Que tipo de pergunta estranha era essa?O assistente, assustado, quase saltou da cadeira. Ele tinha estado observando aquele homem, mas só pensava que o seu jeito tinha algo confortável, sem outras intenções...Mas não, o ponto agora não era esse, era por que o Presidente Erik faria tal pergunta?- Presidente Erik...Vendo seu constrangimento, Erik logo percebeu que ele estava pensando em algo preocupante e rolou os olhos para ele, sem palavras.- Eu estou perguntando, se você fosse uma mulher, preferiria o tipo de homem como ele ou como eu?O assistente que ele escolheu, por que era tão sem noção quanto o Leandro, aquele idiota, incapaz de entender as entrelinhas e só pensando em fantasias?Leandro, ocupado na Grupo Rocha preparando os materiais para a licitação depois de amanhã, não se conteve e espirrou, atraindo os olhares de todo o escritório.O Assistente Leandro, quando trabalhava com o Presidente Douglas, sempre foi sério. Nem sequer espirrar, quanto mais soltar um pum, ele se
O homem que apareceu na porta da sala de reuniões estava vestido com um terno claro, de estatura alta e elegante, com um ar distinto ao seu redor. Seu rosto, muito parecido com o de Douglas, estava coberto por uma máscara. A franja ligeiramente longa escondia sua testa, revelando apenas seus olhos.Além disso, ele apareceu acompanhado do representante do cliente, parecendo estar em uma conversa agradável.Ao ver ele de máscara, Natália suspirou aliviada, temendo que Pietro não suportasse o choque e desmaiasse.Erik e Douglas tinham auras diferentes, talvez por causa de suas roupas, tornando difícil os associar como a mesma pessoa sem ver seus rostos ou ter contato direto.Mas Pietro já havia ouvido falar que ele era muito parecido com Douglas, por isso não pôde deixar de olhar mais algumas vezes, perguntando em voz baixa a Natália ao seu lado:- Esse é o filho mais novo da família Reyes que foi trazido do interior no ano passado, e realmente se parece muito com Douglas?Natália olhou r
O corredor foi invadido por uma cacofonia de ruídos, sinalizando a queda de alguém. Ao lado de Natália, um membro do Grupo Rocha também foi arrastado escada abaixo, mas, por sorte, alguém o agarrou a tempo.Pietro, por coincidência, conversava com sua assistente do outro lado, escapando do acidente.Após a queda, um silêncio perturbador reinou. Alguém acendeu a lanterna do celular, iluminando a cena. A visão era sombria , sangue escoava lentamente de baixo do corpo caído.Natália, ainda encostada na grade metálica da escada, observou horrorizada. Uma camada de suor frio cobriu suas costas, a umidade da camisa grudando em sua pele, a fazendo tremer incontrolavelmente.Se não fosse por aquela mão salvadora...Ela poderia estar entre os feridos.Sob o choque, Natália tentou seguir o braço que a segurava, mas ao se virar, a mão se soltou. Seus olhos encontraram os de Erik, indecifráveis na penumbra.Lágrimas brotaram em seus olhos, misturando medo, alívio e uma miríade de emoções conflitan
Entrou no carro.Assim que Natália ia baixar a cabeça para olhar o tornozelo, alguém se inclinou primeiro, segurando sua panturrilha.O aroma desconhecido do homem envolveu o ar.Seus dedos longos pressionaram suavemente ao redor do tornozelo inchado de Natália. Ela gritou de dor e instintivamente tentou recuar o pé.Erik segurou firme, levantou a cabeça, seus olhos pousaram nas sobrancelhas franzidas de Natália, que suportava a dor. Parecia que emoções intensas se agitavam em seus olhos, mas ao olhar para ela, voltaram ao normal.- Não se mexa. - Sua voz rouca era baixa e suave.Erik tirou os sapatos dela, segurou seu pé e o girou para os lados.- Dói?Natália sentiu com cuidado.- Está suportável.- Você não quebrou o osso, mas tem uma contusão no tecido mole, ainda precisa de cuidados. - Erik pensou no modo como ela tinha caminhado pulando em um pé, com raiva acumulada no peito, e não conseguiu controlar o volume da voz. - Você não deve sair da cama por pelo menos um mês.Natália qu
