No Rio de Janeiro...
Érika se aproximou da porta observando o desgaste físico e emocional de Angélica ao cuidar do pequeno Lucas, o menino apresentava muitas infecções, por mais que se cuidasse ao máximo a leucemia vinha acompanhada de diversos problemas, entre eles a infecção, a infecção urinária era uma das que mais atacava o pobre garoto, ela sorriu para a madrasta que estava sentada ao lado da cama e pôs a mão em seu ombro.
- Ele vai sair dessa, você vai ver...
- Ele está tão fraco, os médicos disseram que devido à doença o baço dele está crescendo e uma ideia inicial seria a remoção do mesmo, mas tenho tanto medo que isso abra portas pra novas infecções.
- As seções de quimioterapia não deveriam prevenir o aumento do baço?
- Sim, elas ajudam muito nisso, mas há inúmeros efeitos colaterais... Estou tão exausta.
- E quanto o tratamento com células tronco?
- É necessário primeiro que ele consiga diminuir o número de
Enquanto isso em São Paulo... Suélen adentrou na sala de aula e sentiu os olhares sobre si, muito provavelmente as pessoas ali já tinham ouvido falar sobre ele a e sobre seu livro, conheciam sua história pelo que os tabloides tinham falado, ela sorriu tentando parecer simpática, uma garota se aproximou dela com o livro na mão. - Eu li o se livro, é realmente muito forte! Dito isso outra garota se aproximou. - Eu tive que ler escondida, minha mãe disse que não era uma leitura para adolescente... Com isso Suélen até concordava, mas o terceiro comentário foi ainda pior, veio da garota morena que adentrou na sala de aula e sentiu o murmurinho. - Eu também li, ele fez mesmo tudo aquilo com você? Que horror. Ela fez uma cara de compaixão, mas dava pra ver em seus olhos que era teatro e que a compaixão no caso não existia, nessa hora o professor entrou e todas foram para suas carteiras individuais, uma quarta garota que não t
No Rio de Janeiro... Érika terminou sua apresentação e suas notas foram impressionantes, nove, nove e meio e dez, ela saiu comemorando da pista sendo classificada para a final direto sem precisar passar pelas outras etapas, Nicolas vibrou nas arquibancadas quando as notas de érika foram lidas, assim que ela alcançou o calçadão Chuck se aproximou e a abraçou no ar. - Essa é a minha “punk princess”! Lílian também abraçou Érika com força. - Parabéns querida, fico muito feliz por você... Érika sorriu para ela e olhou em volta vendo que seu pai tinha se aproximado acompanhado de Angélica e das crianças, Stefany veio com Arthur que tinha se incomodado com o barulho dos gritos e choramingava. - Parabéns, maninha! Elas se abraçaram e logo Érika viu uma movimentação exagerada vindo em direção a eles. O homem alto que vinha na direção deles tinha os cabelos ralos e o rosto enrugado pela idade mais avançada, a mu
Em São Paulo... Suélen pegou o elevador e subiu acompanhada de Camile, girou o trinco da porta e percebeu que ela estava destrancada, isso só podia significar uma coisa, Eduardo já tinha voltado, assim que as duas adentraram na casa sentiram o cheiro bom que vinha de comida da cozinha. - Talvez seja melhor eu voltar para a escola e explicar a diretora que você teve um contratempo e que precisou ficar em casa. - Tudo bem Camile, acho que eu consigo segurar o “brutamonte” do meu irmão. Eduardo ouviu o barulho que vinha da sala e saiu da cozinha vindo espiar estranhando o fato de que Suélen tinha chegado tão cedo da escola, ele parou imobilizado assim que seus olhos focaram na mulher que a acompanhava e a reconheceram. Camile fez o mesmo, ficando extremamente sem graça, agora ela sabia com quem a menina era parecida. - Eduardo? - Camile? – Ele acenou com a cabeça se aproximando das duas, ainda sem compreender o q
Stefany percebeu que Érika andava estranha, que volta e meia corria a janela para ver quando Henrique chegava ou saia, por mais que ela dissesse que não havia nada e vivesse brigando com ele por motivos distintos, ainda assim ela sabia que a implicância da irmã poderia indicar outra coisa, afinal tinha sido assim com Pedro também e depois os dois tinham se tornado grandes amigos e ela não podia se esquecer de que Érika e o tal meio irmão que de irmão não tinha nada, também viviam se espinhando, mas que no fundo não se desgrudavam. - Vem cá... Qual é a sua com o vizinho bonitão? - Vizinho bonitão? Que vizinho bonitão? - Não me faça de boba maninha, eu já vi o jeito que você fica quando ele está por perto, tem alguma coisa rolando entre você e o Henrique. - Ele te falou alguma coisa aquele dia que te deu carona? - Não, ele é bem discreto se você quer saber, a gente mal se falou, a vida pessoal dele é um mistério se quer saber, mas eu acho que vo
