POV LUNA SWAN
—Peter?—O chamei num fio de voz.
Ele continuou se aproximando, e quando a pouca luz do corredor o iluminou, tive vontade de vomitar ao ver todo o sangue que cobria seu corpo, e as feridas espalhadas por seu peito. Mas fora o olhar que ele me direcionou que me assustou.
Peter estendeu sua mão, as garras ainda à mostra nas pontas dos seus dedos. Recuei um passo de forma involuntária.
—Sou eu, lobinha. Não tenha medo de mim.
Apertei as mãos, tentando acalmar minha respiração.
—Como posso ter certeza disso?
Vi as garras em suas mãos des
POV LUNA SWAN—Você está nervosa e assustada—ele sussurrou contra meu rosto, decifrando as reações que meu corpo produzia.—Me sinto presa em um pesadelo, como se eu fosse ser levada novamente pelos desgarrados e torturada. É difícil acreditar que estou livre.A mão de Peter segurou minha nuca, os dedos se enroscando em meus cabelos bagunçados.—Vem cá, lobinha.Ele guiou minha cabeça para seu peito, apoiei meu rosto sobre seu coração, ouvindo suas fortes palpitações vibrando. Passei um braço pela sua cintura, me aconchegando mais a ele. Peter começou uma lenta carícia em meus cabelos, quase r
POV LUNA SWANMais testemunhos foram ouvidos, fêmeas corajosas que não permitiram que os culpados fossem inocentados e apesar dos traumas e medos, elas foram valentes em acusá—los, sempre mantendo o queixo erguido. Elas tinham minha total admiração pela ousadia.Mark deu um passo à frente quando os testemunhos foram finalizados. Os olhares caíram sobre mim, era minha vez. Enchi meus pulmões de ar e andei até parar diante dos acusados, e com o olhar cravado em Camilla, eu comecei a contar tudo que acontecera nos últimos dias.Relatei cada tortura que foi submetida, sobre Nick, o desgarrado que matara Victoria e me levou. Sobre o vampiro que me torturou e por fim, sobre Camilla e sua participação com o bando de desgarrados. Foi difícil
POV LUNA SWANO abracei com força, não me importando em estar o molhando. Peter me envolveu com seus braços e me tirou da banheira, me levando para o quarto calmamente. Ele me entregou uma camisola preta e um de meus conjuntos de lingerie.Soltei um baixo gemido ao me deitar na cama agora arrumada e confortável. As cortinas foram puxadas e cobriam as janelas de vidro para que eu não visse o que acontecia no centro da cidade, não sabia se tinha estômago para ver toda aquela tortura. Peter desligou a luz, mas deixou o abajur ao lado da cama acesso, provavelmente compreendendo meu receio com o escuro.Peter me entregou um pequeno pote metálico. Quando o abri, um cheiro forte e refrescante me atingiu. O encarei, esperando por uma resposta para o conteúdo pastoso dentro do potin
POV LUNA SWANLisa estreitou os olhos em minha direção e eu soube o que ela diria antes que abrisse a boca.—Ela não é a única que gosto de correr riscos desnecessários sem pensar, não acha?Cerrei os dentes, acalmando as chamas incandescentes que borbulharam dentro de mim diante das palavras da minha cunhada. A conversa entre Lucca e Peter cessou no mesmo momento e um clima pesado pairou sobre nós.Engoli o chocolate, encarando os olhos azuis de Lisa profundamente.—Eu vinguei aqueles que a machucaram, saiba mostrar alguma gratidão calando a merda da sua boca enxerida.Lisa continuou imóvel, nenhum pouco surpreendida por minhas palavras amargas
POV LUNA SWANPeter deu uma pausa para respirar, mas continuou me prensando na parede e encarando meus olhos.—Um Supremo fica mais forte e poderoso com seus lobos, mas estávamos sozinhos, ele estava vulnerável por minha causa. Leon acabou sendo gravemente ferido pelo Alfa do bando e teria sido morto por ele, mas eu não podia permitir, se o macho matasse meu pai, se tornaria o próximo Supremo. Leon estava desacordado e não podia fazer a renúncia e me passar a supremacia, então...Minha respiração ficou presa na garganta. Peter apertou os olhos, como se quisesse expulsar aquelas lembranças da cabeça. Quando ele abriu os olhos novamente, um abismo profundo era visto ali.—Então eu dei o golp
POV LUNA SWANObservei o sol nascer dentre as colinas no horizonte verde da cidade em silêncio. Conseguia ouvir a alcateia despertando, todos ansiando para o fim do julgamento dos traidores após sete dias da condenação, finalmente chegara o momento que aquela tortura chegaria ao fim.Me recusei a tomar café com minha família, o embrulho em meu estômago me impedia de comer ou beber algo, o cheiro de sangue ainda presente no ar me causava náuseas.Eu tinha consciência que ainda não era o fim dos desgarrados, havia bandos vivos espalhados pelos territórios, mas após terem encontrado um mapa com a localização dos outros covis, Peter mandará seus melhores machos e fêmeas para caçarem o restante dos desgarrados e a ordem era pa
POV LUNA SWANPeter parou ao meu lado, desviei a atenção de Lisa e encarei meu parceiro. Uma sombra de luto e ódio ainda pairava sobre os olhos cinzentos do Supremo, o rosto retorcido pelo mesmo sentimento que eu sabia que carregava em mim mesma.—Está feito, Luna—falou Peter, os caninos reluzindo a luz do sol. —Voltaremos para casa amanhã mesmo.Assenti em concordância, mais do que ansiosa para voltar para casa, para a cidade de Peter, o lugar onde eu estava aprendendo a chamar de lar junto com minha família.Mark chamou o Supremo para resolverem uma questão de território e eu me virei na direção da casa, precisava urgentemente tomar um banho e tirar o sangue de Camila do meu co
POV LUNA SWANA volta para Nova York passou mais rápido do que eu imaginei, as horas no carro ao lado de Peter foram tranquilas, apesar do desconforto no banco do veículo, quase saltei de alívio quando finalmente chegamos em casa e pude sair do carro, esticando minhas pernas sobre a terra.Puxei uma longa respiração, trazendo o cheiro da cidade para dentro dos meus pulmões. Fingi não notar os olhares indiscretos do povo fixos em mim, admirei a fachada da minha casa por alguns momentos, enquanto os homens de Peter buscavam nossas malas. O Supremo parou ao meu lado depois de falar alguma coisa com um lobo e me abraçou pelos ombros.—Finalmente estamos em casa."É bom estar de volta."
Último capítulo