Khalid POVEsses últimos dias não têm sido dos mais fáceis, especialmente depois que contei a Hyperion sobre meus sentimentos. No entanto, ele sabe que não agi com base neles, e foi esse fato que me manteve na matilha. Além disso, fiz uma promessa de sangue de que não me intrometeria no laço do destino, mesmo depois que eles se rejeitarem. Existem poucas chances de essa promessa ser quebrada, e duvido muito que eu tenha alguma chance.Uma parte de mim deseja que uma dessas ocasiões aconteça para que eu possa ficar mais perto de Sophia, para senti-la em meus braços. Mas meu código de honra jamais permitirá que essa parte tome conta. Como punição, Hyperion pediu que eu ficasse longe de Sophia e me aproximasse apenas quando fosse estritamente necessário. Ele me lembrou que tenho muitas coisas a fazer nesta matilha.Foi assim que passei esses últimos dois dias, sem jamais chegar perto do quarto, sempre seguindo as ordens de Hyperion e também preparando as runas de proteção que seriam colo
Aquiles POVAssim que todos saíram, o corpo de Soph amoleceu, ela tinha adormecido. Mesmo após tantas revelações e saber que ela é um ser completamente diferente de qualquer outro, ainda é fraca. Talvez nessa encarnação ela seja humana e por isso está tão fragil.Afastei-me e deixei que Perseu a colocasse na cama, respirei fundo, pois minha conversa com ele não será nada agradável, mas quero fazer isso agora, neste lugar, pois sei que ele terá que se controlar ou poderá afetar Soph.“Perseu, você precisa se cuidar… Tratar esse ciúmes que sente.” Falei mantendo o tom normal, sem deixar minha aura aumentar.O vejo fechar os olhos e suas mãos tremerem enquanto ele se levanta para me olhar.“Eu não consigo ser frio como você!” Perseu falou entre os dentes, se afastando de Soph. “Como você pode ficar assim? Não viu a forma que eles se olharam?”Respirei fundo, Perseu parece uma criança e isso já está ficando insuportável.. Soph não vai perdoá-lo se Perseu causar algum dano a Khalid por cau
Sophia POVPisquei algumas vezes, sentindo meu corpo dolorido, principalmente em cima do meu coração, é uma sensação de que tem um peso em cima dele e quer me esmagar. Respirei fundo várias vezes, enquanto tento bloquear essa dor.Não é fácil fazer isso, pois a sensação muda para como se uma mão estivesse envolvendo meu coração e começava a apertar, querendo explodi-lo. A força usada é extrema, mas eu não vou desistir tão fácil.Foi então que senti mais uma mão em cima da minha e aos poucos essa dor desapareceu e eu já consigo respirar melhor, finalmente consigo abrir totalmente os olhos e vejo que Alex está do meu lado. Foi ele que me ajudou a superar esse desafio.“Está melhor, Luna?” Alex perguntou preocupado.Revirei os olhos com ele me chamando pelo meu título.“Já falei que pode me chamar de Sophia.” Respondi e o vi abrir um sorriso.Sinceramente? Se eu não estivesse perdidamente apaixonada por Perseu e Aquiles, com certeza teria me aproximado de Alex.“Se está sorrindo desse je
Sophia POVAcordei há algum tempo. Perseu e Aquiles não estavam do meu lado, mas isso não me preocupou, pois Alex estava no quarto. Diferente de antes, não estou cansada, não sinto dor e minha mente está mais clara do que nunca.Neste momento, estou olhando pela janela, observando os prédios abaixo e a movimentação das pessoas. Já fiz isso algumas vezes, pois é interessante saber que há pessoas que sequer sabem o que está acontecendo, que o mundo está mudando e que há pessoas as protegendo, para que não se machuquem.Fechei os olhos e deixei os raios de sol me aquecer. Estou em paz e aceitei meu destino. Saber o que eu sou é bem diferente de estar no escuro. Por mais que as coisas sejam complicadas, tenho uma resposta definitiva do que eu sou.“Sophia, você está bem?” Escutei a voz de Alex atrás de mim.Sorri e me virei, colocando as mãos nos bolsos.“Sim, estou sim.” Respondi.“Você está diferente.” Alex completou.“Eu sei, mas faz sentido. Agora eu sei o que eu sou. Eu já sabia quem
