Logo na manhã seguinte, todos nos levantamos cedo para o funeral da minha mãe. Eu estava aliviado em saber que finalmente aquele pesadelo estava acabado, porém ainda sentia aquele peso. E só de pensar no que tivemos de passar para chegar até ali eu podia ver que aquela suposta “guerra” que estava se formando entre meu pai e eu não era nada comparado a isso.
No dia anterior, logo depois daquela rápida reunião na sala para decidirmos o que fazer com os casos de morte, nós já começamos o trabalho. A Rebecca queria ajudar, mas meu pai e a Lauren disseram que era melhor ela ficar em casa porque poderia ser ruim para o bebê se ela se esgotasse ainda mais. Então nós saímos de lá em dois carros...
Meu pai e a Lauren foram no carro da Lauren enquanto Josh e eu fomos no carro da Sam. Fomos até o local onde
Toda aquela elite ali reunida cuidava de abraçar meu pai e eu para prestar condolências. Era bom saber que alguns daqueles membros da alta sociedade eram verdadeiros amigos nossos, e não apenas de aparência para manter a elite de pé, mas é claro que muitos também eram assim. Mesmo assim, todos aqueles abraços calorosos pareciam reais e confortantes.Eu caminhei até o caixão que já estava fechado e parei ao lado dele, então aqueles que estavam perto foram se afastando. Eu apoiei as mãos no caixão e comecei a pensar na minha mãe. Inevitavelmente, senti uma lágrima escorrendo pelo meu rosto, mas pelo menos eu não estava mais chorando como antes. Fiquei ali por um tempo pensando, até que o padre responsável pela cerimônia chegou à frente de todos, então eu me afastei do caixão e parei ao lado do
Nós nunca sabemos quando uma pequena coisa pode fazer tanta diferença! Às vezes, uma diferença muito maior que a tal “coisa” que, por sua vez, pode ser tão pequena quanto um bebê. E assim é como eu me sentia naquele momento! Senti que o nascimento da minha irmã foi mais que simplesmente um nascimento, e sim um “empurrão” para a minha mudança.Quando antes eu pensava em mudança como uma coisa ruim, algo que me faria perder o meu verdadeiro “eu”, agora não pensava mais. Eu achava que se eu mudasse eu me tornaria um qualquer, um otário careta e tudo que eu não queria era ser careta. De jeito nenhum! Por isso eu me proibia de sentir qualquer tipo de afeto, pois eu não queria virar um chato com uma vidinha certinha e ser o filhinho que o papai e a mamãe pediram a Deus.Agora pensando m
Cheguei até ele, segurei seu braço e falei no ouvido dele: “Venha aqui!”Virei e já estava para ir até o canto da sala, mas antes que meu pai pudesse sair do lugar, eis que surge outra surpresa... Lauren! Ela chegou e foi até a Rebecca que ainda estava ao lado do meu pai, então a Lauren a abraçou e os flashes recomeçaram. Então a Lauren virou para o lado e abraçou o meu pai.Hora errada, Lauren! Cruzei os braços, impaciente, então voltei andando na direção do meu pai de novo. Cheguei até o ouvido dele de novo e dessa vez eu já estava pronto para exigir.“Pai, preciso falar com você! Agora!”Ele olhou para mim e respondeu baixo. “Agora não, Newton! Já está na hora!”“Mas pai...&rdquo
A Sam chegou até ele. “Nossa! Você me assustou. Quando começou a falar sobre o caso eu gelei, mas então percebi o que você estava querendo fazer. Obrigada, de verdade!” Disse ela com um sorriso.“Ah, eu te devia essa, tendo em vista o quanto você nos ajudou.”A Lauren veio chegando perto. “Parabéns, Soberano! Mais uma vez conseguiu dar a volta por cima e sair vitorioso.”Meu pai é ótimo! Só com uma jogada de marketing e algumas palavras, conseguiu limpar o próprio nome e ainda beneficiar a todos aqueles envolvidos diretamente com o caso. Todos ali saíram ganhando e ainda sendo considerados heróis por terem, juntos, acabado com uma coisa que poderia ter se tornado uma crise. A lábia dele era a melhor que eu conhecia!No meio daquele momento, meu celular
Logo que o Josh e eu saímos da minha casa, fomos andando até o carro dele ainda com ele segurando meu braço. Eu ainda não fazia ideia do lugar onde ele estava me levando e nem o que iríamos fazer lá. Apenas entrei no carro e sentei no banco do carona e ele logo entrou, ligou o carro e deu a partida.“Então, vale dizer agora aonde vamos?”Ele deu um sorriso de lado. “Relaxa! É tudo surpresa!”O que ele está querendo? Fiquei imaginando várias possibilidades. Josh saiu dali com o carro e foi seguindo a pista. Por aquele caminho que ele estava seguindo ele poderia chegar a vários lugares. Pelo visto, tentar adivinhar o destino só prestando atenção no caminho que ele seguia não daria certo. Decidi então parar de imaginar as coisas e só deixar o curso seguir.
Enquanto ele falava, eu só olhava para ele e não dizia uma só palavra, e ele continuou: “Eu não sei bem como dizer, mas acho que você já sabe... Você e eu... Juntos... Entende?” Ele parecia agora nervoso, mas então voltou a falar. “Eu gosto muito de você, Newton. Você apareceu na minha vida de repente e tudo começou a mudar. E o mais estranho é que foi tudo tão rápido. Você é filho do meu patrão e isso era um grande motivo para eu ter medo de me aproximar, mas você me mostrou que valeria a pena, mesmo com aquela sua vida louca e rebelde. Então, quero aproveitar esse momento e dizer o que eu estava segurando até aqui... Eu te amo, Newton!”Aquelas palavras me deixaram totalmente sem ação! Fiquei imóvel e senti meus músculos ficando rígidos. Eu não con
Josh e eu acordamos cedo, lá pelas 8h. Nós precisávamos ir atrás das roupas para o casamento do meu pai, afinal seria naquele mesmo dia. Josh e eu nos vestimos super rápido. Colocamos as roupas que estávamos usando na noite anterior, porém sem as gravatas. Enquanto eu me vestia, o Josh estava olhando no celular e logo virou para mim.“Estou vendo qual a melhor rota de volta para a cidade... Tudo pra não pegar aquele trânsito péssimo.”Soltei uma risada. “Pode deixar que eu dirijo... Dou conta de chegar lá mais rápido.”Josh virou os olhos e balançou a cabeça ironicamente enquanto soltava uma leve risada. “Pelo visto, o Príncipe Rebelde ainda está aí, não é?”Logo que acabamos de nos vestir, o Josh pegou a chave do ca
Logo, ela pegou um do mesmo modelo para mim. Não fiz questão que fosse diferente, até porque o foco da ocasião não éramos nós dois, e sim meu pai e a minha nova “mãe”. Eu nem precisei experimentar, visto que eu já era mais do que acostumado com o corte da Dolce & Gabbana, então sabia exatamente o número certo para o meu tamanho. Logo que peguei, seguimos para o caixa e eu mesmo paguei. O Josh se ofereceu para pagar pelo menos o dele, mas eu não aceitei. Afinal, de que adianta ter dinheiro suficiente até para limpar a bunda se não gastar? Então paguei pelos dois, nos despedimos da Helen e saímos dali, a caminho da minha casa de carro.O trânsito estava um pouco lento pelo Centro, mas nada que atrasasse demais a viagem. Continuei na direção e o Josh no banco do carona, então fui seguindo para cas