Acordei com o barulho do despertador e bocejei, olhei para o horário e já estava na hora de voltar a trabalhar. Pelo visto não havia acontecido nada enquanto eu dormia. Levantei, tomei um banho rápido, escovei os dentes, fiz minhas necessidades, então coloquei um novo uniforme limpo, arrumei meu crachá e sai do quarto.
Logo estou no andar 42, a primeira coisa que percebi é que alguns guardas haviam trocado de turnos, assim como o médico responsável. Arqueei a sobrancelha vendo as atualizações junto ao tablet que peguei na recepção.
“Hey, Julie, bom dia.” Cumprimentei minha amiga.
“Oi Soph, ainda bem que tu voltou.” Escutei ela falar, aliviada.
“Aconteceu algo?” Fiquei tensa, mas não tirei o olhar do tablet, passando pelas informações de cada paciente, parecia que a maioria que estava ali que ainda não havia sido liberado, era porque havia vestígio de prata no organismo.
“Esse pessoal, sabe como é…” Julie falou em tom baixo e respirei fundo.
Era o tipo de pessoa que eu odiava, que queriam as coisas do jeito deles e não iriam ter nada menos do que isso. Dinheiro não comprava tudo, apesar de comprar muitas coisas.
“Relaxa, vai para casa, tu está precisando de um descanso.”
Falei enquanto indicava a saída dela do turno e pedia a substituição.
“Obrigada! Você salva vidas!”
Soltei um riso baixo e me virei, começando a andar em direção aos quartos. Percebi que os guardas tentavam me intimidar com o olhar e apenas ignorei, já havia visto piores.
Os primeiros pacientes logo poderiam ser dispensados, a medicação para retirar metais pesados do organismo já estava funcionando, quando cheguei nos três últimos quartos, havia bem mais guardas.
“Tsi…” Não aguentei e deixei escapar a expressão antes de entrar no primeiro quarto. Senhor Andreas Lykaios, múltiplos ferimentos cortantes e perfurantes, com uma taxa elevada de prata no organismo, mas com boa recuperação enquanto o sangue era filtrado. Aproximei da cama e percebi que havia uma mulher sentada na cadeira do lado, ao que tudo indicava, era a esposa do homem deitado. Ele tinha um porte grande, quase músculo puro, com varias cicatrizes, inclusive um que pegava parte do rosto do lado esquerdo, era alguém que muitos cairiam aos seus pés, mas para mim não me interessava. Verifiquei os sinais vitais, a tubulação e pedi a troca dos lençóis e também um banho de esponja.
“Você deve ser a enfermeira chefe que tanto falam.” Escutei a voz da mulher enquanto eu estava olhando o estado das ataduras.
“Sim, sou eu.” Respondi secamente.
“Hum… Disseram que você costuma ser mais receptiva.”
Ergui o rosto e olhei para a mulher, ela tinha olhos de um tom castanhos escuros, cabelos negros e a pele morena.
“Eu sou, pra quem merece.” Comecei a andar em direção a saída e percebi que ela queria me responder, mas guardou as palavras para si.
Caminhei em direção ao segundo quarto. O Senhor Aquiles Lykaios, irmão mais velho de Andreas, ao entrar no quarto notei que haviam dois guardas do lado de dentro também, mas não parecia haver nenhuma esposa, ou marido ali. Ele estava em estado parecido com seu irmão mais novo, apenas me aproximei da cama e comecei a fazer as checagens. Diferente de Andreas, Aquiles era menor, ainda assim tinha músculos bem esculpidos, cabelos castanhos escuros, feições sérias, também com varias cicatrizes pelo corpo, mas nenhuma no rosto e apesar de não gostar tanto desse tipo de homem, aquele ali até que chamava a minha atenção, mas não estava ali para admirar a beleza de ninguém.
