- Vá logo ao assunto Lian!
- Jousie está no hospital... Eu não sabia mais o que fazer ou a quem recorrer e por isso vim até aqui, você é minha única esperança.
Sua mão segurou a minha e eu senti um choque elétrico percorrer meu corpo, puxei a mão de volta, “que, porcaria era aquela que tava acontecendo comigo”?
- Como assim? O que houve?
- Lembra que te falei da asma, bom... Ela teve uma crise ontem.
- Por causa do que aconteceu quando eu fui embora?
- Também, mas eu acho que... Eu fui o maior culpado.
Cruzei os braços sentindo a raiva subir pelo meu corpo.
- O que foi que você fez agora?
Ele se afastou caminhando até a vidraça e olhando a imagem da cidade do lado de fora como se tivesse vergonha de me encarar.
- Eu disse a ela que talvez eu tivesse que ir embora.
- Você
Carlos não se conformava com a atitude de Kathy, pegou suas coisas e se retirou bufando do apartamento, Mag correu até a janela para vê-lo saindo do prédio, ela o conhecia há anos, na verdade o conhecia desde que tinha começado a trabalhar para Kathy e nunca o tinha visto tão furioso, em partes ela imaginava que era por causa do que ele sentia pela amiga dela, por mais que ele negasse ou tentasse esconder estava na cara que ele era louco por Kathy e que toda essa simpatia e ajuda que ele dava nos livros, era apenas para tentar ganhar a escritora, Kathy podia até ser ingênua, mas ela, ela conhecia muito bem o universo masculino e esse ataque dele só podia significar uma coisa, ciúmes.Não demorou muito para Beto entrar em contato com Lian, parece que os problemas estavam só aumentando.- Lian? Lian onde você está?Lian bufou essa era a pergunta de um milhã
Jousie começou a abrir os olhos calmamente enquanto eu lia, senti que ela segurou minha mão com força.- Kathy, você veio!Eu abri e fechei a boca emocionada por vê-la acordada.- Minha pequenina, minha nossa não sabe como estou feliz em vê-la acordada!Eu a abracei com carinho, ela tentou corresponder, mas sua mão doeu ao sentir a agulha.- Aí, o que é isso em meu braço?- Uma agulha, ela está alimentando seu corpo com coisas boas capazes de curar todos os seus machucados internos.- Impossível, tem uma dor aqui que vai ser difícil de ser curada.- Está falando do seu pai? Não diga isso Jousie, tenho certeza que irão se acertar...- Não, não vamos ele está indo embora para Portland, nem ao menos se importa comigo.- Não Jousie, seu pai vai ficar, ele ficou tão preo
Caminhei até o café e pedi um expresso, só algo bem amargo para me fazer esquecer a ânsia de ver ele aos beijos com aquela oxigenada, e olha eu ali já colocando mais alguns apelidos na pobre mulher, definitivamente ela tinha vida meu instrumento de repulsa do dia.Liguei para Mag para dizer que estava tudo bem com Jousie e que ela já tinha acordado.- Se não sabe a pior, o Carlos saiu daqui furioso, menina, acho que deveria ligar para ele, ele tava muito irritado! Muito mesmo!- Caramba, não acredito ainda que discuti com ele por causa do Lian, porém o Carlos foi tão infantil!- Ele estava com ciúmes, né Kathy! Não acredito que ainda não tenha percebido que ele move um caminhão incendiando por você!- Para Mag, menos, não fica vendo amor onde não tem, você vê amor até em um tomate!- E que mal h&aacut
Depois que Jousie recebeu alta e voltou para casa finalmente eu pude me concentrar no roteiro audiovisual que eu estava escrevendo baseado em um dos meus romances, demorei muito tempo para conseguir me lembrar de onde eu tinha parado, mas quando finalmente consegui me concentrar tive um dos dias mais produtivos da minha vida, claro que para isso acabei não saindo para almoçar ou para lanchar ou qualquer coisa, Mag as vezes vinha bater na porta para ter certeza de que eu ainda estava viva porém eu apenas respondia de lá de dentro para não preocupa-la pois não queria me desligar da escrita, caso o fizesse poderia acabar não retornando a ela.Lian se atirou no sofá do escritório jogando uma pequena bolinha vermelha para o alto e a agarrando com a mão na tentativa de se distrair, Beto sentou-se no braço do sofá olhando para ele.- E então? Não recebo nem mesmo um agradecimento
