches e duas coca-cola de lata.— Você está louco se acha que eu aguento comer quatro lanches sozinha. — Falo para Rocco que se vira olhando para mim.— E quem disse que é só para você, anjo? — Arquei a minha sobrancelha. — Irei comer com você.Sorrio boba.— Você não precisa comer só para tirar a neurose da minh
Afrodite Ribeiro — Tivemos uma conversa clara com ele sobre ela. Tudo o que Alessandro fez foi para proteger a nossa mãe e a mim, quando ela morreu ou melhor, quando ela fingiu que morreu as coisas ficaram piores. — Ele fala. — Antes ele batia na nossa mãe, então ele passou a me usar para controlar Alessandro, muitas vezes ele tentava procurar Vittorio mesmo ele sendo um bebê para usar ele, para aquele homem era tudo um jogo de poder, Alessandro era o rei, eu e Vittorio, éramos os cavalos. — Eu sinto muito que você tenha passado por tudo isso. — Falo. — Eu fui criada com tanto amor, carinho e paz que fico enjoada tentando entender como um pai é capaz de fazer tudo o que seu pai fez com vocês, mas voltando ao assunto da sua mãe.— O que eu fico me questionando, é o motivo de ela só querer aparecer agora. — Quando ele morreu Vittorio tinha entre nove a onze anos, hoje Vitório tem quase trinta anos, porque ela deixou Vittorio crescer sozinho? Porque ela deixou Alessandro carregar essa
Afrodite RibeiroEntro na cozinha e vou direto para a geladeira, começo a tirar os frios, jarra de suco e outras coisas, colocando na bancada.Como eu não estou com vontade de montar uma mesa elaborada, decidi que vamos comer aqui na cozinha mesmo.— Anjo? — Olho para trás e vejo Rocco me encarando. — Voce está brava?— Estou! — Digo bem seria. — Eu não fui com a cara da vaca da sua prima, ela me ofendeu de proposto e você sabe disso.— Anjo, não fale assim, ela é minha prima. — Reviro meus olhos. — Rocco, ela me ofendeu de propósito, ela sabia quem eu era e que nós casamos. — Falo seria. — Como ela nunca ouviu falar sobre mim e solta o meu nome.— Giovanna sempre foi assim, meio ciumenta. — Fala tentando argumentar.— Pois mande a sua prima ir com o ciúmes do marido alheio para a casa do caralho! — Falo e vejo ele com um sorriso cretino nos lábios. — Você já fodeu aquela mulher?— Não. — Ele fala bem sério parecendo até ofendido. — Ela é minha prima de primeiro grau, o que você acha
Afrodite Ribeiro Desço do carro e arrumo o meu sobretudo vendo se está tudo, ok.— Obrigado. — Falo para o motorista, ele assente com um pequeno sorriso nos lábios.Entro no restaurante e de cara vejo a hostess super linda e elegante, assim que ela me vê seu sorriso se abre e eu retribuo enquanto ando até ela.— Buon pomeriggio, ha una prenotazione? — A moça é super educada. ( Tradução- Boa tarde, você tem reserva?)— Perdão, eu não falo italiano! — Digo torcendo para ela falar inglês, a mulher arregala os olhos.— Mentira, você é brasileira? — Sorrio.— Sim, você descobriu pelo sotaque do inglês, né? — Perguntei e ela assentiu animada. — Sabiá, meu sotaque é forte apesar de alguns anos aqui.— Faz tanto tempo que eu não falo com brasileiros, que tô quase chorando de felicidade, já estava achando que tinha esquecido como se falava. — Ela diz super emocionada, sorrio. — Bom, vamos ao trabalho que meu chefe já está me olhando feio, em qual nome está a reserva.— Raffaello. — Falo e ela