Ao olhar o prontuário respirei fundo, ele tinha pelo menos o dobro de prata que o irmão no sangue, era um milagre ainda estar vivo. Anotei algumas sugestões de tratamentos e enviei para a Doutora Miriam, eram tratamentos alternativos então ela precisaria aprovar, sai do quarto sem trocar nenhuma palavra com as pessoas que estavam ali.
Olhei então para a terceira porta e por algum motivo senti meu coração acelerar, aquele era o quarto do chefe da família Heroux. Talvez fosse isso, afinal tenho certeza que se ele morresse ali o hospital estaria com sérios problemas e as pessoas que trabalharam com ele seriam demitidas. Entrei no quarto e a primeira coisa que percebi foi o cheiro amadeirado, como pinheiro, macieira, pinhos, misturado com algo que lembrava couro envelhecido. Arquei a sobrancelha, pediria para limparem o quarto imediatamente e olhei para os dois guardas que estavam ali e também a mulher ao lado da cama.
“Por favor, este é um lugar que deve ser mantido o mais limpo possível, peço que vão se trocar, se eu consigo sentir o cheiro de vocês daqui, não é um bom sinal.”
Não me importei se eles se sentiriam ofendidos, me aproximei da cama, olhando o prontuário, Perseu Heroux, homem, 32 anos, cabelos castanhos claros encaracolados e curtos, corpo não muito musculoso, mas com certeza de alguém que costuma treinar, parece emitir alguma aura de autoridade, mesmo estando desacordado, talvez fossem as cicatrizes. Estava em condições difíceis pois não estava conseguindo filtrar as toxinas no sangue, já que tem o tipo Bombay, ou seja falso O, arquei a sobrancelha novamente, afinal aquele era o meu tipo sanguíneo.
Tipo sanguíneo Bombay, era um tipo que não tinha os carboidratos A e B na membrana, não era tão raro quanto o Fator Nulo, mas ainda assim era uma grande complicação já que só podia receber doação do mesmo tipo.
Comecei a olhar as informações dos painéis, anotando os números e fazendo algumas modificações que deveriam passar pelo médico responsável para aprovação e torci a boca vendo que agora a responsável era a doutora Miriam.
“Tsi…” Sussurrei novamente e comecei a olhar as bandagens, vendo que algumas estavam manchadas de sangue. O que não deveria acontecer, quanto mais sangue fosse derramado, pior seria para a recuperação, por mais que fosse só um pouco.
Não sei o que estava dando em mim, mas estar próximo desse homem me fazia querer tocá-lo de maneiras que não eram nem um pouco profissionais, mas consegui me manter na postura correta.
“Ele vai ficar bom?” Escutei a pergunta feita, a voz era masculina, fria e carregada com ameaça.
“Isso é uma pergunta para ser feita ao médico responsável.” Respondi com tom de voz jocoso e enquanto terminei de verificar a última bandagem que tinha no abdômen dele.
“Você deveria saber que usar esse tom comigo poderia fazer você ser demitida.”
Ergui o rosto para ver quem estava falando comigo, apesar de já ter uma boa ideia de quem seria. Era um homem que aparentava ter seus 50 anos, bem parecido com Perseu, mas uma versão mais velha.
“Duvido muito.” Arqueei a sobrancelha esquerda. “Já que sou a melhor no que faço e foi requisitado especificamente para eu estar aqui, enquanto eu poderia estar na minha casa dormindo.”
Voltei meu olhar para o tablet e comecei a adicionar as informações e comecei a andar em direção a saída do quarto e senti quando ele segurou meu braço.
“Se eu fosse você tomaria cuidado, ninguém é insubstituível."
A ameaça junto com o apertar dos dedos dele foi quase o suficiente para eu surtar, mas respirei fundo e contei até 10 com calma, tentei puxar meu braço levemente, mas ele não soltou.
“Você tem duas opções, solte meu braço e vou esquecer essa ameaça… Ou você pode continuar me segurando e se arrepender.”
Meu autocontrole estava quase desaparecendo, sei que minha voz mostra o quão séria o que eu estava falando e que eu não aceitava ser tratada como ele queria e que não, eu não tinha medo dele, ou da família dele.
