— Depois do café você pode visitar Beatriz— falo e volto para o meu jornal sem olhá-la. — Claro que sem qualquer eletrônico e nem fazer fofocas. — S-sim — ela sussurra e eu posso ouvi-la chorar baixo de alegria. Levanto rapidamente o meu olhar e vejo Maria e Tia regina trocando sorrisinhos felizes. — Ela vai precisar de você depois do que eu fiz ontem à noite — resmungo querendo tirar o sorrisinho delas, mas logo me arrependo me lembrando o que eu fiz. — O que você fez, Marco? — Tia Regina pergunta lentamente com medo da resposta. — Eu estava bêbado e não me lembro bem. — Dou de ombros e me levanto. — Estou indo para a empresa, quer carona para algum lugar, eu soube que a Senhora tomou frente da marca da Beatriz? Ela nega e eu sei que ele vai entrar no quarto junto com Maria, não nego. Nesse momento eu só quero sair daqui. Entro no meu carro
— Vamos embora agora! — ele ruge. — Agora temos a prova, ela usava ele como fachada. Aquela p*uta! — Ele bate com força no painel e o rádio começa a tocar Burn to die da Lana Del Rey fazendo ele sair do carro. Eu não tive culpa dessa vez, Maria me falou que Beatriz adorava as músicas da Lana Del Rey e fez Marco se lembrar. Eu fico olhando ele pegar um táxi, mas sem fazer a curva para casa e me preocupo. Saio do carro e mando uma mensagem para Victor, eu preciso que alguém me pegue aqui já que não dirijo a muitos anos. Pergunto se o SPA faz parte dos empreendimentos da máfia e ele confirma. Quatro horas depois eu tenho a resposta que preciso para provar a inocência de Beatriz. Ela nunca foi no andar de cima onde tem o quarto que foi usado para as fotos. Uma pena que as fitas de segurança foram apagadas bem nesse dia. Mas o cabeleireiro de Beatriz disse que era o aniversár
— Beatriz se esse for algum jogo é melhor parar, já estamos preocupados com Tia Regina e acabamos de perder uma pessoa importante — O pai de Marco rosna e eu aceno. — Eu só preciso ir ao banheiro — resmungo e me levanto morrendo de dor. — Para tentar fugir com esse seu teatro fajuto? — ele continua. Eu olho para Marco me sentindo mais humilhada, mas ele não diz nada. — Eu posso ir ao banheiro, Marco? Ele acena curto, mas rosna. — Eu ficarei esperando na porta. Eu aceno a contragosto e dou uns passos, mas uma dor me faz parar e me segurar na parede. Eu coloco a mão na minha barriga com força e sei que algo não está certo. Sinto minha calcinha molhar. O que está acontecendo? — Beatriz? — Marco me segura e tira os óculos e o cabelo do meu rosto e ele fica em alerta total. — Você está pálida. O que está sentindo? Eu nego e engulo seco com outra dor. — Me diga, bambina. O que sente? — ele diz com a mão acariciando meu rosto. Eu abro a boca para dizer algo, mas meu mundo fica pret0. A pri
— O que acontecerá agora Beatriz? — Maria diz, me tirando dos pensamentos. — O médico falou que tinha grandes chances de Regina ficar bem, ela poderá falar o que descobriu. Aqueles tiros não foram por nada. Acho que sabiam que ela estava peto, a família acredita que foram para Victor, mais eu sei que não foram, queriam calar ela. Alguém contou que ela estava lá e tinha descoberto coisas. Eu aceno e seco algumas lágrimas. — Eu só quero que esse dia acabe, quero esquecer que me casei e amei Marco. Eu o odeio… só quero ir para casa. — Minha voz sai chorosa e eu não posso controlar as lágrimas que caem. A porta se abre revelando Marco, ele está com a cara abatida e não me olha nos olhos, na certa ouviu o que eu disse. Em sua mão tem uma bandeja com comida e uma fatia de torta de limão, o meu favorito. — Você não tem se alimentado bem — ele diz colocando a bandeja no meu colo. Eu não faço nenhum movimento de agradecê-lo. Marco fez o inferno na minha vida, ele me humilhou, me acus
