Sete anos AntesJacques LeclercMas uma noite entediante, mas desejo entrar para a organização do Fritz, para isso preciso comandar todos aqui em Paris. Policia, governo, empresários e os pequenos traficantes, quero todos debaixo do meu julgo e assim poderei entrar na “First”.Estar no Molin Rouge comemorando meu aniversário com todos esses bajuladores ao meu redor, de alguma forma é gratificante, significa que estou no caminho certo. Todos me procuram, de empresários a pequenos idiotas que precisam de dinheiro.Observo enquanto Françoasi tenta impedir que outro idiota se aproxime da minha mesa, estávamos jogando pôquer, algo em que sou tão bom quanto matar. Observo de canto de olho para a tentativa da Françoasi de impedir que outro homem morra pelas minhas mãos.Aceno para o meu homem de confiança, Hugo está comigo desde quando éramos apenas assassinos em busca de um espaço no sol. Ele sabe muito bem o que fazer, se o idiota está em procura da morte, ele a encontrará em minhas mãos.
Jacques Leclerc LE MONDE “Herdeiro Bilionário das empresas Walker em Chicago e da Casa Miller, sofre trágico acidente com a sua esposa ao sair da festa de seu casamento.” “O resgate do Bilionário Tom Walker ocorreu com sucesso, ele foi levado para o hospital, as buscas para encontrar sua recém-esposa nas águas do rio Sena continuam.” “Cinco dias e as buscas deram por encerradas, os bombeiros não conseguiram encontrar nada que leve a crer que Amélie Walker possa ser encontrada viva” Todas as notícias que vinham de Paris era sobre o milagre de Tom Walker ter sobrevivido ao acidente. Hugo havia deixado ele ser levado pela correnteza do Sena, porém o maldito deve ter o corpo fechado. Um pouco mais a frente um mendigo entrou no rio e o retirou, fez tudo o que conseguiu até a chegada dos bombeiros. Tem uma semana que o “acidente” aconteceu, ainda não conseguir ir até Paisley. Hugo a internou no Hospital Royal Alexandra, com outro nome que ainda não faço ideia de qual seja. Mas assim q
Tommáz Walker A última coisa que me lembro é passar o meu cinto pelo corpo da Amélie. Estava deitado na margem do Sena, consigo ver a cauda do helicóptero afundando nas águas escuras e com correntezas bravias. Tento me arrastar pela margem do sena quando realmente noto que estou muito machucado e havia um homem não muito longe de mim. Não consigo mexer as pernas, viro o corpo e olho o corte enorme que tinha na parte de trás da perna, da altura da coxa até o joelho. Volto o meu olhar novamente para a aeronave onde a minha francesa estava. Um choro desesperado sai de dentro de mim, justo agora que ela se revelou a mim, que disse que realmente é a minha mascarada e principalmente que estava grávida. — Oh, Deus… — Meu choro é alto e inconsolável. Mesmo que estivesse vendo a aeronave afundando, sentia dentro de mim que ela não estava morta, que ela estava viva. Sinto as mãos de alguém tentando me deitar novamente no chão, as luzes do giroflex chama a minha atenção, mas ainda não con
Amélia Mallet Minha mente estava tão confusa, por alguma razão sentia que estava dormindo mais que o necessário. Fora o fato que sentia uma dor de cabeça enorme. Ao abrir os olhos, um homem enorme, de cabelo bem cortado com entradas grandes, revelando que no seu futuro será um calvo, ele tinha olhos azuis inexpressivos com lábios grossos e uma expressão uma tanto que preocupada. Mas a minha mente não me dizia de onde o conhecia. Ele ficou em pé ao meu lado calado, parecia esperar por algo, como se desse o primeiro passo para falar. Tiro meus olhos de seu rosto, algo que estava me deixando inquieta, comecei a prestar atenção em sua camisa, estava com os dois primeiros botões abertos mostrando uma série de tatuagens escondidas sob a blusa escura. Outra coisa que me causou certa aflição, por algum motivo meu corpo reagia de forma que gritava perigo. Deixo de olhar para o companheiro ao meu lado e começo a olhar ao redor, percebo que estou em alguma espécie de hospital e por algum mot
