Capítulo 28

ANA

Antes do cair da tarde, meu pai disse que iria dar uma volta para espairecer, o acompanhei até a varanda, me deitei na rede e o observei caminhar até ele sumir da minha vista. Minutos depois minha mãe me fez companhia. Deitadas juntas na mesma rede, observamos o sol se pôr, em silêncio contemplamos os sons da natureza, das folhas que dançavam ao vento, dos pássaros e das ondas. Sinto tanta falta disso, na cidade é uma confusão de pessoas falando ao mesmo tempo, automóveis, obras, diversos sons que não são prazerosos e sim agoniantes.

Deitada com a cabeça sobre minha mãe, recebo carinho em meus cabelos, um ato tão simples que me é de grande valor, me faz lembrar que toda vez que ela queria ter uma conversa séria comigo, ou simplesmente minha companhia, agia dessa forma. Era o nosso momento, sempre me senti confortável para falar sobre qualque

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