Os carros dirigiram por mais de duas horas, chegando a uma cabana escondida em uma área arborizada, guardada por vários homens armados. Kathen puxou sua filha para sair do carro, enquanto Courney segurava carinhosamente o bebê com uma chupeta na boca, que dormia inocente de tudo.Kathen lançou um olhar a um dos homens no local e deu ordens:— Faça a mulher do outro carro descer e a traga para dentro de um dos quartos — ela empurrou sua filha para que entrasse na casa.A viagem parecia interminável para Lindsey, ela não sabia para onde estavam indo e permaneceu em silêncio. Ela percebeu que o carro parou e observou que o local era uma casa rústica longe da civilização. Um homem a segurou pelo braço e a conduziu para dentro da casa, e ela não protestou, pois sabia que seria inútil. O homem a puxou quase arrastando.Ele abriu uma porta e a empurrou para dentro do quarto. Ela viu que o local era de madeira e continha apenas uma cama. Ela se sentou na beira da cama, abraçando a si mesma pa
Lindsey levantou os olhos ao sentir a maçaneta da porta girar e viu, de sua posição, duas pessoas entrarem no quarto.— Olhe, Fabricio, apresento-lhe minha outra filha, ela é a Lindsey — Kathen expressou com sarcasmo em sua voz. — Veja como ela é linda, ela vai atender a todas as suas necessidades — ela deu uns tapinhas no ombro do homem.O homem olhou intensamente para a garota, seus olhos mostraram ansiedade e ele esboçou um sorriso lascivo, soltando com uma voz rouca:— Sua filha é uma verdadeira gostosura. Lindsey, esteja preparada para me agradar?Lindsey estava enojada com o porco à sua frente e lançou um olhar de ódio para Kathen.— Logo eles virão me buscar, e eu juro, Kathen, que vou vingar a morte de minha mãe. Eu vou te matar com minhas próprias mãos por sua alma podre, por sua maldade e por seu assassinato.— Blá, blá, blá, pare de falar bobagem. Você vai sair daqui em um saco plástico, se você não for encontrada por seu marido primeiro, antes que os vermes a devorem.— Co
Pouco a pouco eles foram eliminando os homens que estavam do lado de fora. Fabricio, ao se ver encurralado, procurou um isqueiro no bolso e ateou fogo às cortinas. Em seguida, deu passos largos em direção às mulheres, com um olhar vazio. Ao chegar até elas, soltou uma risada sinistra, seguida de palavras aterrorizantes.— Daqui sairemos queimados.Nesse momento, a porta foi derrubada, e Óscar entrou acompanhado de Damián.— Renda-se, Fabricio. Seus homens já foram capturados — gritou Óscar da entrada, ciente de que qualquer movimento errado poderia colocar a vida das mulheres e de sua filha em perigo.Fabricio estava muito perto de Lindsey. Ele a empurrou, tirando a menina de seus braços e a segurou, usando-a como escudo. A bebê chorava desesperadamente nos braços dele.— Você é o assassino do meu filho? — ele perguntou com um olhar frio. — Eu vou te mostrar como é ver o seu filho morto. — Ele apontou a arma para a cabeça da menina.Courney sentiu uma forte dor em seu ventre que a fez
Na sala de operações, quatro médicos lutavam para manter Courtney viva; ela estava em estado crítico. Tentaram controlar a hemorragia, pois ela havia perdido muito sangue, e imediatamente iniciaram uma transfusão de sangue. No meio da cirurgia, quando dois médicos estavam removendo a bala, o aparelho ligado a Courtney começou a emitir um sinal sonoro; ela estava tendo uma parada cardiorrespiratória. Um terceiro médico cardiologista realizou manobras de compressão torácica enquanto gritava com uma das assistentes na sala de operações.— Prepare o desfibrilador cardíaco.Quando o aparelho estava pronto, receberam descargas elétricas até que o ritmo cardíaco se normalizasse. Os médicos respiraram aliviados e continuaram com a cirurgia. Quando retiraram a bala, perceberam que não havia atingido nenhum órgão e costuraram o ferimento.Um médico ginecologista realizou uma cesariana para remover o feto que já estava morto; ele estava morto quando fizeram uma ecografia para verificar seu estad
Óscar puxou uma cadeira e a colocou ao lado da cama, sentando-se e segurando as mãos de Courney. Ele começou a contar sua jornada como militar, rindo ao relembrar as travessuras que faziam com os novatos e as escapadas para ir a algum clube.No dia em que retiraram os aparelhos de Courney, toda a família e amigos estavam lá, com Dexter em uma cadeira de rodas e Janna, que havia sido aconselhada a descansar, insistiu tanto que Freed não teve escolha a não ser trazê-la.O médico e duas enfermeiras procederam a remover os aparelhos e a examinaram. Ela havia recuperado a cor, estava respirando bem e os pontos estavam cicatrizando, mas ela não acordava. Horas se passaram e nada aconteceu. O médico informou que a recuperação estava indo bem, mas dependia de Courney acordar.Naquele dia, ela não mostrou nenhum sinal de resposta, e todos os presentes deixaram o hospital com tristeza nos olhos.Uma semana se passou e, em seguida, um mês. Lindsey e Óscar se revezavam para cuidar dela. Fisicamen
A família Miller estava voltando para sua mansão, e Maximiliano levou seu filho dormindo para o quarto. Stefany adiantou-se para o quarto que compartilhava com seu marido. Ela tinha pensado muito nisso, mas não sabia como dar o passo para ser mais íntima com ele. Ela discutiu isso com seu amigo Luan, que a convenceu a comprar um conjunto vermelho: um robe de alças transparentes com lingerie íntima.Ela estava no banheiro, sentindo-se envergonhada enquanto se olhava no espelho. Ela não sabia se deveria sair com aquilo ou se deveria dizer a Maximiliano para que a tomasse como sua mulher.Quando ouviu que ele abriu a porta do quarto, ela respondeu nervosamente do banheiro:— Meu amor, onde você está?Maximiliano a procurou com o olhar e, mordendo o lábio inferior, ela continuou:— Estou no banheiro, troque de roupa e me espere deitado na cama.Para Maximiliano, isso parecia estranho, mas ele não deu muita importância. Ele trocou de roupa e sentou-se na cama, esperando que ela saísse.Ste
A família estava novamente reunida no chá de bebê de Janna, as crianças corriam de um lado para o outro felizes. Enquanto os adultos conversavam entre si, Janna fez uma careta de dor, fazendo com que todos a olhassem, surpresos, viram como um líquido escorria molhando seus sapatos.— Acho que rompi a bolsa — gritou Janna em pânico.Todos se olharam, sem saber o que fazer. Stefany desmaiou, Maximiliano a segurou com medo, e Cecilia abanou-a.— Freed, onde está a bolsa de bebê? — gritou Lindsey ao vê-lo parado sem reagir.— Eu vou procurar. Deve estar no quarto do bebê — disse Luan correndo para dentro da casa.Kyle tentava encontrar a chave de seu carro e não conseguia.— Lin, me ajude com ela? Esses homens estão assustados — pediu Isa, levantando Janna. Ela segurou sua mão e a ajudou a caminhar devagar. Lindsey fez o mesmo do outro lado e levaram-na para um dos carros.— Courney, quando Luan trouxer a bolsa, nos encontre no hospital — disse Isa, acomodando Janna no banco de trás e sai
Cinco meses depois, Courney estava tomada por um emaranhado de nervos. O dia do seu casamento havia chegado, ela se casaria na igreja, suas inseguranças sempre a atacavam, e ela ainda estava em terapia psicológica.Lindsey a ajudava a colocar o vestido de noiva que ela mesma havia projetado. Era um vestido bege de alças com detalhes florais, o decote era sensual em formato de V, as costas eram cobertas por rendas delicadas que deixavam a pele à mostra graças à transparência que criava padrões florais. Era em forma de sereia, destacando sua bela figura.Stefany estava sentada na cama, confortável, saboreando uma colherada de sorvete de chocolate cremoso, que para ela era como o paraíso.— Stefany! Pelo amor de Deus, pare de comer tanto, olhe como você está gorda e só está com sete meses de gravidez — resmungou Luan. Sempre que a encontrava, Stefany estava comendo, e isso o deixava louco.— Bem! Você não sabe que toda mulher grávida fica arredondada? O que posso fazer se esses três encr