— O que eles mandaram dessa vez? — Liv pergunta.— Foi Oliver, me mandou um relicário em formato de sol... — Digo, e ergo a mão para mostrar o presente. — Vejam os detalhes, é tão lindo.— Uau, é lindo mesmo, vai combinar com os brincos que vai utilizar hoje.— Sim, vai mesmo. — Solto um suspiro longo e olho para elas. — Estou ficando mais ansiosa agora.— Se acalma querida, segura a emoção que logo, logo vem mais. — Dona Charlotte diz, como se ouvisse o que ela diz, a mãe de Oliver entra no local com um novo embrulho e outro envelope, arregalo os olhos porque dessa vez foi muito perto um do outro e não sei se vou conseguir me conter.— Boa tarde senhoras e senhoritas. — Ela brinca. — Entrega especial para da minha querida noivinha. — Me entrega os presentes, e se dirige ao balcão da recepção, perguntando se o responsável por arrumar o cabelo dela já está disponível.Deixo de prestar atenção e foco a atenção na cartinha.Pandora, Já te contei que minha mãe é minha melhor amiga? Ela
Quando piso no início do tapete vermelho que dá a volta na mansão, ouço os violinista tocando uma canção baixa e lenta, estão aguardando que eu apareça no início do corredor para começar com a marcha nupcial.— Está nervosa?— Muito, com medo de cair no meio de todo mundo, minhas pernas estão trêmulas.— Jamais te deixaria cair.Seguimos o caminho florido e quando a marcha começa, meu coração dispara, não vejo mais nada nem ninguém, somente os dois homens que me aguardam no final do corredor, seus olhos vermelhos entregam que andaram chorando e isso traz lágrimas aos meus olhos. Sinto meu sogro apertando gentilmente meu braço e me guiando para a frente, quando percebeu que não conseguia andar sozinha. Chegando no meio do corredor ele estaca, sou forçada a desviar o contato visual com meus homens e olho para ele interrogativamente, nesse momento, o senhor George — meu outro sogro — vem em minha direção.— A senhorita não achou mesmo que deixaria passar em branco esse momento para você
6 anos depoisChego em casa depois de um dia exaustivo no trabalho e sou recepcionada gritaria das minhas princesas que estão eufóricas com a viagem que vamos fazer amanhã. Devia ter guardado segredo, porque agora é capaz das duas nem dormirem de tanta ansiedade.— Papaaaai. — Ambas gritam quando me veem na porta e correm na minha direção, o pequeno Noah de apenas 1 ano se ergue do meio dos seus brinquedos e acompanhar as irmãs, mas ele ainda é um garotinho muito preguiçoso que não começou a andar direito, logo tomba para a frente e vem engatinhando.— É hoje que vamos viajar? — Lucy questiona com os olhinhos brilhando.— Diz que sim. — Ellie completa.— Vamos amanhã princesas, o papai precisa descansar essa noite para que possamos sair cedinho amanhã.— Ebaa. — Logo saem correndo e fico preocupado quando vejo Lucy escorregando quase batendo a cabeça na mesinha de centro, mas ela logo desvia e se senta para brincar com as diversas bonecas que tem jogada a sua disposição no chão. Noah
Chegamos ao fim de Para Sempre Nossa, foi uma realização compartilhar minha primeira história com vocês, confesso que em alguns momentos fiquei com medo de publicar e não agradar aos leitores, mas o que dizem sobre a base familiar é bem real, o apoio e incentivo do meu marido foi o alicerce que precisei para arriscar. "Você nunca vai saber se o público vai gostar, se não arriscar... Caso a demanda seja negativa, você tenta se aventurar de outra forma... Tudo é um aprendizado" - Foram as palavras que cimentaram a minha decisão. Então é com um sentimento enorme de gratidão que concluo meu primeiro romance, me aventurar escrevendo um livro é diferente de me perder em uma história pronta. Quando idealizei Pandora, Archie e Oliver, não achei que conseguiria concluir, já iniciei e parei diversos projetos, com essa insegurança absurda de rejeição. Mas é com o coração quentinho que aguardo um feedback de vocês, estou totalmente aberta para todas as opiniões e com elas, vou crescer nessa p