- Vira! Vira! Vira! – Gritou Mag enchendo mais um copo de tequila, eu me atirei para trás da cadeira e dei uma gargalhada alta já sentindo o álcool fazer efeito, Carlos balançou a cabeça e pegou a garrafa da mão de Mag.- Assim é melhor! – Ele disse empinando a garrafa e tomando vários goles.A noite estrelada e quente estava deliciosa, Mag ria de tudo e conversava assuntos variados com Carlos que estava animado com o fato de eu ter terminado o roteiro.- Precisa muito ligar para o meu pai ele vai querer ver isso para ontem! Estava muito ansioso para que você terminasse, disse que tem já duas produtoras interessada em filmar o seu livro.- Não acredito! Sério?- Sério Kathy! As pessoas na editora estão empolgadíssimas com isso, vai ser um sucesso!- Deus te ouça! – Senti um desconforto e só então lemb
Abri os olhos sem ter certeza do que eu via no dia seguinte, não reconheci o quarto, não era o meu quarto, olhei em volta tentando me encontrar, as janelas eram grandes e tinham cortinas longas, sem vista para cidade, porém com uma bela vista para o jardim verde e cheio de flores, o ambiente era claro e a cama gigantesca, os lençóis estavam limpos e perfumados, afundei novamente sem ter certeza se queria descobrir que lugar era aquele, até que tomei coragem de me levantar, minha cabeça pesou me recordando de tudo que eu tinha bebido, cambaleei até a primeira porta que encontrei acreditando ser o banheiro, porém não era, era um closet, um armário repleto de roupas masculinas, paralisei então eu estava mesmo no quarto de um homem? Minha nossa senhora o que é que eu tinha feito? Não conseguia me lembrar de muita coisa, mas lembrava de Carlos ter me beijado... Será? Comecei a rezar b
Só depois que eu sai lembrei que meu carro tinha ficado com Max, que por sinal ainda não tinha voltado para casa então minha única opção era caminhar sem saber ao certo para que lado ir, já que sempre eu tinha vindo vendada ou pegar um táxi, parei em frente aos portões da casa de Lian olhando para os lados, como chamar um táxi ali? Ouvi uma buzina atrás de mim e vi Joseph com o carro de Lian.- O patrão pediu que eu a levasse para casa.- Vendada?- Não, acho que as vendas ficaram para trás. – Ele disse rindo, eu suspirei e circulei o carro entrando ainda um pouco nervosa.- Qual é a do seu patrão, me enlouquecer igual ele?- O senhor Lancaster é meio estranho, não foi fácil para mim também me adaptar quando comecei a trabalhar com ele, porém é muito generoso, o salário paga qualquer
No dia seguinte eu levantei cedo, e me preparei para sair para correr olhei da varanda e vi toda a comitiva de repórteres no andar de baixo e então suspirei.- Sério que será sempre assim agora?- Parece que sim, ou pelo menos até algum outro famoso aprontar alguma...- Certo, então espero que eles aguentem o meu pique...- Vai correr mesmo assim?- Vou, não devo nada a ninguém, os deixa correrem se quiserem!Desci e sai pela garagem, não demorou nem cinco minutos e eu os vi apontando as câmeras para o meu lado e virem em minha direção, sorri e dei um “tchauzinho” tirando onda com a cara deles e então pus os fones de ouvido saindo correndo em seguida, eles devem ter me seguido por uns trinta minutos e então desistiram de correr, pude ver alguns deles limpando o suor no rosto e até me diverti com isso, voltei para a cob