Natália erguia seu queixo, refletindo em seus olhos a luz acima de sua cabeça, brilhando intensamente.- Vou jogar de volta na sua cara todas aquelas coisas que você disse sobre ele estar morto.Erik ficou atônito.Seus lábios se curvaram levemente, mas logo caíram novamente.- Você gosta tanto dele assim?- Isso é entre mim e ele, não tem nada a ver com estranhos.- Mas ouvi dizer que você e o Presidente Douglas ainda estão divorciados. Se você gosta tanto dele, por que não vejo vocês dois reatando?Natália inclinou seu queixo na direção dele.- Tire as suas calças, que eu te conto.Ela falava com uma seriedade e concentração que lembrava a pesquisa de faculdade, tornando algo tão sugestivo em algo extremamente sério, sem nenhum traço de desejo.Erik perguntou:- Você acha que se o Presidente Douglas ainda estivesse vivo, ele te deixaria e aos filhos para trás? - Ele deu um passo em direção a Natália, colocando a mão em sua barriga. - Ou então, e se eu fosse o Douglas, aparecendo com
Tadeo olhava para ele, Erik estava lendo documentos, e do seu ângulo só conseguia ver a franja ligeiramente longa do outro.- Ele disse que, no dia em que o Grupo Rocha declarar falência, ele voltará para comemorar contigo.Erik virou uma página do documento.- O lugar para onde papai foi desta vez é muito isolado? Por que nem mesmo conseguimos entrar em contato?- Sim. - Tadeo respondeu de forma evasiva, em seguida, tirou um frasco de remédios da gaveta. - Irmão, você tomou seu remédio?- Tomei.Desta vez, Tadeo não verificou, simplesmente jogou o frasco de volta na gaveta, bem a tempo de a secretária entrar com a sobremesa. Ele foi comer.No instante em que o bolo tocou sua língua, seus olhos e sobrancelhas se apertaram de satisfação, como uma pequena raposa que saboreava uma delícia.Durante esse processo, Erik estava sempre ocupado, ora lendo documentos, ora em reuniões, ou fazendo ligações. Tadeo, apoiando o queixo, olhava para ele com os olhos brilhantes.Tadeo não ficou muito te
Houve um silêncio no outro lado da linha, antes de se ouvir a voz suave e sorridente de Isaac:- Gostou dos presentes?Natália olhava para o monte de produtos para gestantes, esfregando os olhos inchados e doloridos.- Isaac, não preciso dessas coisas para grávidas, devolva.- Em breve você vai precisar. Agora que você está trabalhando na Grupo Rocha, o trabalho é cansativo e você não tem tempo para escolher essas coisas. - Isaac parecia estar ocupado, com o som de papéis sendo mexidos ao fundo. - Não é fácil devolver os itens, então guarde eles. De qualquer forma, você vai precisar deles eventualmente. Se se sentir mal por isso, posso pedir um favor? Em alguns dias, irei a um evento e escolhi algumas roupas, mas estou indeciso sobre qual usar. Pode me ajudar a escolher?- Isaac, eu não estou grávida, então realmente não preciso deles.A falsa gravidez era apenas uma estratégia para estabilizar a situação na Grupo Rocha com os funcionários astutos e antigos. Não havia necessidade de es
Raquel ficou sem palavras.Que azar.Ela segurou o copo de água embaraçada e ouviu Gustavo dizer:- Eu não tenho ex-namorada, nunca fui traído, nunca comprei carro para ninguém, nem tive um cachorro.Se outro homem dissesse isso, Raquel talvez não acreditasse, mas vindo de Gustavo, com certeza era verdade.Porque Gustavo não parecia ser alguém que conseguisse ter uma namorada, quem aguentaria um namorado com paradeiro tão incerto o tempo todo.- Então, quando vamos tirar a certidão de casamento?Raquel não conseguiu se conter e cuspiu a água que estava bebendo.Gotas de água deslizaram pelo rosto bonito do homem, caindo na parte de trás da cadeira. Raquel, esticando o pescoço, tentou pegar a água caindo do queixo com a mão, enquanto estendia a outra mão para limpar as gotas no rosto de Gustavo. Parou no meio do caminho, percebendo que não poderia limpar com a mão, precisava de um lenço de papel, e rapidamente se virou para pegar.Natália já estava pronta, esperando que ela se virasse.