— Lorena Vêniz está aqui novamente. Passo a mão pelos meus cabelos.— Mande ela entrar. O que ela quer novamente? Eu estava furioso, da última vez que nos encontramos, eu a levei para almoçar, e acabamos transando. Mais eu não estou aberto, por mais que eu queira para ter um relacionamento nem que seja carnal. Meu corpo reclama e ainda implora por Beatriz. Por mais que eu lute contra isso. Ela entra usando um vestido preto apertado, seus lábios estão num batom vermelho e eu reconheço que seus sapatos são caros. Como uma mulher que suplica por um emprego, porque não tem como se manter conseguiu dinheiro para comprar essas coisas? — Oi! Marco. — O que faz aqui Lorena? Achei que tinha deixado claro que o que aconteceu foi um erro. Ela me olha por um momento antes de se sentar. — Eu sei que não tivemos nada sério, mas eu não consigo te esquecer. Eu me apaixonei. Me levanto e caminho até a porta. — Lorena eu sou casado e amo a minha mulher. O que aconteceu foi um erro. Você é uma
Não sei ainda o que farei com Marco, mas ele pagará por tudo que me fez, eu irei humilhá-lo, usá-lo, acabar com ele do mesmo jeito que ele acabou comigo. Eu sei que devia estar de cama, mas preciso fazer algo logo. Pego o meu caderno de desenho e novos vestidos saem da minha cabeça para o papel, algo completamente diferente dos outros modelos. A ideia da fênix não servirá só para a minha vingança. Começo a fazer as contas e orçamentos de quanto sairá essas novas ideias, eu quero isso, preciso disso. — Marco, você não espera o que está por vir — sussurro para mim mesma. Todos vão pagar, o pai dele também, ninguém sabe o que já passei. Ninguém sabe como sou uma fênix capaz de ressurgir das cinzas.Meu celular toca e eu vejo que é uma mensagem de Carina, ela encontrou as provas e é assim que eu tomo a min
— Bambina…Beatriz me olha com desprezo. — Se já acabamos aqui eu estou indo ao meu verdadeiro quarto fazer minhas malas. Nick, você me espera? Ele se levanta e sorri. — É claro, minha bambina! Eu sei que ele falou em um tom provocativo.Meu advogado entrará em contato com você e… — Você não pode me deixar. — Minha voz saiu com todo o desespero que eu sentia. Não me importava que meu pai visse a minha fraqueza naquele momento, que Nick, visse o quanto eu era fraco e me esmagasse como uma barata. Beatriz não podia me deixar. Ela sorri triste para mim. — Você conseguiu destruir qualquer coisa que eu sentia, acabei de sair de uma prisão. Não quero mais voltar para minha gaiola dourada. Ela pega a sua bolsa e olhando para os papéis em cima da mesa ela os joga para cima e sai sem olhar deixando para trás as provas de sua inocê
Beatriz:— Você pensa que é uma boa ideia ficar? — Nick pergunta enquanto está na porta do carro. — De certo modo, ele está certo, eu não quero ser alvo de uma caçada. Eu vou ficar bem! Obrigado por tudo. Eu dou um beijo em seu rosto ele entra no carro, mais antes ele olha para Maria parada na escada, ela fica olhando para ele. — Ela é bonita, né? Eu falo com um sorriso no rosto. Ele balança a cabeça parecendo sair de um transe. — Sim, muito! Quem é ela? Ele pergunta voltando a olhar para ela. — Ela é minha cunhada! Na verdade, ela não é irmã do Marco de verdade, mais ele considera ela como se fosse. — Você deveria aparecer mais vezes! Ele sorri. — Pode deixar que ficarei mais próximo do que imagina. Ele aperta minha bochecha, igual fazia quando eu era menor, e entra no carro. Eu aceno, enquanto o
— Engraçado que não tinha m*erda de lei nenhuma enquanto eu passei semanas dentro do quarto, sozinha. Enquanto eu estava perdendo o meu bebê sozinha.Ele passa novamente a mão pela barba e em seguida para os cabelos bagunçados. — Na máfia quando há traição a primeira coisa que se faz é afastar o casal para caso um tente matar o outro. — Ele me olha com seus lindos olhos verdes, agora abatidos.— Faz parte do regulamento, eu nunca acreditei que você me faria qualquer mal, mas é a lei. Agora que você provou a sua inocência é obrigatório dormirmos juntos, pelo menos no mesmo quarto, ou a nossa posição na máfia irá enfraquecer, isso inclui outras pessoas tentando tomar nossos negócios. Eu paro para pensar e é realmente verdade, eu fui criada sabendo de todas essas leis, mais tinha me esquecido. Assim c