Já na em casa... Suélen viu Eduardo sentar-se nervoso, alguma coisa no olhar dele lhe dizia que a conversa seria longa. - Qual é o problema? Ele soltou um longo suspiro e se levantou a segurando pelos ombros. - Acho que nesse caso fui eu, eu fui o seu maior problema por muito tempo. - Cuidou de mim, abriu mão da sua vida, de uma faculdade de medicina veterinária que você amava para ficar comigo e cuidar de mim, mudou de cidade, de emprego, de uma vida por minha causa, você até terminou com a sua namorada por minha causa como poderia ter sido meu problema? - Minha preocupação e minha falta de confiança em você, eu sempre me preocupei tanto que me apavorava o simples fato de você poder se machucar, então quis afastar de você tudo que eu acreditava que seria uma ameaça. – Ele fez uma pausa. – Inclusive o Seb. Suélen olhou para ele incrédula, ela não queria ter que ouvir sobre Sebastien, não hoje, ela tinha acabado de faze
Enquanto isso, em alguma rua escura de São Paulo... Suélen andava apressada, estava encharcada dos pés a cabeça, as roupas coladas ao corpo a deixavam gelada, ela abraçou o próprio corpo tentando segurar o calor nele, porém o vento frio parecia cortá-la ao meio. Viu alguns homens a olharem com interesse e virem em direção a ela, então deu meia volta indo na direção contrária, apressou o passo saindo do beco escuro de encontro com a rua mais movimentada, olhou para trás para ver se eles ainda a seguiam e acabou se chocando em alguém. - Aí! O homem se virou para ela e se desculpou. - Desculpe querida... Você está bem? Assim que ela ergueu o rosto, Chuck a reconheceu de imediato, era Suélen a irmã de Eduardo que tinha tido uma história com Seb. - Suélen? Ela piscou algumas vezes confusa, ele parecia conhecido, mas ela não fazia ideia de onde, e também não sabia seu nome. - Me conhece? - Acho que nã
Enquanto isso no Rio de janeiro... Era sábado, Érika espiou pela janela e viu Henrique andado de um lado a outro no jardim, ele parecia realmente nervoso ao telefone, talvez aquela não fosse a melhor hora, mas ela precisava falar com ele, se explicar pelo que tinha acontecido, e tinha que ser quando ela tinha coragem, se ela ficassem pensado muito acabaria desistindo como a covarde que era, sem falar que quanto menos as pessoas os vissem juntos na escola melhor seria, caso contrario alguém acabaria desconfiando, cheia de coragem ela saiu porta a fora do apartamento e atravessou o jardim do condomínio, há tempo suficiente para ouvir ele berrar no telefone. - Ela fez o que? Por Deus! Eu juro que eu a mato! Érika parou ficando ligeiramente sem graça, talvez aquele não fosse realmente um bom momento para chateá-lo com suas besteiras, melhor seria se ela voltasse outra hora, porém antes que ela pudesse dar meia volta ele se voltou para ela e fez um sinal
Em são Paulo... Suélen acordou sem reconhecer de imediato onde estava o quarto bem organizado tinha cheiro de baunilha, ela se espreguiçou na cama e então virou para o lado vendo um porta retrato onde Lílian aparecia abraçada a Chuck e só então lembrou-se que estava na casa deles, sem graça ela se levantou e arrumou sua cama, estava usando uma das camisolas de Lílian que lhe tinham caído como uma luva, Chuck tinha razão, ela era realmente uma mulher pequena, na realidade seu corpo miúdo e delicado lembrava muito o de uma criança, de fato ela não aparentava ser uma mulher de 36 anos e com um filho de 20 anos, e tirando a cor dos olhos Tiago não era exatamente parecido com ela, na realidade dela ele tinha apenas a cor dos olhos, por que no resto ele era definitivamente Seven escrito, era até estranho que não tivessem notado a semelhança deles antes. Ela espiou para fora do quarto e viu Lílian organizando a mesa do café. - Bom dia... – Disse um pouco de