“Você é só uma menina que…”
Abri os olhos e puxei meu braço com força suficiente para que ele me soltasse e quando fui virar escutei a porta se abrindo.
“Sophia Turner!”
Miriam estava ali, olhando diretamente para mim e apenas andei para fora do quarto enquanto colocava o tablet na mão dela.
“Pode mandar colocar outra pessoa no meu lugar, estou indo para casa.”
Avisei em tom de voz baixo e calmo e aquilo era pior do que gritar. Miriam sabia que provavelmente não haveria nada que me fizesse voltar a este andar.
“Soph…”
Miriam começou a me chamar, mas simplesmente ignorei e continuei andando para o elevador, apertei o botão e peguei meu celular para ver minhas mensagens e e-mails e logo a primeira coisa que apareceu foi que a família Heroux estavam pagando para quem tivesse sangue tipo Bombay para virem doarem sangue no hospital.
“Dinheiro não compra tudo…”
Sussurrei e passei por aquela notícia e fui para a próxima que era uma matéria sobre o atentado no restaurante Olympo.
“Soph… Por favor…”
Escutei o bip do elevador, olhei para ver se ele estava mesmo ali e entrei e me virei, podendo ver Miriam e atrás dela aquele homem que havia me ameaçado, provavelmente ele também havia ameaçado minha chefe e antes que a porta se fechasse um dos guardas segurou ela. Olhei diretamente nos olhos dele com frieza e o vi se encolher por um segundo, mas não soltou a porta. Como estava com o celular na mão comecei a discar o número da emergência policial.
“Ou você me deixa ir ou vou chamar os policiais e dizer que a família Horoux está fazendo ameaças aos funcionários do hospital e que eu sou uma refém.”
Avisei calmamente com o dedo perto do botão de ligar.
“Não vai funcionar, simples, quem acreditaria em uma simples enfermeira?”
A voz do homem era de escárnio e seus olhos mostravam que não se importava com a minha ameaça.
Apertei para ligar e antes que me atendessem o segurança entrou no elevador para retirar o celular da minha mão, a porta do elevador se fechou enquanto eu me esquivava do ataque.
“Que tal ficar quieto senão vai fazer uma cena bem no meio do térreo com muitas testemunhas.”
Avisei e desliguei a chamada antes que alguém do outro lado atendesse.
“Avisa ao seu chefe que dinheiro e ameaças não compram lealdade e dignidade, que se ele quiser que volte, é melhor ele me implorar de joelhos, pois não vou aceitar nada menos que isso.”
Arrumei meu jaleco enquanto ficava de frente para a porta do elevador.
“Hum… Provavelmente vou ter o queixo quebrado quando falar isso e também porque não segurei você.”
Escutei a voz dele, era um tom sério, mas também de diversão, uma mistura estranha.
“Você é bem ágil para uma…”
“Mulher? É, é… Eu faço autodefesa." Respondi antes que ele completasse a frase.”Avisa para seu chefe que ameaçar as pessoas desse hospital não vai ajudá-lo em nada.”
Escutei o bip do elevador e depois as portas se abrindo, sai com calma.
“Meu próximo turno é em 12h, se ele quiser conversar é melhor estar disposto a abaixar a cabeça.”
Falei antes que a porta se fechasse e o guarda voltasse para o andar 42.
