Enquanto isso em São Paulo...
Lilian estava ansiosa para a chegada de Chuck, assim que ele abriu a porta ela correu até a sala.
- E ai, o que descobriu? Sabe onde ele está morando?
- Não. Na verdade ele e Érika ainda não estão se falando, ela não sabe nada sobre ele, vamos ter que descobrir de outra forma onde ele está.
- E de que forma, você pretende descobrir?
- Vou procurar meu irmão.
- O que? Ficou maluco, ele não pode saber sobre mim, muito menos que eu estou atrás do funcionário dele.
- Eu sei, não vou falar de você, nem de Tiago, vou apenas conversar com ele amigavelmente, como um irmão que há muitos anos não o visita, vou deixar que ele mesmo fale.
- Acha que ele vai dizer algo?
- Acredite Seven não é assim tão esperto, tenho certeza de que sim.
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Os tempos foram passando e cada um deles foi seguindo a sua vida... Os meninos ensaiavam todos os dias, Tiago tinha se adaptado as músicas e estava trabalhando em cima de uma música autoral, mas ia demorar um pouco para conseguir terminar. Sebastien parou de trabalhar na empresa do pai, mas deu inicio ao seu novo projeto “Suélen”, era quarta feira e Eduardo tinha deixado ele ficar com a chave de casa, Sebastien chegou calmamente abriu a porta do apartamento e sentou-se no sofá. Suélen ouviu o barulho da porta, não estava mais sozinha, abriu calmamente a porta do quarto e espiou para fora, observou o rapaz que estava sentado no sofá e assustada voltou a fechar a porta, abaixou-se em um canto do quarto e ficou ali abraçada aos joelhos esperando que ele viesse ao seu encontro, mas ele não veio, esperou até seu coração parar de bater descompassadamente e se levantou, talvez fosse coisa da sua cabeça, talvez não houvesse ninguém no sofá, ela abriu a porta
No Rio de janeiro... Durante a tarde Érika observou da janela da cozinha que o que Laura tinha dito não era mentira, Pedro estava sentado no parque com um livro, Stefany estava ao seu lado, ela parecia animada e falava muito, mas Érika não viu Pedro falar, talvez ela estivesse contando uma história, ainda assim a atitude do garoto era bastante fria e distante, quem sabe ele fosse problemático, isso explicava o humor ruim. Tiago terminou de arrumar o cabelo em frente ao espelho, respirou fundo, ele não tinha ideia de quantas pessoas estariam vendo eles hoje, mas algo lhe dizia que o teatro estaria cheio, muitos iam para torcer para as bandas, é claro que para a banda deles não havia nenhuma torcida organizada, mas quem sabe se gostassem do som deles pudesse até aplaudir, olhou o porta retrato de Cat na beirada da cama e lhe deu um beijo. - Me deseje sorte mãe. Sebastien trocou de camiseta umas três vezes pelo menos, andou de um lado para o out
Na empresa... Assim que Tiago chegou Seven pediu para falar com ele no escritório, o rapaz subiu sem nem ao menos cumprimentar Sebastien. - Seu Seven? Queria falar comigo? - Sim, na verdade é uma pergunta simples... Para quem estava olhando na plateia na hora em que foram chamados ao palco? - Ah, isso... Uma besteira na verdade, achei ter reconhecido uma pessoa, porém é impossível que seja ela, já que os cabelos estavam diferentes e bom ela nem ao menos mora em São Paulo. - Posso saber mesmo assim quem era? - O nome dela é Lílian, ela é médica, foi quem operou minha mãe quando ela sofreu o acidente de carro, foi uma médica incrível, fez de tudo para salvá-la, me apeguei muito a ela, pois esteve do meu lado em um momento muito difícil para mim. Seven paralisou os pensamentos ao ouvir aquele nome, somente o nome bastava, era impossível haver tanta coincidência, o rosto, os olhos e agora aquele nome, seu irmão que tinha v
Em São Paulo... Tiago se atirou na cama pensativo, a vida tinha mudado tanto em tão pouco tempo, quando em algum momento ele se imaginaria morando em São Paulo como vocalista de uma banda de rock e sem Cat ou Érika, viver sozinho era legal, mas faltava elas... Ele queria tê-las ali para contar sobre tudo, contar como estava sendo viver sozinho, contar que seu patrão era muito bacana e que o filho dele Sebastien tinha se tornado seu melhor amigo, contar que mesmo sem elas ele estava bem e que estava dando tudo certo na medida do possível, nessa hora o telefone tocou e ele foi despertado de seus pensamentos, ele decidiu atender. - Alô? - Oi, sumido, juro que eu tava morrendo de medo de ligar sem saber se esse número era seu mesmo. - Érika! Meu Deus, não acredito que retornou mesmo a ligação, eu tava pensando em você agora, como você tá? O seu pai é legal? Ele ta cuidando de você direitinho. - Ele nem fica em casa, eu passo boa parte do