Ai meu Deus! Eu preciso ir embora daqui.Esse era meu único pensamento conforme Matheus despejava novamente seu repertório infinito de ofensas, por causa do seu ciúme doentio.Na concepção dele, eu era obrigada a desfazer de todas as minhas amizades, de todos que estiveram comigo no processo turbulento do luto quando perdi meus pais. Era proibida de conversar com qualquer pessoa, seja meus professores da universidade, seja algum colega de classe, da família então? Não restou praticamente ninguém e os poucos primos distantes, fui forçada a cortar contato.Se algum rapaz chegava perto de mim, era motivo de enormes discussões e sempre o motivo eram os mesmos: meu corpo, minhas roupas, minha educação. Segundo ele, responder uma simples solicitação de direcionamento para localizar um endereço, me tornava uma pessoa oferecida.Eu pertencia a ele. Meu sorriso era dele, meu corpo era dele.Demorou muito tempo, muito mesmo, até eu perceber que estava em uma relação tóxica. Mesmo com as agressõe
Depois de eternas 12 horas dentro de um avião, ouvindo pessoas rindo, crianças se divertindo, enfim desembarquei no Heathrow International Airport.Sem família, sem amigos, mas com uma vontade imensa de viver. Estar aqui é como um renascer e eu vou fazer de tudo para minha vida tomar um rumo brilhante daqui para a frente.O que vou fazer da minha vida agora? Ainda não sei, mas força de vontade eu tenho.Depois de reaver a única bagagem que tinha e conseguir trocar meu dinheiro de real para euro, fiquei circulando pelo imenso aeroporto até localizar onde ficava o ponto de táxi. Mesmo que entenda o idioma, é a primeira viagem internacional que faço, então fico momentaneamente perdida, mas no fim tudo dá certo. Na primeira conexão, fiz uma troca de hotel, me dei o luxo de ficar em um mais nobre por dois dias, mas não podia esbanjar muito e procurar emprego urgente. Estava ansiosa para passear por Londres e perceber o novo mundo que me aguardava. Vou procurar com calma um airbnb, dizem qu
Acordei ouvindo diversas vozes ao mesmo tempo e um bip infernal que me causava um latejar absurdo na cabeça. Doía muito. Com certeza não morri, já que sinto dor. O barulho me deixou ciente que estava em um hospital, mas onde exatamente? Minha mente estava muito confusa e cheguei a pensar que era mais um dos episódios das surras do Matheus que me levava até a emergência.Quanto ele me surrou dessa vez? Sonhei que tinha me libertado, mas era tudo uma fuga da minha mente?Após alguns instantes de pânico, consegui identificar a voz de alguém ao meu redor e nunca imaginei que compreender outro idioma me faria tão bem assim. Não foi ilusão, dessa vez não foi o Matheus que me direcionou até a emergência. Como uma tormenta, meu desastroso primeiro dia em Londres voltou a minha mente. Gemi de desgosto. Como pude atravessar uma avenida sem olhar, nem no Brasil eu fazia tamanha tolice, fui cometer esse erro absurdo logo aqui. Sou a única culpada, ninguém mais.Meu corpo todo doía e estava me sen
Em seguida me deparei com outro par de olhos, esses eram azuis, mas um tom de azul que não impactava quando observado de perto e me julgavam, demonstrando tamanha irritação que fiquei impactada por um momento. Quem são essas pessoas? Essa mulher me encarava como se eu fosse a culpada pela fome no mundo. Provavelmente era esposa do Deus grego e estava se sentindo incomodada por ficar me observando nesse leito.— Senhorita? — O médico, que até então não tinha notado na sala falou calmamente, tirando minha atenção da mulher odiosa ao lado. — Sou o Dr. Alexander, responsável pelo seu caso e vou acompanhá-la até a sua alta, que deve ocorrer em no mínimo duas semanas.— O que? — Praticamente gritei e percebi meu descuido gritando em português, imediatamente procurei me acalmar.— Desculpa, o que? Não posso ficar aqui duas semanas.— Seus ferimentos foram muito graves. Quando deu entrada no hospital, estava com um sangramento interno gravíssimo, traumatismo craniano, fratura de uma costela,