NELLY
Balanço o copo de bebida sem álcool completamente arrependida de ter deixado o conforto do meu lar para voltar a este lugar, não que eu tenha algo contra boates, mas esta especificamente está arruinando com meu humor e nem posso culpar meu estado atual de vítima da ovulação, eu odiaria o barulho em qualquer. Mas fui eu quem ligou para Kiara e interrompi seu momento dominatrix, minha mente ficou tumultuada após encontrar Eduardo na farmácia e precisava relaxar, com Alice fora do país, não tenho ninguém além da minha colega de trabalho para pedir ajuda e aqui estou, pagando a chata antissocial enqua
DAVIDA verdade pode ser deturpada de muitas maneiras, agora, por exemplo, a garota que diz está sóbria caminha por todo o quarto como se estivesse familiarizada com o meu mundo, quando, na verdade, ela só está sendo movida pelo álcool em seu sistema. Ela age como se não tivesse acabado de acordar de um desmaio dramático. E por mais que ela tente disfarçar, eu sei que Nelly Álvares nunca estaria confortável comigo sóbria, ainda mais em um quarto feito exclusivamente para foder. Ela tropeça no tapete e cai sobre a cama, rindo alto quando tenta se erguer e n&ati
DAVIDA culpa se tornou meu juiz e fui sentenciado essa manhã, quando acordei com o corpo dolorido, comprimido no pequeno sofá que mantenho no quarto. Fui dado como culpado porque não consegui mandá-la embora após ter minha roupa suja com seu vômito, fui condenado quando cuidei dela e roguei seu sono ao invés de colocá-la em um táxi para casa. Sou culpado, pois desejo uma mulher que não é a minha e pela primeira vez depois da morte de Lídia quero a companhia de alguém, não, eu não quero, preciso estar na presença dela como um louco. Ontem a noite após ficar claro que ela ingeriu mais álcool do que me confessou, chamei uma das meninas que trabalham na boate e a pedi que ajudasse Nelly, a garota lhe deu banho e a ajudou com a roupa extra que fornec
DAVID — O que está fazendo?— refaço a pergunta. — Desculpa. É que...bom, vou falar de uma vez, assim evitamos mal entendido. — Ela diz, corando de uma forma que mexe com a porra da minha cabeça doente. Assinto. — Prossiga. — Carrego comigo uma curiosidade antiga. — Morde o lábio inferior em aparente nervosismo. — Como funciona o uso do chicote? Tusso. — Curiosidade? — Meu tom é uma fina camada de surpresa e excitação. — Fetiche. — Esclarece e meu pau ganha vida, a lembrança de que ela está nua por debaixo da blusa surge e me controlo para não jogá-la na cama e realizar todas as suas curiosidades. — Fetiche por chicotes, anotado. — Volto a caminhar, rumo ao meu celular na mesinha de cabeceira com o foco de ligar para a recepção da boate e perguntar onde estão nossas roupas. — Por que você anotaria isso? — Para meus passos e a encaro. Minha língua coça para lhe dar uma resposta que a deixaria vermelha dos pés a cabeça, mas não é o momento ainda. — Não sei, foi só jeito de
Nelly“ Ele está tão quebrado quanto eu ”Essa foi o primeiro pensamento que surgiu quando cheguei em casa. Após uma semana de convivência pacífica e até íntima com David Bragança, parei de fugir e cedi a sua presença. Ele precisa de uma amiga bem mais do que eu, embora não enxergue dessa forma. Por sorte, minha mãe está viajando com duas amigas e pude respirar mais aliviada e sem culpa. Nos vimos quase todos os dias e almoçamos juntos o máximo possível, me dei um leve descanso do regime e experimentei todas as iguarias que ele me apresentou, cada prato era como cair de paraquedas no paraíso perdido e visitei pouco o banheiro do estacionamento nesses dias, na verdade, evitei qualquer banheiro após cada refeição. Banheiros e espelhos. David me apresentou outro lado seu, posso dizer que conheci o homem e não meu ex professor ou chefe. Ele diz que somos amigos, mas não tenho certeza se podemos esquecer todo o passado e reiniciar. Nós já nos beijamos, meu coração já o pertenceu em outra
NELLY— Eu não sou modelo. — reafirmo o que já havia falado e todos, menos David e eu, riem. — Não seja boba, Nelly. Você não precisa ser nenhuma profissional para fotografar, basta ficar parada e nos mostrar seu belo sorriso que Carlos fará todo o trabalho. — ela sorrir e acrescenta: — Ele pode fazer verdadeiros milagres. — capturo o veneno na frase e me desprendo do seu contato. Carlota pode ter o rosto de um anjo e a aparência de um cachorrinho indefeso, mas é ardilosa como uma cobra e astuta como uma águia. — Não sou mo
DAVIDNão houve tempo para escolher, quando Nelly passou correndo por mim tive de decidir entre ficar e confrontar a morena ou ir atrás da garota que está me deixando louco, meu coração foi categórico e quando percebi, já tinha rodado a porra do resort quase todo quando a encontrei na sauna, sozinha, encolhida, vestindo apenas biquíni o de antes. A observei em silêncio por longos minutos da porta, travando um pequeno conflito interno até perceber que não iria aguentar vê-la chorando por mais tempo.— Por queela ainda exerce tanto poder sobre você
NellyO desassossego começa logo cedo, quando o celular vibra embaixo do meu travesseiro e me desperta de um sonho erótico, onde David faz tudo o que disse que faria comigo, marcando cada centímetro da minha pele com seus dentes e mãos, me fazendo finalmente sua inteiramente. Resmungo, ouvindo o barulho abafado vindo do aparelho.Que droga!Mergulho minhas mãos por baixo da almofada e capturo o celular. Fecho a expressão após checar a hora na parte de cima do visor, está ce
NELLY — Nossa. — Falo embasbacada com todo o luxo e modernização do lugar. A piscina é ampla e encosta na janela, a cascata causa um vai e vem na água que me lembram pequenas ondas e a não possui nada além do que cadeiras no lugar. — Tire a roupa. — O homem sussurra contra o meu pescoço, usando os dedos habilidosos para descer as alças finas do meu vestido, incendiando a área desnuda dos meus ombros com seu toque marcante. — Não sou boa nadadora. — Confesso não sei por qual motivo. — Não precisa ser, eu nado muito bem. Após descer as alças suas mãos trilham até a lateral do meu corpo, desfazendo o laço do vestido e permitindo que ele se abra. Minha boca seca quando sua palma descansa na minha barriga, formando, círculos com o polegar. — Relaxe. — Diz no meu ouvido, beijando demoradamente atrás da minha orelha. Ele tira o vestido do meu corpo e o jogo na cadeira próxima. — Estou ficando viciado em te tocar, baby. Seu cheiro ficou no meu corpo mesmo após o banho e seu gosto não sai