No estacionamento, o celular de Natália foi arremessado, caindo no chão e estilhaçando a tela em pedaços como flocos de neve.Um dos homens pisou brutalmente no celular, esmagando-o com raiva e gritando:- Porra, você não quer cooperar conosco, né? Vamos só tirar algumas fotos, se você não colaborar, não nos culpe por te machucar! - Após dizer isso, o homem olhou para Natália, avaliando descaradamente seu corpo, e com um sorriso cheio de dentes disse: - Você tem um corpo maravilhoso, deve ter tido muitos homens...Os homens começaram a difamá-la, e seus olhares para ela gradualmente se tornaram impuros.Natália estava vestida casualmente naquele dia, com uma bolsa a tiracolo. Ela perguntou calmamente:- Que tipo de fotos vocês querem tirar?- Suas fotos nuas.- Tudo bem, mas preciso ir até o carro para tirar as fotos, não quero ser vista por outras pessoas. - Ela tirou a bolsa e a segurou nas mãos. - Combinei um lanche da madrugada com alguém, vocês têm que tirar as fotos rapidamente,
Douglas caminhou diretamente em direção a Natália.Aquele grupo de pessoas que Thiago havia derrotado ainda estava encolhido no chão, não por não poderem se levantar devido a ferimentos graves, mas por não ousarem se mover, traumatizados pela pessoa que tentou fugir e foi chutada para longe.Quando a maioria das pessoas encontra um obstáculo, a primeira reação é contorná-lo, mas Douglas não tinha essa consciência. Ele nem sequer abaixou a cabeça para olhar, simplesmente chutou o que estava bloqueando seu caminho a seus pés.A pessoa atingida emitiu um grito doloroso mais uma vez.Douglas era muito frio, sua aura fazia-o parecer como se tivesse saído diretamente do inferno.Vendo isso, as outras pessoas rapidamente se afastaram, abrindo um caminho largo para ele, garantindo que mesmo se ele andasse com as pernas bem abertas, não seria bloqueado.Douglas parou, olhando para duas sombras alongadas no chão, uma de Natália e a outra de Thiago. Embora fossem duas sombras distintas, agora est
- Você ainda vai esperar por ele? - Douglas, embora aparentemente indiferente, tinha uma voz carregada de raiva reprimida.Natália, apoiada no encosto de metal da cadeira, com os olhos semi-cerrados, parecia prestes a adormecer. Ela respondeu lentamente:- Sim.Thiago a salvou e agora estava detido na sala de interrogatório. Sem saber o resultado, como ela poderia ir embora?Douglas, que inicialmente conseguia conter sua raiva, agora estava furioso além do controle. Ele puxou Natália da cadeira, ordenando:- Já entrei em contato com Gustavo. Thiago não vai se machucar, vou te levar para casa dormir.Embora seus gestos parecessem brutos, ele não a machucou. Olhou para ela com fúria, mordendo os lábios com contenção.- Em no máximo três horas ele estará livre, mas se você insistir em ficar aqui, pode ser que amanhã receba a notícia de que ele foi detido. - A voz do homem era fria e ameaçadora. - O laudo médico ainda não saiu. Que resultado você espera ver?Natália, chocada, encarou-o com
Natália ficou atônita e perguntou:- O que?- Sra. Rocha, é melhor você vir aqui. - Assim que terminou de falar, o telefone foi desligado.Natália franziu a testa.Jardim Gardênia era a casa de Douglas. Se algo aconteceu, certamente não foi com ele, então devia ser outra pessoa.Ela abriu a porta e saiu, e imediatamente os seguranças se posicionaram em atenção, olhando para ela.Natália disse:- Preciso voltar para Jardim Gardênia.Meia hora depois, ao entrar na mansão, ela ficou petrificada com a cena sangrenta à sua frente!Ela mal podia acreditar nas pessoas que jaziam no chão da sala, agonizando, quase mortas. Eram as mesmas pessoas que, mais cedo no estacionamento, haviam sido rudes com ela, tentando tirar fotos nuas à força.Um deles estava ajoelhado no chão, batendo a cabeça freneticamente no tapete, suplicando por misericórdia. Mesmo com o tapete grosso, sua testa estava ferida, sangrando profusamente.- Sr. Douglas, nós realmente não sabíamos quem nos mandou fazer isso, foi um
