Capítulo 89
LAIKA

— Então, você queria morrer às mãos daquelas feras? Por quê? — Perguntei-lhe.

Naquele momento, estávamos banhando-nos no riacho; as feridas de Karim curavam-se lentamente, embora eu me preocupasse se a água não provocasse um ardor ainda mais agudo ao tocá-las. Ele se agarrava a mim com tal intensidade que me fazia questionar se o fazia por temor de que eu desaparecesse de alguma forma ou se, por natureza, era simplesmente tão apegado; acredito que seja o último caso. Embora esse corpulento homem exiba uma fachada rude e imponente, internamente ele revela uma ternura surpreendente.

Enquanto flutuávamos, ele montava-me com destreza, recusando-se a me soltar mesmo quando caminhávamos até as águas. Eu permanecia aninhada em seus braços, com minhas mãos envoltas em seu pescoço e nossos rostos tão próximos que mal separavam uns dos outros, a ponto de ele não resistir a beijar-me repetidamente, sem conseguir passar sequer três minutos sem fazê-lo. A cena era, ao mesmo tempo, hilariante
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