Gustavo ficou perplexo.Embora estivesse lidando com seus próprios assuntos, ele tinha ouvido toda a conversa ao redor, e quando a batalha chegou até ele, apesar de um pouco confuso, não era como se ele não entendesse nada.Ele levantou os olhos, encontrando o olhar de Douglas, e depois de um momento de reflexão, disse:- Você tem certeza?"Você realmente quer procurar problemas para si mesmo?"Sua fala era extremamente sutil, tanto que, exceto por Lourenço, ninguém no local conseguiu entender o verdadeiro significado por trás de suas palavras.A razão pela qual Lourenço conseguiu entender era porque ele havia sido duramente tratado por Isabel, afinal, ninguém poderia ser mais infeliz do que ele, que antes de entrar no quarto, tinha que depender do humor da esposa para decidir se deveria avançar com o pé esquerdo ou o direito. Um passo errado significava que ele só poderia se retirar para dormir no escritório.Sob tal política de pressão, até um porco acabaria se tornando astuto.Além
Claro, Raquel temia ainda mais que ele, por causa disso, agisse com resignação e acabasse se apegando totalmente a ela.Raquel pensou que Gustavo ainda iria argumentar um pouco, mas ele concordou prontamente:- Certo, mas mesmo terminando, não deveríamos dizer isso pessoalmente? Foi você quem encontrou Raul. Se você não o quer mais, ao menos diga algo a ele. Ultimamente, ele fica todos os dias esperando por você na porta, se recusando a se mover quando chamado.Raquel originalmente planejava dizer isso por telefone e depois cada um seguiria sua própria vida. Afinal, o começo da relação deles também começou de maneira tão informal. Mas, quando Gustavo mencionou o cachorro, ela se sentiu emocionada.Ela realmente era uma boa garota.- Que tal marcarmos um lugar para comer? Você leva o Raul...Ela tapou a boca, quase se deixando levar pelas palavras daquele sujeito:- Leve o cachorro.Falando nisso, ela também se sentia culpada. O cachorro claramente queria segui-la, mas ela virou as cost
Natália não esperava que, ao levantar os olhos, encontrasse Douglas na multidão, alguém que deveria estar no país natal naquele momento. Hoje não era feriado, então o museu não estava muito cheio. Entre um grupo de estrangeiros, o rosto de Douglas se destacava notavelmente. Além de sua altura proeminente e rosto bonito, atraía os olhares admirados de muitas garotas. No entanto, tudo isso se tornou apenas um pano de fundo aos olhos de Natália. A aparição de Douglas ali era completamente inesperada para ela. Ele, ao ver Natália parada ali, atônita, avançou com suas pernas longas em grandes passos em sua direção. O homem, que até momentos atrás exalava uma dignidade distinta, se transformou instantaneamente em uma figura lamentável, parecendo um cachorrinho que havia sido abandonado e percorreu um longo caminho para encontrar sua dona.Douglas começou com uma reclamação:- Você não atende minhas ligações, nem responde minhas mensagens.Natália suspeitava que, se não estivessem em pú
Douglas se defendeu em voz baixa:- Foi você quem me beijou primeiro.Ele simplesmente não conseguiu se conter.Naquela época, ele pretendia levar Natália para casa, mas preocupado com a situação dela na família Garcia e temendo que as pessoas a vissem bêbada e a tratassem mal, decidiu levá-la a um hotel.Depois de colocá-la na cama, Douglas baixou os olhos, os fixando nas delicadas feições da mulher, sendo hipnotizado pelos seus olhos embriagados e pelas bochechas tingidas de um vermelho bêbado, até que, ao se dar conta, os braços de Natália já o envolviam pelo pescoço.Os olhos dela estavam levemente cerrados, brilhando como estrelas.Ela ergueu a cabeça, seus lábios cheios e úmidos se aproximaram lentamente na sua direção, Douglas sentiu o doce aroma de vinho frutado em sua respiração, junto ao cheiro de shampoo de seus cabelos, que era de pêssego.Ele poderia ter se afastado?Sim, se ele quisesse, nem precisaria fazer muito esforço.Os braços que o envolviam eram tão fracos e sem f