Natália estava prestes a perguntar "quando foi que eu doei roupas?", quando se lembrou das coisas que Isaac doou em seu nome, que incluíam vários sacos grandes de roupas.- Como você soube que eu doei roupas? - Ela perguntou.Isaac geralmente evitava aparecer, e essas coisas, apesar de caras, foram doadas para áreas pobres. O valor unitário não era tão impressionante quanto a quantidade e comparado com doações que enchem vários caminhões grandes, era realmente insignificante.- Ouvi alguém mencionar. - Erik respondeu vagamente. - Você não podia usar essas coisas? Por que doou?Erik ainda estava em competição com o Grupo Rocha, então Natália certamente não o contaria sobre a sua falsa gravidez. Ela também não estava muito ciente dos negócios e não sabia que impacto isso poderia ter se divulgado.- Isaac comprou demais, eu não conseguiria usar tudo, nem consumir, então doei para quem precisa, deixar lá seria um desperdício.Erik apertou os lábios, seu rosto estava frio, uma frieza que ne
Um líquido picante deslizou da garganta até o estômago de Erik e depois se espalhou por seus membros, incendiando todo o seu corpo, enquanto uma leve vermelhidão aparecia em seu rosto.Leandro elogiou:- Presidente Erik, você tem uma grande capacidade de beber.Ele pegou a garrafa e serviu mais uma dose para Erik, enquanto continuava a dizer palavras lisonjeiras, o elogiando por ser jovem e talentoso, um futuro líder no mercado da Cidade K, o líder do Grupo Reyes. Seus elogios eram bastante exagerados.Erik, que havia ouvido elogios a vida inteira, encarou Leandro calmamente, permitindo que ele continuasse com os elogios, mas sem mostrar qualquer interesse em beber mais.Leandro disse:- Presidente Erik, desejo que você realize seus desejos o mais rápido possível.Ele ainda olhou intencionalmente para Natália.Erik se sentia frustrado interiormente. Ele tinha desaparecido por um curto período, e Leandro já estava incentivando outros homens a cortejar Natália, até desejando que eles rea
Natália disse evasivamente:- Primeiro você se despe, se fizer isso, eu te beijo.Se fosse Douglas, ela o beijaria, se não fosse, ela o jogaria para fora.Erik, com os lábios apertados, disse:- Não, você está me enganando, se não me beijar, prova que não é minha namorada.Natália sorriu, com uma voz suave, em comparação com o olhar sincero de Erik, ela se sentia quase malévola.- Eu realmente sou sua namorada...- Espere. - Erik a interrompeu de repente, sério, ativando a função de gravação do celular. - Repita o que acabou de dizer.Natália ficou sem palavras.Ótimo, a paciência dela tinha sido totalmente esgotada por ele.Ela parou de discutir, estendendo a mão para desabotoar as calças de Erik.O movimento foi tão brusco que acabou levantando sua camisa, revelando várias cicatrizes. Embora soubesse que ele estava ferido, ela não esperava tantos machucados.Natália, com as mãos tremendo, tocou as cicatrizes que pareciam recentes, sentindo a textura irregular de sua pele.- Como você
Erik foi acordado pelo seu relógio biológico às cinco da manhã. Assim que abriu os olhos, o ambiente completamente estranho o fez ficar instantaneamente alerta, tensionando o corpo. Somente com as memórias da noite anterior retornando, ele percebeu onde estava.O teto era iluminado pela luz da manhã e ao redor reinava um silêncio absoluto.Ele virou a cabeça em direção à porta do quarto, que continuava fechada.Pensar que Natália estava dormindo logo ali, separada dele apenas por uma porta, mesmo sem poder a ver ou tocar, era suficiente para o deixar satisfeito.Erik não ficou deitado por muito tempo e logo se levantou, descendo as escadas. Imediatamente, avistou o carro familiar estacionado à beira da estrada.O motorista, ao ver ele descer, se apressou em abrir a porta do carro.- Presidente Erik.Erik franziu ligeiramente a testa e perguntou:- O que você está fazendo aqui?Ele não havia ligado para o motorista vir o buscar.O motorista olhou instintivamente para dentro do carro, he