Sophia POVAcordei novamente com o som do alarme e fui tomar meus remédios, lavei o rosto, preparei café e algo para comer. Fiz tudo o que tinha que fazer antes de sair do meu apartamento e ir para o hospital, tinha desligado meu celular justamente para não saber o que estava acontecendo, era algo que eu sempre fazia, ordens médicas, pois após meu turno eu tinha que descansar e não ficar sobrecarregada pensando no trabalho quando não estava trabalhando.Comprimentei as pessoas conforme ia ao vestiário e colocava meu uniforme, bati o ponto e fui na recepção pegar meu tablet. Pelo visto eu continuava trabalhando e na minha função, mas ainda estava designada para o andar 42, mas como consultora e não responsável, será que era o jeito dele pedir desculpas? Bom, não funcionaria.Comecei meu plantão normalmente, passando pela ala de traumas, conversando com todos e até mesmo atendendo alguns casos, quando percebi já era a hora do almoço e fui para o refeitório, peguei o que queria e logo me
Sophia POVEntrei novamente no 42 andar, a maioria dos quartos já haviam sido liberados, ficando apenas aqueles 3 ocupados. Entrei primeiro no quarto de Andreas e vi ele sentado na cama já, com a esposa do lado e a mulher que antes estava no quarto de Perseu, agora estava ali também.“Boa tarde, senhor Andreas Lykaios, vejo que está se sentido muito bem.” Falei sorrindo de leve, me aproximei, peguei a luva na mesa do lado e comecei a checar as informações e as bandagens.“Estou sim, realmente este hospital está a altura dos prêmios que ganhou.”Olhei primeiro que estava no centro do peito dele, vendo que já não tinha mais nenhum sangue e também parecia bem cicatrizado.“Somos o hospital número um do país, é óbvio que nossa equipe seria uma das mais bem equipadas.”Respondi calmamente, terminei as verificações.“Hahahaha, bem que me disseram que você era muito séria."Sorri de canto, um tanto irônica.“Só com quem merece e faz observações como se fosse um deus em pessoa.” Respondi e me
Sophia POVEntrei no quarto e vi que o maquinário para o procedimento já estava ali, assim como Miriam e Claire, fui ajudá-las e não demorou muito até tudo estar nos conformes para inicial o processo.“Não consegui fazer o pedido, não encontrei com o Senhor Hiperion hoje.” Miriam me comunicou.“Bom, de qualquer jeito estarei aqui.” Fui até a poltrona do lado. “Se puder pedir para alguém trazer meu note, agradeceria.”“Claro. Se você ver ele, você mesmo pode pedir autorização. Estou indo para casa.”“Obrigada, Mi, bom sono.”“Hey, Soph… Se cuida, tá bem?”“Tudo bem.”Estranhei aquele final de conversa, enquanto vi as duas saírem do quarto. Peguei meu celular e comecei a olhar os videos no TikTok, não demorou 10 minutos e pude sentir a presença de Hiperion na porta, não me pergunte como eu sei, eu só sei que sei.“Boa noite, senhorita Sophia.”Ergui o olhar em direção ao homem, chefe da família.“Boa noite. Deve demorar em torno de 5h para finalizar esse procedimento.”“Acabei de encont
Sophia POVAs horas se passaram muito rapidamente, entre uma jogada e outra eu olhava as informações de Perseu e anotava junto ao tablet e também me segurava para não gritar. Houveram muitos críticos, tanto positivos quanto negativos e a galera se divertiu, mas como eu já esperava, a galera me traiu e meu personagem acabou morto. Hiperion me fez algumas perguntas sobre regras e sobre a história dos personagens, mas nada que atrapalhasse o jogo. Era interessante ver um homem como aquele interessado em algo assim, mas bem, convenhamos, existem muitas pessoas com dinheiro e poderosas que jogavam, atores e atrizes de Hollywood. “Vocês sabem né que a próxima campanha é a minha e que vai ser Cthulhu!” Avisei.“Er… Acho que a gente tem que ir dormir. Tchau!” VicTodos os outros concordaram e então saíram da chamada, revirei os olhos e soltei um riso baixo.“Realmente, isso é muito divertido. Vocês realmente entram nos personagens.”“Bom, essa é a intenção.” Coloquei o laptop na outra poltr