Natália estava visivelmente constrangida, evitando olhar para a expressão de Isaac, fixando seu olhar severo além do ombro dele, diretamente em Erik.“Isaac não é meu namorado, por que ele deveria correr para me salvar? É ridículo Erik culpar ele. Isaac não é meu guarda-costas, por acaso ele deve ficar me vigiando 24 horas por dia para ver se estou machucada ou não?”Natália perguntou:- Como você sabe que Isaac nunca está por perto quando me machuco? Desde que conheci o Presidente Erik, só me machuquei esta única vez.“Vamos ver como você explica isso.”- Se vamos lidar com a família Rocha, é natural que eu conheça meu concorrente. Não apenas sei quantas vezes a Srta. Natália se machucou e os detalhes, como até mesmo sei os horários da sua empregada doméstica.“Ele pareceu até orgulhoso disso.”Isaac falou:- Comparado àquele cachorro que late duas vezes ao ver a pessoa que gosta sendo maltratada, realmente é pouco.Erik ficou sem palavras.Ele se lembrou cuidadosamente. Não era a mes
Depois que Isaac deixou o local com Natália nos braços, Erik e Tadeo também saíram do edifício da clínica, seguidos cuidadosamente pelo Assistente César.Tadeo olhou para ele com um ar de mágoa, conseguindo ver apenas o perfil frio e duro do homem e seu nariz proeminente.- Irmão, o que houve? Você está triste por causa da Irmã Natália? Você está... - Ele hesitou, um lampejo frio passando rapidamente por seus olhos fora da visão de Erik, logo substituído por uma expressão de pureza. - Está com ciúmes do Sr. Isaac?Erik parou por um momento e se virou para o olhar, com uma expressão séria no rosto.- Você está desenvolvendo sentimentos especiais pela Natália? Por que senão, por que você sempre pergunta se eu gosto dela?Tadeo ficou chocado."Não, eu não estou", pensou Tadeo, movendo os lábios, prestes a explicar, mas Erik interrompeu:- Tadeo, eu sei que talvez por ter crescido sem uma mãe, você tenha uma afeição especial por mulheres mais velhas. Mas ouça, isso não está certo. Se você
Esses tipos de paqueras eram muito comuns em bares. Se fosse outra pessoa, ou recusaria ou aceitaria, mas Tadeo tinha uma grave aversão à sujeira e não gostava que os outros toquem nele.Ele olhava sombriamente para a mulher voluptuosa e sedutora em seus braços, não só sem o mínimo de interesse, mas também sentindo que todo o seu corpo estava sujo e seu humor, antes alegre, se deteriorou ao extremo.Ele se levantou bruscamente.A mulher rapidamente agarrou seu pescoço, com uma expressão de timidez.- Mocinho, não seja tão bruto, eu...- Vadia, você realmente me traiu e marcou encontros com outros homens... - Sua voz era tão alta que abafava a música barulhenta do bar. - E esse cara ainda é um homem frágil e afeminado. Hoje vou mostrar pra você quem é melhor, eu ou esse homem que você encontrou. Bata nele.Tadeo se virou, prestes a explicar, mas foi atingido por um soco.O agressor era forte e intimidador, claramente um lutador profissional. O soco no seu rosto quase fez sua alma voar p
Gustavo não estava sozinho sentado ali. Em sua frente havia um jovem de cerca de vinte anos, com cabelos castanhos, usando um fone de ouvido estilo earmuff, vestido com moletom, jaqueta de beisebol e jeans, um visual bem na moda.Esse rapaz era o irmão inútil de Raquel. Observando sua atitude bajuladora na frente de Gustavo, se ele esticasse a língua, seria praticamente um cão estúpido.Raquel, arregaçando as mangas, caminhou em direção aos dois.- Pablo, você não deveria estar na escola tendo aulas? O que faz aqui?Pablo estava conversando com Gustavo sobre mudar para o curso de Direito. Depois do último incidente em que quase foi mandado para a prisão por aquele imbecil, ele percebeu profundamente que a violência não era a solução, era preciso entender as leis. Quando sofresse bullying, deveria saber como usar as armas legais para mandar o agressor para a prisão, caso contrário, ele mesmo acabaria preso.Ele estava falando com muita concentração quando se assustou com a voz repentina