Alex POVDesde que Sophia acordou e tivemos aquela conversa reveladora, onde pude ver que ela realmente aceitava quem era e o que estava acontecendo, o equilíbrio começou a fluir mais facilmente entre nós. Sinto meu lobo se fortalecer a cada dia, e percebo que nunca havia considerado os humanos da maneira que Sophia descreveu. Faz todo o sentido, pois quase todas as raças que conheci ou ouvi falar têm uma contraparte humana. Os humanos são incrivelmente versáteis, e isso me dá confiança de que Sophia sobreviverá ao ritual de rejeição.Não sei ao certo quanto dano isso causará a ela e aos seus companheiros, meu Alpha e Beta, mas tenho fé que eles se recuperarão. E, sinceramente? Mesmo após o ritual de rejeição, jamais abandonarei Sophia. Sempre serei seu Gamma, seu protetor. Diferente de Perseu e Aquiles, minha função é proteger minha Luna contra seus próprios companheiros, se necessário.Essa função não surgiu por acaso. Durante muito tempo, Alphas aprisionavam suas Lunas para que ela
Sophia POVEu atualmente me chamo Sophia Turner, você deve se perguntar porque atualmente, bom, eu já tive muitos nomes e tudo isso apenas para sobreviver ao meu passado e não deixar que ele me alcance, eu prefiro morrer a voltar ao que era.Hoje eu sou uma enfermeira no hospital Gillian´s Memorial, tenho poucos amigos,mas estes me são muito queridos e são os únicos que conhecem minha história.Eu sou uma bela mulher, hoje eu vejo isso, meus cabelos curtos estão pintados de um tom vermelho intenso, uma cor que realça meus olhos de tom esverdeado, com linhas azuladas, muitos dizem que parecem olhos de gatos. Meu nariz é fino, assim como as linhas gerais do meu rosto, sim eu já fiz cirurgia plástica e não me importo em dizer isso. Este novo rosto é quem eu sou, quem eu nasci para ser: Uma mulher adulta, independente, com gostos e desgostos, com opiniões fortes e que não leva desaforo para casa.Eu tenho 1,72m de altura e não uso muito salto alto, afinal de contas, passar turnos de 12h a
Sophia POVAcordei com o barulho do despertador e bocejei, olhei para o horário e já estava na hora de voltar a trabalhar. Pelo visto não havia acontecido nada enquanto eu dormia. Levantei, tomei um banho rápido, escovei os dentes, fiz minhas necessidades, então coloquei um novo uniforme limpo, arrumei meu crachá e sai do quarto.Logo estou no andar 42, a primeira coisa que percebi é que alguns guardas haviam trocado de turnos, assim como o médico responsável. Arqueei a sobrancelha vendo as atualizações junto ao tablet que peguei na recepção.“Hey, Julie, bom dia.” Cumprimentei minha amiga.“Oi Soph, ainda bem que tu voltou.” Escutei ela falar, aliviada.“Aconteceu algo?” Fiquei tensa, mas não tirei o olhar do tablet, passando pelas informações de cada paciente, parecia que a maioria que estava ali que ainda não havia sido liberado, era porque havia vestígio de prata no organismo.“Esse pessoal, sabe como é…” Julie falou em tom baixo e respirei fundo.Era o tipo de pessoa que eu odiav
Sophia POVAcordei novamente com o som do alarme e fui tomar meus remédios, lavei o rosto, preparei café e algo para comer. Fiz tudo o que tinha que fazer antes de sair do meu apartamento e ir para o hospital, tinha desligado meu celular justamente para não saber o que estava acontecendo, era algo que eu sempre fazia, ordens médicas, pois após meu turno eu tinha que descansar e não ficar sobrecarregada pensando no trabalho quando não estava trabalhando.Comprimentei as pessoas conforme ia ao vestiário e colocava meu uniforme, bati o ponto e fui na recepção pegar meu tablet. Pelo visto eu continuava trabalhando e na minha função, mas ainda estava designada para o andar 42, mas como consultora e não responsável, será que era o jeito dele pedir desculpas? Bom, não funcionaria.Comecei meu plantão normalmente, passando pela ala de traumas, conversando com todos e até mesmo atendendo alguns casos, quando percebi já era a hora do almoço e fui para o refeitório, peguei o que queria e logo me