(Flashback)— Sim, Andrew. Estou bem. — Respondi, desviando o olhar dele. Ele deslizou a mão pelo meu braço.— Espero que esteja mesmo. — Disse mais uma vez. — Porque uma garota tão bonita como você não deveria se preocupar com algo ou alguém. — Comentou. Olhei para ele, franzindo as sobrancelhas. — Você deveria se preparar. Ah... Adrian acabou de chegar.(Fim do Flashback)E as incontáveis vezes que ele me convidou para sair…(Flashback)— Andrew. — Chamei quando esbarrei nele no shopping. — Você deixou sua carteira cair — Falei, entregando-a.— Ah, obrigado, Ashley. — Ele sorriu de lado, pegando a carteira da minha mão e roçando os dedos nos meus de forma sutil. — Foi um prazer.Estava prestes a ir embora quando ouvi sua voz novamente:— Você vai estar livre esta noite, Ashley? — Com essa pergunta, franzi as sobrancelhas em confusão.— Não sei, não tenho certeza. — Respondi, hesitante. Eu não sabia se Adrian queria ir a algum lugar.— Quer sair comigo? Jantar? — Perguntou, passando o
Minha dor de cabeça nunca cessava, resultado das inúmeras vezes em que Tonya puxou meu cabelo. Uma ou duas vezes, chegou a jogá-lo contra a parede. Ou talvez fosse pelo fato de eu não ter tomado minha medicação para o tumor. Eu não sabia o que estava causando essa dor latejante, mas tinha certeza de que parecia estar morrendo.Andrew e Tonya abandonaram sua fachada calma e pacífica, revelando comportamentos insanos quando começaram a nos torturar.Não pude evitar sentir pena de Patricia. Se Tonya era louca, Andrew era um verdadeiro psicopata. Ele a chutou e esbofeteou, arremessou-a contra a parede e a açoitou. Ela gritou de dor e até perdeu a consciência, mas nunca perdeu a oportunidade de retrucar ou insultá-lo.Em circunstâncias normais, tal comportamento deveria tê-lo irritado a ponto de matá-la, mas parecia apenas alimentá-lo ainda mais. Quando discutiam, o brilho em seus olhos e o enorme sorriso em seu rosto diziam tudo.Patricia tinha marcas de chicote pelo corpo, e parte de sua
— Sabe, já faz alguns dias. — Disse ela, propositalmente não nos deixando saber há quanto tempo estávamos ali. — Na verdade, quero conversar. — Continuou quando não dissemos nada. Ela suspirou. — Vamos lá, onde está o pedido de clemência? Não vão tentar falar comigo? — Cerrei os dentes de raiva.Louca.É isso que ela é. Ela realmente gostava de ouvir súplicas.Ela deu uma mordida na sua barra de granola e assumiu uma expressão solene; eu me perguntei o que ela estava tramando agora.— Mamãe morreu há algumas semanas. — Disse ela, olhando para Patrícia.— Sei que você não foi ao funeral dela. — Respondeu Patrícia.— Eu fui; só cheguei um pouco atrasada. — Respondeu Tonya.— O corpo dela não aguentou... — Continuou. — A saúde mental dela piorou, o corpo ficou mais frágil do que nunca, os olhos sem brilho, a pele pálida, os tratamentos não funcionavam. Eu não suportava isso. — Disse, em tom baixo, antes de me olhar.— Assim como você teria acabado, mas, felizmente, vamos acabar com seu so
Os Herdeiros BilionáriosAdrian...Eu estava perdendo a cabeça. Já havia se passado bem mais que alguns dias, e eu ainda não as tinha encontrado. Eu não sabia mais o que pensar. O pessoal da tecnologia da empresa admitiu que recuperar as imagens cortadas era impossível.Mas eu não os deixei parar; eles tinham que tentar todos os métodos possíveis de recuperação e hackeamento até encontrar algo. A polícia também estava à procura. Recebi cartas da minha mãe me contando tudo o que meu pai andava fazendo. Eu estava furioso e queria vingança contra aquele desgraçado!Descobri sobre o sequestro da minha mãe quando minha irmã me ligou dizendo que não conseguia falar com ela. Eu sabia que aquele desgraçado havia sequestrado minha mãe junto com Ashley. Minha mãe sempre ligava para minha irmã, não importava o que acontecesse. O sequestro foi feito sem deixar praticamente nenhum rastro. Foi inteligente, mas eu ainda sentia que deveria haver algo. De qualquer forma, eu sabia que Andrew era o respo
