Amélie Petit Assim que percebo que o Tom dormiu em cima de mim, sorrio e consigo me desvencilhar do corpo dele com cuidado, saio do sofá e fico olhando enquanto ele se acomoda no sofá, decido deixá-lo descansar um pouco enquanto preparo o nosso almoço. Recolho a camisa que estava vestindo e volto para o fogão para preparar a nossa comida, percebo que o celular dele começa a receber uma chamada atrás da outra de telefones diferentes. Mas não me sinto à vontade para atender, ignoro cada uma das ligações que estavam chegando, mantenho o olhar na receita que preparava, espero que ele goste. Com tudo pronto resolvo ir acordá-lo. Fico rindo do susto que toma por saber que dormiu, assim que ele senta ao meu lado, o meu celular toca e o nome da Noely surge na tela e sinto que algo estava errado. Término de servir o prato para o Tom enquanto sirvo meu próprio prato e atendo a ligação. — Oi! Noely. — Atendo envergonhada a ligação. — Céus vocês não atendem as ligações. — Ela reclama irritad
Laura Ventura Minha vida nunca foi fácil, quando decidi me aventurar na Europa para sair da miséria que vivia no Brasil, nunca pensei que teria que me prostituir, mas as coisas aqui não facilitaram ainda mais quando fiquei com pena da Amélie, uma adolescente que decidiu fugir de casa devido o pai que queria leiloar a virgindade da pobre garota. Mas nos unimos a incentivei para continuar a escola, pena que o pouco que ganhava só dava para nós manter, sabia que a Amélie teria um grande futuro, ela era esforçada e muito dedicada, o que pude fazer para que ela se mantivesse estudando e fora das ruas eu fiz, infelizmente o cretino do pai dela sentenciou a filha a um destino muito pior do que trabalhar no Moulin Rouge. Se pudesse faria todo o possível para que ela ficasse livre do Jacques, ela não merece ficar presa em uma dívida que não é dela. O dinheiro que ela recebe sendo assistente na casa Miller vai todo para a poupança para que ela consiga pagar aquele desgraçado. Uma parte do q
Kevin TremblayPrecisava voltar para a empresa para resolver algumas pendências e principalmente para que acionasse a equipe de relações-públicas da Miller, porque do jeito que saímos da empresa não demorará para que algum video comece a circular pela internet. Aconteceu como imaginava, mal deu tempo de que chegasse na empresa, entro desviando de alguns repórteres e meu celular começa a vibrar.Retiro do bolso assim que entro no interior da casa Miller, vejo o nome da Eve e ignoro a ligação por um momento, pelo menos até chegar na sala do Tom e conseguir entender como estava toda a situação. Assim que o elevador se abre no andar da presidência, o olhar de todos caem sobre mim.— Chamem o relação-publica, estou aguardando na presidência. — Caminho apressado até a sala de reunião e fico aliviado que os documentos do contrato de casamento do Tom e Amélie ainda estavam aqui.Recolho tudo e vou para a sala esperar a pessoa que precisava, antes mesmo de entrar a minha irmã liga novamente e
Amélie Petit Estávamos todos sentados no sofá olhando a discussão entre mãe e filha dizendo que não precisava que ninguém ficasse com ela, que ficaria muito bem durante uma noite sozinha, por vezes segurei uma gargalhada. Enquanto olhava para aquelas duas falando, não deixei de notar que o Tom me manteve presa próximo ao seu corpo, me acomodando em seu ombro. Podia perceber no olhar daquelas duas que elas estavam loucas para falar comigo e descobrir o que havia acontecido, quando o Tom recebeu uma ligação da relação-pública e precisou ir até o saguão as perguntas saíram delas como um raio. — Conte-nos de uma vez, antes que ele volte. — Madame Enora perguntou toda empolgada. — Combinei com ele que tentaremos, sem o peso desse contrato na minha cabeça. — Digo e o sorriso delas fica ainda maior. — Então vão se casar? — Deixei a risada que vinha segurando sair. — Acho que já até casamos, pelo menos foi o que entendi ele falando. — Vejo-as confusas e emendo — Hoje vou dormir no apart