Afrodite RibeiroPego a minha taça e rodo o vinho, sentindo o aroma esplêndido do líquido em minha taça.Desvio meu olhar da taça e olho para Rocco que me analisa por um longo tempo, quando ele abre um sorriso sei que resolveu aceitar a minha ordem e entrar no meu jogo.Pego a taça de vinho e me levanto, Rocco olha fixamente para os meus seios com desejo. Seu olhar vai descendo até o meio da minha perna e então volta a olhar para o meu rosto, me aproximo dele e me encosto na mesa, ficando na lateral da mesa ao seu lado.— Podemos falar sobre sua prima? — Pergunto e vejo seu sorriso irônico. — Então isso tudo é pela Giovanna? — Pergunta e sua ironia me deixa puta, mas eu mantenho a minha postura.— Ela é só uma menina!Sinto vontade de pegar a faca que está em seu prato e colocar contra o seu pescoço, mas ao invés disso aperto a taça em minha mão com força e aperto a mesa. — Pelo amor de Deus, Rocco. — Falo incrédula. — Quantos anos aquela mulher tem?Rocco pega a taça de vinho e toma
Afrodite Ribeiro— Anjo? — Escuto Rocco me chamar, sua voz está rouca o que geralmente acontece depois que transamos e eu gosto disso. Sua voz me deixa arrepiada.Não respondo nada, me levanto e quando estou totalmente em pé vejo a merda que fizemos.A mesa está um pouco arranhada por mim e eu nem sei como eu consegui essa proeza, as coisas que Rocco estava usando para se alimentar estão todas no chão e a taça está quebrada em mil pedaços.— Ó meu Deus, olha a merda que fizemos. Agora todo mundo vai saber que algo aconteceu aqui. — Falo e quando olho para Rocco vejo o seu olhar concentrado na minha pernas, olho para onde ele está olhando e vejo seu gozo escorrendo por elas e formando uma poça no chão, merda. — Rocco?Ele me olha parecendo voltar a realidade e nega arrumando a sua gravata.— Antes de você chegar nessa sala, todos já sabiam o que iríamos fazer aqui dentro anjo. — Ele fala. — Costumam pegar essas salas separadas para isso.Arregalo meus olhos ao saber que existe isso,
Afrodite RibeiroDesço do carro em frente a porta da casa da Aurora, agradeço ao motorista e praticamente corro para dentro da casa da minha amiga, pois estou morrendo de vergonha.É como se todo mundo ao me ver com esse sobretudo, soubesse o que eu e Rocco fizemos.Entro pela porta e escuto risadas, assim que estou na sala vejo minhas meninas, Kiara e Aurora brincando com a Hope no chão.— Cheguei! — Falo chamando a atenção de ambas.— Amiga, já ia te mandar mensagem! — Kiara fala e então sorri. — Pelo cabelo e pela maquiagem, tô vendo que o negócio foi bom.— Já quero saber de tudo! — Aurora fala. — Mas pelo amor de Deus, vai lá em cima, tira esse sobretudo e toma um banho decente, pois não quero sentir cheiro de transa alheio!— Bonita você, né? — Brinco fazendo ela rir. — Qual é o seu quarto? Eu já esqueci.— O último do corredor logo no primeiro andar. — Ela fala. — Pode usar todos os meus produtos e escolher a roupa que você quiser.Corro para o andar de cima e procuro o quarto
Afrodite Ribeiro — Podemos ver o resto da casa? — Pergunto, me afasto dos seus braços para conseguir olhar em seus olhos.— Assim eu consigo imaginar como eu quero cada cantinho.— Claro, meu anjo! — Rocco fala. — Vamos para a sala de jantar.Caminho ao lado de Rocco e quando entro na sala de jantar fico impressionada ao ver que vimos a sala é gigante.Ando pelo local e minha mente começa a imaginar uma mesa gigante com umas vinte cadeiras de ponta a ponta e as paredes de cimento queimado com uma única parede de outra cor para dar destaque.Quando eu vejo uma porta gigante vou até ela e quando a abro percebo que é a cozinha e por Deus eu acho que a cozinha é o tamanho da nossa sala na nossa casa atual.A cozinha está vazia e a única coisa que tem nela é uma bancada gigante e um armário de móvel planejado e a pia.Vou até a terceira porta que eu vejo e abro vendo que ela dá direto para um pequeno corredor com uma escada, subo as pequenas escadas e abro mais uma porta vendo que estou nov