Douglas desligou o interfone e abriu a porta para pegar as roupas trazidas pelo gerente, as jogando em Natália.

Ela pegou a sacola e foi para o banheiro, enquanto a voz de Douglas ecoava de trás da porta:

- A mãe vai fazer um exame detalhado no hospital daqui a pouco. Vamos juntos.

- Eu tenho que ir trabalhar. - Ela também estava preocupada com a situação de Marta, mas acabara de começar a trabalhar no estúdio e tirar licença logo de início não seria bem visto. - Quando saírem os resultados, me avise.

Douglas olhou para as costas da mulher e disse friamente:

- Você está disposta a ignorar a saúde da mãe por causa do seu trabalho como faxineira?

Natália continuou andando, sem explicar a situação de faxineira.

- Daqui a dois dias, eu vou ter que chamar ela de tia Marta.

Ela estava apenas falando a verdade, mas aos ouvidos de Douglas soava como: “Estamos nos divorciando, e a situação de sua mãe não tem nada a ver comigo.”

Ultimamente, toda vez que ela o via, a palavra "divórcio" era a mai