- Onde exatamente eu sou inferior a ele?Marta, incapaz de se mover, simplesmente fechou os olhos para não vê-lo, revirando os olhos freneticamente através das pálpebras fechadas.Em seu coração, ela amaldiçoava: "Louco! Louco! Louco!"Natanael, não recebendo resposta e sem se irritar, pegou o celular dela do criado-mudo e o apontou para o rosto dela.- Vamos, ligue para o Pietro e diga que você vai viajar a trabalho, voltando daqui a cinco dias. - Disse ele, com uma voz suave. - Marta, fique comigo por cinco dias, pode ser? Apenas cinco dias.Ao final, seu tom de voz era quase de súplica.Mas Marta sabia que esses eram truques do demônio para enganá-la. Se ela demonstrasse o mínimo descontentamento com seus desejos, estaria acabada.- Você deveria se entregar à polícia, a rendição pode levar a um tratamento mais leniente. Depois, Pietro pode escrever uma carta de perdão e sua sentença não será tão severa. Seu filho ainda é pequeno, você precisa pensar nele. Ele já não tem mãe desde pe
O homem que batia na janela era alto, o que podia ser percebido pela curvatura de seu corpo. Vestia um moletom preto com capuz, que estava puxado para frente cobrindo a parte superior do seu rosto e usava uma máscara preta cobrindo a parte inferior. O carro de Natália estava estacionado ao lado de um poste de luz, e o homem, se curvando para olhar para dentro do carro, tinha a luz incidindo sobre suas costas, fazendo com que seu rosto, escondido nas sombras, parecesse uma mancha escura. Ele realmente parecia um fantasma. Natália estendeu a mão para pegar o martelo de segurança no compartimento entre o assento do motorista e do passageiro, apontando a ponta afiada para o homem, enquanto a outra mão rapidamente pressionava o botão de ignição.- Sra. Rocha, sou eu, sou eu, não tenha medo. - O homem apressadamente tirou a máscara, tentando deixar seu rosto mais visível para Natália, chegando até a colar o rosto no vidro. - Não vá ainda, foi meu chefe que me mandou.Esse homem era o mesm
Finalmente a sós com Natália, Douglas não queria falar sobre essas questões desagradáveis.- Deixa o Marco te ajudar a mudar.Na verdade, ele queria que ela escolhesse apenas o essencial para levar, deixando o resto para trás e comprar tudo novo, mas temia que, por causa disso, ela usasse isso como desculpa para se mudar novamente no futuro.Natália pensou por um momento:- Tudo bem.Afinal, ela estava de férias e não precisava ir trabalhar no Grupo Rocha, então não havia necessidade de continuar morando em um lugar onde até pegar o metrô era uma luta, precisando ainda de sorte para conseguir entrar, além de evitar que Douglas se distraísse por causa dela.Douglas finalmente conseguiu convencer Natália a voltar, o que significava que a reconciliação não estava longe. Assim que se livrassem de Tadeo, aquele psicopata, ele a levaria imediatamente para formalizar a reconciliação, para evitar qualquer incidente futuro que pudesse causar mais problemas e então recuperar o filho que nunca ti
Natália voltou para o Jardim Gardênia, e as flores na sala de estar foram transformadas por Leandro em flores eternas. Temendo estimular suas emoções, ele as colocou em um quarto desocupado no segundo andar. Sabendo de seu retorno, os empregados já haviam limpado cada canto da casa e até as roupas de cama foram trocadas. Já era muito tarde, então Natália não tinha energia para arrumar as várias malas que trouxe do apartamento. Ela pretendia levar apenas alguns itens de uso diário, pois no Jardim Gardênia já havia roupas, mas Marco insistiu em arrumar tudo para ela. O apartamento foi completamente esvaziado, exceto pelos móveis originais do proprietário, até o lixo foi descartado.Após um banho rápido, Natália subiu para a cama. No dia seguinte, foi acordada pelo som do telefone. Tinha dormido tão tarde que estava com dificuldade de abrir os olhos e seus pensamentos estavam confusos.- Bom dia.- Você ainda não acordou?A voz lhe era familiar. Após um longo momento de reflexão, ela