Suélen iniciou sua terapia com a psicóloga, era engraçado voltar a se relacionar com outra pessoa, mas ao mesmo tempo sempre que ia ela se sentia mais leve por poder falar tudo o que realmente pensava e sentia, as primeiras seções não foram nada fáceis, entre situações de choro e desespero ela se viu envergonhada, porém a doutora estava acostumada com isso e pediu para que Eduardo não desistisse de trazê-la, pois a evolução demoraria a acontecer e que no começo pareceria que não iria ajudar, mas que os resultados viriam com o tempo, e Suélen já podia sentir isso, estava conseguindo cada vez mais falar sobre o assunto, ainda chorava as vezes, mas agora seu peito já não doía mais e ela não via as outras pessoas como inimigas e sim como pessoas normais. Em São Paulo, Seven decide acabar com as dúvidas... Quando Seven chegou aquele dia do trabalho encontrou Chuck na piscina com os garotos, não gostou muito do que viu, não queria o velho irmão circulando pela cas
Dias mais tarde a ansiedade começou a tomar conta...Seven andou de um lado para o outro no escritório, suas mãos suavam e sua respiração parecia um tanto quanto fora de controle, ele tinha cancelado todas as reuniões e nesse exato momento tudo que ele queria saber era se o motoboy tinha chegado com o documento que ele tanto esperava, quando Tiago adentrou no escritório com um envelope amarelo nas mãos sem endereço ou carimbo, Seven avançou sobre ele.- Não tem remetente, mas disseram que era importante.- É sim, obrigada!Seven tomou o envelope nas mãos e assim que Tiago saiu ele trancou a porta, agora ele tremia de cima a baixo sem coragem de abrir o envelope, ele queria saber, mas tinha medo de saber, qualquer uma das respostas mudaria sua vida para sempre, ele deve ter ficado com aquele envelope uns 15 minutos na mão até que finalmente a coragem falou mais alto e ele retirou o lacre, e lá estava a resposta que ele tanto tinha procurado em seus devaneios, o bendito “P
O Grande dia de Stefany tinha chegado, finalmente sua festa de 15 anos iria começar. O salão estava iluminado, com diversas cortinas de led, havia flores brancas para todos os lados, as mesas com detalhes dourados tinham buques e velas cobertas de cristais, a pista de dança parecia brilhar diante dos olhos de qualquer um, não havia absolutamente nada fora do lugar, tudo estava impecavelmente impecável, no fim das contas Laura e Gabriele foram convidadas para a festa de Stefany, por que elas ainda não tinham descoberto, imaginaram que seria para rir delas depois, mas Stefany parecia estar mudando com a doença do irmão, então talvez as tivesse convidado por bem, Stefany usava um vestido de princesa cor creme, ele era armado e radiante, combinava com os detalhes dourados da festa e com as flores brancas dos arranjos, não demorou muito para o salão começar a encher, Érika recusou o convite deixado pela irmã em cima da cama e decidiu ir para São Paulo, ela queria muito reencontra
Érika acompanhou Lucas até o hospital para dar inicio ao tratamento. - Vai doer? - Não meu amor, vai ser só uma picadinha. - A mana falou que eu vou perder o cabelo, é verdade? - É, provavelmente sim, mas acredite ele vai voltar a crescer antes do que você imagina. - Sério? Ela beijou os dedos. - Tenho certeza meu amor, vai dar tudo certo. Ele concordou com a cabeça, os dois ficaram toda à tarde lá, Érika contou todo o seu histórico de historinhas de super heróis e até inventou algumas partes que não lembrava, quando o dia já estava terminando uma dupla de palhaços adentrou no quarto os fazendo rir muito, um deles sabia fazer mágica e isso animou Lucas, ele adorava mágica, Nicholas chegou no quarto e pegou Érika rindo alto, ele sorriu e se aproximou dela. - Pode ir pra casa filha, eu fico com ele agora. Érika quase não acreditou no que tinha ouvido era a primeira vez que ele a chamava de filha, ela apena