Willow...Fiquei de pé com as mãos ao lado do corpo e respirei fundo para me acalmar. Ainda sentia o calor da entrevista e o suor nas palmas das mãos. Como as pessoas conseguem se acostumar com isso? A atenção? As perguntas e a pressão?— Willow, eu vou te acompanhar para fora junto com os seguranças. Parece que há uma grande multidão lá fora. — Disse Harry, aproximando-se de mim.— Uma multidão? — Perguntei, franzindo a testa.— Sim, se eu tiver que adivinhar, são mais de cem pessoas.— E você acha que elas estão aqui por minha causa? — Suspirei e balancei a cabeça.— Sim, estão aqui por você. Parece que você tem um fã-clube agora.— Deve haver algum engano, certo? Por que eu teria um fã-clube do nada?— Simples. Você é uma pessoa comum que está namorando o homem que todas as mulheres dariam tudo para ter. Você é a mulher que todas elas querem ser agora.Meus olhos se arregalaram, e eu balancei a cabeça. — Como eu vou me acostumar com isso?— Você ama Adrian, Willow, e eu sei que com
Willow...Eu finalmente estava dirigindo pela entrada quando a porta da frente se abriu. Soltei um suspiro, liberando a tensão que senti durante toda a manhã. Assim que o carro parou, puxei a porta e saí. No instante em que meus olhos encontraram Adrian, a ansiedade que me dominava desapareceu por completo. Ele estava parado, com os braços cruzados sobre o peito, me observando.— Willow! — Bella gritou enquanto corria até mim e se jogava em meus braços. Envolvi-a em um abraço apertado, segurando-a bem perto de mim. Ashton logo se juntou a nós dois, e um sorriso surgiu em meu rosto. Segurei os dois por mais um tempo, até perceber que Adrian estava se aproximando. Seus passos eram firmes e decididos, e seus olhos não se desviavam de mim. Enquanto o observava, senti meu coração falhar uma batida. Eu não conseguia desviar o olhar dele, mesmo que quisesse.— Estou orgulhoso de você. — Ele disse assim que parou na minha frente. — Você se saiu muito bem lá fora. — Continuou, inclinando-se par
Adrian...Engoli em seco, tentando ignorar o nó na minha garganta, e me virei para encarar Willow. Eu estava nervoso e sentia as palmas das mãos suadas.— Você está pronta? — Perguntei com a voz calma, mesmo que por dentro tudo gritasse. Meu coração me dizia para impedi-la, para implorar que ficasse.Willow assentiu, olhando para o chão. Parecia que ela estava lutando consigo mesma. Talvez, só talvez, ela mudasse de ideia e dissesse que estava cometendo um erro. Eu a ouvi chorando esta manhã e sabia que era difícil para ela deixar as crianças e se mudar. Sei que ela as ama como se fossem seus próprios filhos.— Se você não estiver pronta, podemos fazer isso outro dia. — Acabei dizendo, desesperado para tomá-la em meus braços. Mas eu sabia que precisava ser forte. Porque, se a abraçasse agora, não conseguiria deixá-la ir.Willow balançou a cabeça.— Não, quanto mais eu adiar, mais difícil será.Ela respirou fundo e enxugou as lágrimas.— Vamos lá, precisamos falar com as crianças.Forçe
Willow…As crianças foram deixadas na escola e Adrian tinha acabado de tomar café da manhã.— Tenho que ir ao escritório hoje. Você vai ficar bem?— Sim, Kylie chegará em uma hora para me ajudar a fazer as malas. Não se esqueça de buscar as crianças na escola esta tarde.Adrian revirou os olhos.— Sim, mãe, eu vou lembrar.— Olha, eu sei que isso é difícil para todos nós, mas estamos fazendo a coisa certa, mesmo que agora não pareça. Sei que isso é o melhor para todos.Adrian assentiu e abaixou a cabeça.— Eu sei. Sei que estamos fazendo isso para proteger as crianças. — Disse ele, levantando a cabeça. — Você ainda estará aqui quando eu sair do trabalho?— Acho que posso esperar até você chegar, mas lembre-se de que vou dormir na casa da Kylie esta noite.Adrian balançou a cabeça.— Então, te vejo mais tarde. Já organizei para que uma empresa de mudanças venha te ajudar.— Você não precisava fazer isso; não tenho tantas coisas aqui de qualquer jeito.— Eu sei, mas quis fazer. — Ele dis
Willow…O que aconteceu? Parecia que eu tinha levado uma pancada na cabeça com um saco de tijolos. Esfreguei os olhos e os abri, esperando estar na cama de Adrian, mas, em vez disso, eu estava em um quarto frio e escuro.— Adrian! — Chamei.— Oh, ele não vai vir te salvar desta vez. — Respondeu a voz que me assombrou por tanto tempo.As luzes se acenderam, iluminando o porão da casa de Kieran. Em Los Angeles.— Feliz por estar de volta em casa, querida? — Ele perguntou com uma doçura doentia na voz.Não respondi. Não diria nada para esse monstro. Não lhe daria esse prazer.Uma ardência quente atingiu meu rosto. Eu nem tinha notado sua aproximação, muito menos o tapa que ele me deu. O que estava acontecendo? Isso só podia ser um pesadelo. Acorde, Willow. Acorde e Adrian vai fazer tudo ficar bem.Cravei as unhas na pele, tentando me despertar, mas esse pesadelo não desaparecia. