Maya soltou um suspiro pesado, seus olhos refletindo uma mistura de ousadia e medo. Apesar de sua aparente firmeza, ela sabia que estava em uma situação delicada. Ela temia que a chegada de Sander pudesse provocar um massacre no rebanho. Ela não estava preparada para permitir que as mulheres fossem levadas embora. Com o coração batendo forte no peito, ela observou Sander se afastar. Então, ela falou em voz alta."Obrigada, meu amigo, por ter chegado bem na hora. Eu não o esperava, mas você apareceu na hora certa", disse ela, agradecida."Amigo, eu não lhe disse que estava vindo, porque, em conversa com Eros, decidi vir e trazer alguns filhotes para proteger o rebanho de vermes como o que acabou de sair", explicou ela, tentando justificar sua chegada surpresa em meio ao caos.Maya sentiu que estava sendo penetrada por um olhar cheio de desejo. Quando sua mente e seu corpo já estavam relaxados, um aroma inconfundível inundou seus sentidos: era o cheiro de seu companheiro. Por um momento
Na matilha azul, Ares estava em uma posição discreta, escondido nas sombras, observando Gina e Eos com um olhar intenso. Elas estavam se divertindo brincando no lago, enquanto Orion sentia uma irritação e ciúme crescentes por não poder estar perto de sua companheira. Cada segundo que passava sem sua proximidade era uma tortura. A ansiedade o consumia, e ele estava em uma encruzilhada sobre se deveria ou não se aproximar dela. Em meio ao seu conflito interno, ele deu um suspiro profundo e seus pés se moveram sozinhos em direção à sua companheira."Tio Ares!", exclamou Eos com alegria nos olhos, estendendo os bracinhos para abraçá-lo. Em seguida, seus olhos curiosos se voltaram para o lago, onde alguns peixes de cores vivas estavam nadando. "Veja, tio Ares!", cantarolou ele com um tom de felicidade na voz, "Eles são iguais aos que vemos no rio da manada do Alvorecer, mas esses são muito maiores."Gina estava sentada na beira do lago com os pés imersos no líquido frio. Quando sentiu a pr
Quatro homens estavam discutindo em uma área montanhosa no extremo sul do país. A tensão era palpável no ar. O mercenário humano, com olhos frios como aço, olhava para Sander. Esse homem era um traficante de armas e de lobisomens. A raiva brilhava em seus olhos enquanto ele falava com uma voz rouca e ameaçadora."Você prometeu me trazer duas lobas como pagamento pelas mercadorias que lhe entreguei."Sander, com uma expressão angustiada, passava a mão na cabeça, tentando encontrar uma resposta que pudesse salvá-lo dessa situação. Ele sabia que havia cometido um erro ao permitir que aquelas nove lobas escapassem e fossem parar nas mãos dos reis da região. Sua mente começou a girar, preocupando-se com as possíveis consequências de sua negligência."Se aqueles lobisomens falarem sobre meus negócios obscuros, os reis virão atrás de mim", pensou Sander com medo.Os outros dois homens que estavam assistindo ao confronto trocaram olhares nervosos."Dê-me uma chance e eu lhe darei uma loba pur
Ares caminhou pelo corredor e ela o seguiu. Eles subiram as escadas juntos até chegarem ao quarto dela. Chegando lá, ele colocou a mão na maçã do rosto dela e disse."Vamos apenas conversar com mais privacidade. Prometo que não farei nada que você não queira fazer, está bem?""Tudo bem", respondeu ela calmamente.Ele girou a maçaneta e a conduziu para dentro. Gina atravessou o quarto, com passos vacilantes, até chegar à beira da cama, onde se sentou, com as pernas tremendo como gelatina.Ares entrou em seu quarto e fechou a porta atrás de si, com passos lentos, caminhou silenciosamente até Gina e se ajoelhou na frente dela. Seus olhos refletiam uma profunda súplica enquanto ele sussurrava para ela."Meu pequeno lobinho, confie em mim, diga-me por que você está assim. Se você me deixar ser seu companheiro, cuidarei de você como se fosse a coisa mais preciosa que tenho."Mais uma vez, o grito de cortar o coração encheu a sala. Ares, em desespero, apertou suas mãos com força, mas permane
Enquanto isso, no rebanho dos Vilkas, Maya havia passado em segurança até a porta de seu quarto. Ela não sabia como agir naquele momento, pois não queria ceder ao desejo avassalador de seu companheiro. Ela sussurrou baixinho, tentando controlar suas emoções."Deusa Selene, você é muito má comigo. Não quero ser dominado por meu companheiro, por que o feitiço não funciona?"Anos atrás, em uma das viagens de Maya à matilha Dawn, ela ofereceu sua ajuda a uma mulher híbrida, metade lobo e metade feiticeira de piche. Naquela época, Maya havia lhe pedido uma poção especial: uma que pudesse esconder seu cheiro durante a época de cio. Como uma guerreira cercada por lobos, ela precisava dessa proteção. A gentil mulher híbrida concordou em ajudá-la e, desde então, Maya viveu em paz, contando com essa opção.No entanto, como ele havia sentido a essência de sua companheira, a magia havia perdido o efeito. Parecia que esse macho lobo tinha o sangue tão quente que desafiava qualquer artifício mágico
Na manhã seguinte, Gina acordou cedo. Seus olhos estavam pegajosos por causa das lágrimas que havia derramado na noite anterior. Ela esfregou os cílios e, virando a cabeça, viu o lobo que a fez se sentir segura pela primeira vez em três anos. Lembrando-se de Eos, ela se curvou como uma mola e cuidadosamente saiu da cama, agachando-se vários passos em direção à porta. Ela estava prestes a abrir a maçaneta quando a voz profunda de seu companheiro a deteve."Meu amor, venha para a cama. Ainda é cedo. Venha cá, preciso de seu corpo junto ao meu. Estou com frio", disse Ares sonolento.Gina piscou várias vezes enquanto ouvia seu lobo preguiçoso. Ela se virou, com o coração batendo descontroladamente. Emocionada com o gesto de afeto de seu companheiro, ela respondeu com timidez na voz."Ares! Tenho que ajudar minha mãe com o café da manhã e depois cuidar da princesa"."Meu amor, não quero acordar sozinha. A partir de hoje, você não vai mais trabalhar. Vou falar com Danna sobre você. Além dis
Na matilha dos Vilkas, Maya acordou com tremores em seu corpo. Virando-se para um lado da cama, ela encontrou seu companheiro pervertido dormindo profundamente. Ela tentou se mover com cuidado, mas suas coxas tremiam incontrolavelmente. Finalmente, ela conseguiu se levantar e foi para o outro lado da cama, onde estava a mesinha de cabeceira. Ela abriu a gaveta silenciosamente enquanto sussurrava em sua mente: "Deusa Selene, por favor, me ajude. Esse homem é um garanhão e não sei o quanto mais posso suportar.Depois de vasculhar os objetos com cuidado, ela finalmente encontrou o que estava procurando. "Aqui está", pensou ela com alívio. Ela sentiu que seu corpo estava queimando e precisava de algo para se acalmar, embora não tivesse certeza de quantas pílulas deveria tomar. Ela decidiu arriscar e estava prestes a desenroscar o terceiro comprimido quando ouviu uma voz."O que você está fazendo?" Duncan soltou um bocejo e virou a cabeça para ela. Ao notar a cartela de comprimidos na mão
O dia do casamento finalmente havia chegado e os convidados estavam começando a chegar ao rebanho. Eles estavam ansiosos pelo evento inesperadamente grandioso que os reis haviam organizado. A notícia do casamento se espalhou pelo rebanho, e todos estavam cheios de alegria e orgulho pelo fato de que a celebração seria realizada ali. Na mansão, para muitos foi estressante, pois os preparativos finais estavam sendo feitos em dois espaços: um onde seria realizada a cerimônia e o outro onde o casamento seria realizado.Eros e Danna mal haviam dormido naquela noite; eles acordaram nos braços um do outro, e ele beijou sua companheira gentilmente antes de se levantar."Meu amor, a deusa Selene, não permitirá que nada de ruim nos aconteça.""Eros, temo por você. Sei que fizemos um acordo para nossas filhas, que se algo acontecesse, teríamos que fugir. Sinto que não posso suportar viver sem você", respondeu Danna com a voz trêmula, fingindo ser forte.Eros a encarou com seus profundos olhos azu