Patricia se mexeu e deixou escapar um gemido baixo. Abri os olhos e olhei para ela, chamando a atenção de Andrew, que também olhou para ela. Ela estava agora lançando-lhe um olhar fulminante, e ele se virou para mim com um brilho sinistro nos olhos.— Como você está? — Ele perguntou, a voz gentil e suave.Não respondi; ele sorriu e abaixou o olhar. Ele deslizou a mão pelo meu pescoço, entre os meus seios, enquanto eu estremecia de nojo. Ele começou a se inclinar, como se fosse me beijar, mas de repente eu o empurrei. Contudo, ele não se afastou muito. Voltou a me encarar, desta vez com um sorriso perverso no rosto. Ele se lançou sobre mim enquanto eu tentava lutar contra ele.Eu sabia o que ele iria fazer!— Não! — Gritei, tentando empurrá-lo para longe de mim.— Andrew! — Patricia gritou enquanto tentava se aproximar de mim, mas as correntes a impediram, já que Tonya havia encurtado o comprimento delas antes.Andrew deu um sorriso de deboche ao olhar para Patricia.— Saia de cima dela
Os próximos minutos foram um borrão, e eu não sabia ao certo o que havia acontecido. Quando Tonya, Patricia, nenhum movimento vinha dela. Então Andrew entrou, o rosto branco de raiva, as narinas infladas e os olhos tão frios quanto geleiras. Ele arrancou Tonya, tirando a arma dela antes de empurrá-la com força para o chão. Andrew começou a dizer algo para ela; eu não ouvi, mas sabia que ele falava porque seus lábios se moviam quando olhei para ele e as palavras saíam carregadas de fúria. Ele se aproximou de Patricia e a segurou. Meu estômago revirou ao ver o sangue se espalhando dela. Ela não se movia.Ouvi alguém rir e soluçar, depois passos, e minha audição voltou. Os soluços vinham de mim, e Tonya era quem estava rindo. Então vi lágrimas escorrerem pelo rosto de Tonya. Eu não sabia por que ela chorava agora; meu palpite era por causa do que Patricia havia lhe dito. Um homem de preto entrou, segurando uma arma, com uma postura muito defensiva.— Senhor, temos um problema. — Ele disse
Os Herdeiros BilionáriosAshley...Eu estava em algum lugar, não sabia onde, porque não conseguia ver nada. Era como se eu tivesse sido engolida pela escuridão. Percebi que estava na água, nadando. Não sabia se estava respirando, mas parecia que sim. Olhei para cima, mas não via nada, e não tinha ideia para onde nadar. De repente, a água começou a clarear, lentamente. Olhei à frente e vi uma luz, que oscilava, e comecei a nadar em sua direção. Quanto mais eu me aproximava, mais a luz ficava brilhante, e junto com ela vinha um som intermitente. Quanto mais brilhante a luz, mais alto o som, mas continuei avançando. Quando finalmente alcancei a luz, ela me envolveu completamente.Abri os olhos, ainda sentindo os efeitos daquela luz. Eu estava em um quarto e, ao que parecia, acordada. Acho. Tudo estava embaçado, mas consegui distinguir as paredes. Eram brancas. Onde estou? Alguém estava segurando minha mão, mas eu não conseguia ver o rosto, ainda desfocado. Consegui notar o cabelo emoldura
— Ashley? — Ouço uma voz e sinto alguém tocar meu braço.— Não. — Respondo com a voz rouca. — Não, não. — Repito, quase como um mantra. — Não me toque. Não. Não.— Ashley, ei, ei. Sou eu, Jason. Está tudo bem, você está segura. — Ouço a voz novamente.— Não, não. — Continuo repetindo. É ele. Só pode ser ele. Sonhei que alguém atirava nele. O que está acontecendo comigo?Ouço alguns movimentos ao meu redor e sinto alguém segurando meu pulso. Tento me afastar, mas meu corpo não responde, mais uma vez.— Não! — Grito. — Não! Me deixem em paz! NÃO! — Começo a berrar, minha voz se quebra em soluços.— Anjo. — Ouço uma voz. — Ashley, anjo. Shhh. Está tudo bem. Calma. — A voz é familiar e reconfortante. Tento me acalmar e consigo. Respiro profundamente e tento abrir os olhos novamente. Quando finalmente consigo ajustar a visão, vejo ele. Adrian.— Ei, ei. Está tudo bem. — Diz ele.— A-Adrian. — Respondo roucamente.— Sim, anjo. Sou eu. Você está bem. Está segura agora. — Ele pega minha mão e