Natália abriu os olhos, apavorada, tentando desviar-se dos beijos agressivos e descontrolados de Douglas, gritando alto:- Douglas, me solta, você está louco...A tensão em Natália estava no auge, e ela não parava de soltar todos os palavrões que lhe vinham à mente.Ela se debatia furiosamente, sacudindo a cabeça com força, fazendo com que Douglas falhasse várias tentativas de beijá-la novamente.Douglas a observava com um sorriso frio, enquanto ela quase colapsava em resistência extrema, prendendo suas mãos acima da cabeça com a gravata que pendia frouxa de seu pescoço.Ele a beijava loucamente pelo pescoço, deixando marcas vermelhas por onde passava.Natália estava de calças hoje, mas sob o tratamento violento e aterrador de Douglas, isso pouco importava, pois tanto calças quanto saias seriam igualmente rasgadas.- Douglas, se você quer fazer amor, vá procurar a Bianca. - Ela falava com emoção descontrolada e palavras confusas. - Você teve um caso com ela, conseguiu investimentos par
No dia seguinte, Natália foi acordada pelo som do telefone. Por causa do incidente da noite passada, o Sr. Borges lhe concedeu alguns dias de folga para descansar em casa. Era o pessoal da administração do prédio ligando, pedindo desculpas com cautela:- Sra. Rocha, tem dois indivíduos no portão querendo vê-la, dizem ser seu pai e sua irmã.- Não quero vê-los.Após dizer isso, Natália estava prestes a desligar, quando a voz apressada de Rodrigo veio do outro lado:- Natália, encontrei o celular da sua mãe.Naquela época, ela era jovem e pensava que sua mãe tinha morrido em um acidente de carro, estava tão triste que nem pensou nesses detalhes. Quando percebeu algo errado e quis procurar o celular, já não conseguia encontrá-lo, e não havia registros na operadora também.Ela perguntou a Rodrigo, que disse nunca ter visto o aparelho, provavelmente se perdeu durante o acidente. Agora, o celular que estava desaparecido há tantos anos ressurgia. Se Rodrigo não estivesse mentindo, então a mor
Natália respondeu:- Eu sei.Douglas, com um sorriso, disse:- É que você não quer que eu te ajude a investigar, não quer ficar em dívida comigo, não quer se envolver demais comigo, ou você decidiu não seguir adiante com isso?Natália, olhando para Rodrigo, que a observava ansiosamente, falou:- Decidi não seguir adiante com isso.Douglas realmente sorriu, com um sorriso frio e zombeteiro:- Você realmente não deveria viver em Cidade K.- Por quê?- Você é muito fraca.Natália sabia que Douglas não diria nada de bom!A chamada foi abruptamente encerrada. Natália olhou para Rodrigo, falando friamente:- Está satisfeito agora? Me dê o celular.Rodrigo, sabendo que tinha sido muito parcial com Ivone, sentiu uma rara culpa. Ele passou o celular para Natália, notando também as marcas de beijo exageradas em seu pescoço.Rodrigo, sendo homem, sabia que era preciso um beijo muito intenso para deixar marcas tão densas e visíveis. Certamente o homem amava muito uma mulher para beijá-la com tal f
Natália desviou o corpo, evitando a mão de Thiago:- Não faça essas coisas que dão margem a mal-entendidos, eu vim até você porque preciso da sua ajuda.Thiago, observando sua mão vazia, deu de ombros e seguiu Natália. O espaço do estabelecimento era claramente feito para casais, com espaço limitado. Quatro pessoas mal cabiam ali, mesmo que dois dos quatro fossem seguranças e ficassem de pé, o local ainda era apertado.Thiago, sob os olhares complexos do garçom, ergueu a cabeça para os seguranças que permaneciam eretos:- Que tal sentarem na cabine ao lado? Eu pago.O guarda-costas olhou para ele de cima e respondeu:- Não é possível."Esse cara definitivamente não parece ser boa pessoa!"Thiago, com um sorriso malicioso e cortês no rosto, sugeriu:- Então poderiam ficar de pé do lado de fora? É estranho vocês parados aqui, eu me sinto até desconfortável.Ele, devido ao seu trabalho anterior, desenvolveu uma presença intimidadora. Mesmo sorrindo, a pressão invisível que emanava era suf