Tommáz WalkerAcordo no meio da madrugada e não sinto o corpo quente ao meu lado, me sento assustado, onde essa mulher foi uma hora dessas, esfrego meus olhos e forço os olhos para o relógio de cabeceira. Respiro fundo e me levanto da cama, vou até o meu closet e não encontro a fujona, escolho uma calça de moletom e a visto.Ainda são duas da manhã, saio do quarto e caminho devagar pelo corredor e vou em direção à sala, percebo que a mala dela ainda estava ali com a sua bolsa, olho em direção à cozinha e percebo a luz acesa e a movimentação que tinha por lá. Caminho até a entrada da cozinha e respiro aliviado ao vê-la sentada na banqueta com um prato de comida na sua frente.Só então percebi que depois que entramos no quarto não descemos para comer alguma coisa, me aproximo dela e me encosto em suas costas, entro com minhas mãos por baixo da sua camisa e massageio seus seios.— Desculpa, não percebi que poderia estar com fome! — Digo beijando o seu ombro.— Acordei sentindo uma fome e
Amélie PetitAcordo um pouco depois das oito com alguém batendo na porta. Me assusto quando percebo que estou sozinha, ainda por cima continuo na cama uma hora dessas.— Menina, chegou uma correspondência da empresa para você. — Ouço a voz da governanta da mansão.Levanto correndo da cama e entro no closet feito um raio a procura de algo que pudesse vestir, encontro um roupão e me vesti com ele, abro a porta amarrando ainda o roupão na cintura.Assim que abro a porta a governanta abre um sorriso enorme, ela provavelmente deve está sabendo o que esteja acontecendo. Ela me entrega o envelope, noto que é algo da Miller pelo timbre da marca no envelope, deve ser algo importante.— A senhora Enora e Noely já estão na mansão e perguntaram se não deseja se juntar a elas para o café. — Apenas confirmo com a cabeça.— Pode dizer a elas que vou apenas colocar algo mais confortável? — Peço a governanta que começa a rir.— Mais que isso é impossível, menina. — Caio na gargalhada.Volto para o qua
Tommáz WalkerReceber a imagem do contrato assinado me deixou muito feliz, agora tenho realmente a chance de conquistar a minha mascarada, quando tiver certeza que ela está apaixonada por mim revelarei que sei que ela é a mulher que me privou de olhar o seu rosto enquanto estava dando prazer ao seu corpo.Ainda tenho a que explicar a ela que o preservativo rasgou, talvez ela já até mesmo esteja esperando o nosso primeiro filho, que tenho uma convicção enorme que será o primeiro de muitos, ou pelo menos dois. Mantenho os meus olhos em Kevin enquanto estou pensando em como sou sortudo de ter encontrado a minha mascarada e ela está a cada dia mais entregue a minha proposta e vendo a sua assinatura é prova que ela realmente tentará uma vida comigo e me esforçarei em fazer que ela se sinta amada.— O que está te preocupando Kevin? — Pergunto novamente enquanto ele estava pensativo.— Minha mãe vai me matar! — Ele afirma com convicção e sorrio de lado prestando atenção no computador.— Não
Amélie PetitQual mulher, não gostaria de receber flores quando seu marido chega em casa!Assim que Laura me conta tudo o que aconteceu com ela e Kevin e como eles decidiram ter um relacionamento para a possível criança ter uma família me tirou altas gargalhadas.Como se não conhecesse a minha amiga suficiente para saber que essa brincadeira de esconde-esconde a fez com que ela começasse a criar algum sentimento pelo homem que transou com ela e esqueceu o preservativo.Agora a via se culpando por ficar pensando nas opiniões alheias de que ela possa estar aplicando o golpe do baú no sócio do Tom, mas pelo pouco que conheço das mães daqueles dois, tenho certeza que elas jamais pensariam nessa possibilidade. Até porque o falatório na família é que elas pediam por noras.Quem diria que elas encontrariam de formas tão inusitadas como aconteceu, estou me tornando uma Walker através de um contrato e talvez minha amiga se torne uma Tremblay devido uma possibilidade de gravidez.O tempo que fi