Amélia Mallet Sair do hospital não foi nada tão interessante. Imaginei que meu pai estaria ali ao meu lado ao invés de dois homens que não conseguia sentir nenhuma conexão, já que meu noivo disse que não poderia ficar ao meu lado nos próximos dias. Ele precisava voltar para Paris, para providenciar a vinda da sua empresa para Escócia. Já meu pai ele estava passando por algum problema, que não adiantava ele me explicar que não entenderia do que se tratava. Tem dois dias que sai daquele hospital e não conseguia entender porque estava dormindo sozinha naquela suíte. Me viro na cama e sinto falta de alguém na cama e fico sem entender o porquê Jacques não está deitado ao meu lado. Me sinto infeliz por me sentir tão sozinha. Sabia que a partir de hoje teria uma companhia, provavelmente Jacques providenciou uma enfermeira para me ajudar com o básico. Olhar para a janela me deixa ainda mais triste. Fecho os olhos e o perfume que vem me visitando diariamente me acalma, minha mente contin
Tommáz Walker Estava há dois dias em Chicago, tentando me recuperar do acidente, mesmo ainda não conseguindo ouvir bem, pelo menos conseguia manter uma conversa com outra pessoa sem a necessidade de olhar os lábios. Desde que chegamos em casa Lais e Henrique ficaram próximos, eles haviam pedido para que Faína ficasse no encalço de Jacques, mas pelo o que eles disseram ele simplesmente sumiu, deixando ela apenas com o recado que se encontraria com o seu socio em Verona. Algo que deixou a amiga de Henrique inquieta e muito irritada, provavelmente algo relacionado ao passado da russa. Vim passar minha recuperação na casa dos meus pais, estar com esse ferro parecendo uma antena para fora da coxa não ajudava muito. Pelo menos já não estava mais sentindo tanta dor como nos primeiros dias. Laís teve uma ideia assim que chegamos a Chicago e a colocamos em prática assim que chegamos no apartamento dos meus pais. Enviar Camille e Antony para onde o Jacques estava era um pouco arriscado, at
Amélie Walker Sinto uma alegria enorme ao saber que havia alguém ao meu lado que me ajudará a sair daqui. Olho para a mulher com uma legging e uma blusa tipica da área da enfermagem, seu sorriso me deixou ainda menos preocupada com o que poderiam acontecer. Caminho ao seu lado até a praça que havia do outro lado da rua, estava bem cheia, na verdade, com muitas crianças andando de bicicletas, casais sentados na grama, o que me fez lembrar do dia que fiquei assim com o Tom no jardim de Luxemburgo. Quando estávamos bem afastadas da casa, Camille me ajudou a sentar em um dos banquinhos, sentamos de frente para a entrada do parque para entrada, assim poderíamos saber se alguém estaria a minha procura. — Me diga, como ele está? — Peço e vejo uma tristeza em seu olhar, o que me deixa aflita. — Contarei tudo a você, mas tenha calma, ok? — Ela pede apontando para uma árvore e sigo a direção sem entender. — Você está sendo vigiada, pensei que quando chegasse aqui realmente não se lembrari
Tommáz Walker Ouvir a doce ameaça da Amélie me fez sentir energizado, saber que nesse momento ela estava em segurança com os amigos que a Laís havia colocado para proteger a minha esposa daquele lunático que farei questão de matar com minhas próprias mãos. Sorrio para o meu pai, que parecia tão aliviado como a minha mãe nesse momento. Desde que as investigações de Faína e Henrique começaram, era apenas uma questão de tempo de ter minha esposa novamente ao meu lado. Faltava apenas saber como ela realmente estava. Porque nosso acidente foi grave, infelizmente o piloto do helicóptero perdeu a sua vida, minha família se disponibilizou em deixar uma pensão para a viúva e o filho do piloto, se pudéssemos tentar devolver a vida, sem pestanejar faríamos. A única coisa agora que podemos fazer é deixar que eles tenham o mínimo de conforto. Agora é apenas esperar para a minha esposa vir ao meu encontro, mesmo que ela esteja sob a segurança do segundo homem que confio a minha vida. Ainda temo