Natália temia o frio e, a cada inverno, relutava em sair de casa. Em seu país, ela sempre dirigia para onde precisava ir, raramente enfrentando o vento frio nas ruas como naquele instante.Douglas estendeu a mão e a puxou para seus braços, caminhando com ela em direção ao passageiro do carro.- Entre no carro.O carro ainda estava ligado, parecendo convidativo e quente. Natália queria simplesmente entrar no carro sem se preocupar com mais nada, mas ela ainda não havia perdido o juízo.- Meus colegas ainda estão aqui.Aqui não era como em seu país, onde as pessoas simplesmente voltavam para suas casas depois do trabalho.Todos estavam hospedados no mesmo hotel e ainda tinham que jantar juntos. Não seria certo deixá-los para trás, a menos que ela não planejasse mais trabalhar no museu.Douglas disse:- Houve um acidente de carro lá, mas a estrada já estava livre quando eu cheguei. O carro que vocês chamaram deve estar chegando logo.Assim que ele terminou de falar, um carro parou na fren
Após ouvir a resposta de Douglas, Natália pensou que ele tivesse comprado a casa durante uma viagem de negócios.- Então, por que você comprou uma casa? Não seria melhor alugar um lugar ou ficar em um hotel? É mais conveniente e não precisa limpar.Douglas explicou:- Morar na própria casa é mais confortável. Não preciso me preocupar se trocaram os lençóis ou se o hóspede anterior cozinhou algo estranho na chaleira.Natália ficou sem palavras.Bem, ela não conseguia entender o mundo dos ricos.Ela ajustou um pouco o assento e virou a cabeça para olhar os edifícios de estilo completamente diferente dos do seu país natal nas duas laterais da rua. Eram apenas seis e meia, mas já estava completamente escuro.A casa que Douglas comprou ficava numa área movimentada da cidade, com um mercado noturno logo abaixo e segurança na entrada. Apesar de ser um pouco barulhento, era muito seguro, mesmo voltando tarde da noite.Ele dirigia devagar, e Natália inicialmente pensou que era devido à multidão
Natália entendeu instantaneamente o que ele queria dizer.Ela estava um pouco sonolenta, mas agora estava completamente acordada, as intenções de Douglas eram claras demais.Ela percebeu imediatamente o que Douglas estava pensando.No entanto, as palavras de Douglas realmente deixaram Natália sem ter como resistir. Ela já estava tão cansada que não queria se mover, e agora, deitada na cama macia e envolvida pelo ar quente e acolhedor, depois de ter desfrutado de sua massagem, ela queria ainda menos se mover.Sua vontade, que já não era muito firme, agora havia se dissipado completamente.Vendo a suavidade em seus olhos e expressão, Douglas continuou a seduzir em voz baixa:- Tem uma loja de roupas lá embaixo, você tem que descer para voltar ao hotel de qualquer forma, que tal irmos dar uma olhada primeiro? Se não encontrarmos nada adequado, então deixamos pra lá.Natália não respondeu.Se ela ficasse aqui esta noite, teria que acordar uma hora mais cedo amanhã para se encontrar com os
Subindo as escadas, Natália foi novamente ao supermercado. Douglas queria acompanhá-la, mas ela não deixou, dizendo que queria fazer uma surpresa.O olhar do homem caiu mais uma vez na sacola de compras, naquele pedaço de tecido fino. Ele já havia olhado inúmeras vezes durante o caminho, e a cada olhada, seu rosto ficava mais vermelho.Natália comprou lingerie erótica e agora entrava misteriosamente no supermercado novamente, sem deixá-lo a seguir, Douglas já podia adivinhar o que ela estava comprando.Não era a primeira vez que eles experimentavam isso, ele não era mais um jovem inocente, mas era a primeira vez que brincavam tão selvagemente.Douglas segurava nervosamente a alça da sacola de compras, conseguindo apenas reprimir as imagens excitantes que surgiam em sua mente.Enquanto ele fantasiava, Natália já havia saído com as compras, vendo Douglas parado sob o poste de luz, distraído, ela estendeu a mão e bateu em seu ombro.- O que você está pensando? Vamos, vamos para casa.O ho