Sophia POVAcordei sentindo meu corpo latejar um pouco, uma dor incômoda, mas não insuportável. Olhei ao redor vendo que estava em um dos quartos de descanso, a luz estava apagada, mas ainda assim conseguia enxergar alguma coisa pela luz que passava pela cortina da janela e pela luz debaixo da porta. Minha bolsa estava ali do lado, em cima da mesinha de cabeceira, abri e peguei meu celular. Já eram 17h, eu havia dormido por 14h, quase um recorde, mas somando o cansaço dos turnos e tudo o que havia acontecido, talvez tenha dormido pouco. Vi a notificação de Mirian pedindo para que eu fosse ver ela quando acordasse. Levantei e me espreguicei, peguei minha bolsa, fui até o banheiro, lavei o rosto e escovei os dentes, penteei meus cabelos e finalmente vi meu rosto como eu sou, arrumada e descansada. Sorri de canto.“Vai ficar tudo bem…”Falei para mim mesma, tomei meu remédio e passei desodorante e finalmente sai do quarto. Sei que preciso tomar um banho, mas isso era o suficiente por en
Sophia POVFui uma das últimas a entrar no helicóptero, meu humor neste momento não é um dos melhores, mas isso não significava que seria mal educada e cumprimentei a todos brevemente com a cabeça e logo peguei o tablet para fazer as últimas verificações.Basicamente a família Houroux havia trazido seu próprio médico para supervisionar o transporte e também checar todas as informações.Muita luta de ego para o meu gosto, os médicos do hospital achando um absurdo serem supervisionados por alguém de fora, enquanto o médico da família começava a apontar erros que sequer eram erros, já que ele parecia ter informações sobre a condição física que nós não tivemos acesso.Para evitar um confronto eu só fui até minha casa, fiz uma mala pequena de viagem, quando voltei o caos tinha quase terminado, já que era hora de partirmos. Meu encontro com Joshua também não foi a melhor coisa do meu dia e no final acabamos encerrando algo que sequer tinha começado a ficar sério.Quando o doutor John Ioanni
Sophia POVAlexander falou e passou a andar em direção a um corredor que ficava para o lado direito, segui ele sem pressa, com as mãos nos bolsos. Paramos em frente ao quarto 803, ele retirou um cartão do próprio bolso, abriu a porta e me entregou o cartão.Entrei no meu quarto, ele era bem grande, quase o tamanho da minha sala de estar, todo o quarto estava decorado em vidros e suportes em madeira negra, enquanto o chão tinha um mármore cinza claro e embaixo da cama king size tinha um tapete em cinza mais escuro. Com toques minimalistas e modernos, será que os outros quartos eram iguais? Porque parecia que aquele lugar tinha sido decorado para mim, as cores eram as que eu mais gostava e não gostava de coisa extravagante. Falar que gostei do meu quarto era muito pouco, eu estava amando. Do lado esquerdo tinha duas portas, provavelmente uma pro closet e outra pro banheiro.“Obrigada, está dispensado.”Falei para ele e me virei para ver ele sair.“Sophia… Não é que eu…” Percebi que Alex
Sophia POVQuando terminei fui até minha mala, peguei a toalha, limpei meu rosto, tomei um gole de água e me espreguicei, estralando alguns ossos, para terminar de relaxar os músculos. Agora só faltava um bom banho e estaria pronta para a próxima etapa. Peguei meu celular e comecei a olhar as mensagens dos grupos.Quando comecei a responder um deles senti um olhar direcionado a mim e o cheiro caracteristico de Aquiles permear o ambiente, sei que fiquei tensa… Fechei os olhos, estremecendo, não sei porque, mas minha vontade é de me virar e simplesmente me jogar nos braços daquele homem.“Céus! Eu preciso transar!”Pensei e balancei a cabeça, eu não tinha problemas em transar com caras que acabei de conhecer, mas essa mesma sensação que tenho que preciso de Aquiles é a que vai me manter longe dele. Não sei o que aconteceria comigo se me deixar levar por esses instintos. Mas… Meu corpo não quer fazer o que minha mente, pois me virei e fitei os olhos daquele homem e foi como se todo o res