No entanto, Lourenço estava extremamente ocupado, desde o momento em que atendeu o telefone até o momento em que desligou, não passaram mais de dois segundos.- Ele disse para você ficar bem no Jardim Gardênia.Sob essas circunstâncias, como Natália poderia ficar tranquila em casa? Mesmo que ela devesse ficar em casa, ela precisava primeiro confirmar se Douglas estava seguro. Agora, as notícias estavam repletas de mensagens sobre seu desaparecimento. Sem ter certeza se isso era um plano dele ou de Tadeo, ela não conseguiria ficar tranquila aqui.Natália trocou de roupa e, assim que saiu de casa, encontrou Isaac. Vendo a mulher em perfeitas condições diante dele, ele relaxou um pouco.Sabendo que algo tinha acontecido com o Grupo Reyes, ele foi ao apartamento procurar por Natália imediatamente. Depois de bater na porta por um bom tempo sem resposta, ele pensou em ligar, mas temeu que ela ainda não tivesse visto as notícias e sua ligação acabasse alertando ela. Não a encontrando no apart
Essa resposta era simplesmente mais insuportável para ele do que matar Tadeo. Suas obras, das quais ele tanto se orgulhava, haviam sido uma farsa do começo ao fim, tratando ele como um tolo, manipulando ele.- Você já estava assim, por que ainda se recusava a ceder?À beira da morte, até falar era difícil, somado à falta de sono prolongada, sua mente estava constantemente à beira do colapso.Dr. Adán havia dito que o estado mental de Douglas naquela época era o ideal para a hipnose. Se resistisse, teria que suportar uma dor milhares de vezes pior, uma dor que a maioria das pessoas não conseguiria suportar, como se alguém estivesse martelando seu cérebro.Então, quando Dr. Adán lhe disse que tinha sido bem-sucedido, ele acreditou tão facilmente, mesmo depois de ter revelado falhas tão óbvias, ele mesmo havia se convencido com suas explicações.Douglas disse:- Eu tinha medo de que ela fosse chorar.Embora naquele momento ele não estivesse certo, se Natália soubesse que ele não se lembra
Natália estava a caminho do escritório de advocacia de Gustavo quando recebeu a mensagem. Ao ver as fotos, ela imediatamente tentou retornar a ligação.Mas a outra parte havia desligado o telefone.Isaac estava sentado ao lado dela e também viu as fotos:- Natália, o Douglas não é tão fraco assim. Talvez ele tenha outro plano.Ele temia que Natália agisse impulsivamente e caísse numa armadilha. Tadeo enviou essas fotos com certeza tinha segundas intenções. O motivo pelo qual não disse nada agora era para deixá-la em pânico, incerta sobre a vida ou morte das pessoas que se importava. Com o tempo, mesmo os mais resilientes, a barreira psicológica desmoronaria. Uma vez que isso acontecesse, não se teria condição de pensar em mais nada, se tornando fácil de ser manipulado.- Eu sei. - Natália se forçou a desviar o olhar das fotos, desligou a tela do celular e decidiu não olhar mais. - Eu não vou agir por impulso, nem sou tola de ir à morte. Tadeo certamente quer me usar para causar problem
Douglas se encostou tranquilamente na cabeceira da cama, sem dar continuidade à conversa de Tadeo, com um ar de serenidade que não demonstrava nenhuma ansiedade de estar preso.Isso era diferente da reação que Tadeo esperava. Ele achava que Douglas ficaria com medo, em pânico, suplicaria por misericórdia, mas ele estava tranquilo como se estivesse em sua própria mansão.Tadeo agarrou seu rosto abruptamente, dizendo entre dentes:- Essa sua reação me faz sentir completamente inútil, irmão, você não tem medo de nada?Douglas não se irritou com o gesto, nem sequer mostrou intenção de responder.Quanto mais calmo ele estava, mais irritado Tadeo ficava. Ele violentamente rasgou a roupa de Douglas, expondo as cicatrizes em seu peito.- Irmão, depois que suas cicatrizes sararam, você esqueceu a dor? - Ele pressionou uma das cicatrizes com a ponta do dedo, enfiando a unha na ferida, e o sangue começou a escorrer entre suas unhas, caindo gota a gota no lençol. - Quer que eu te ajude a lembrar d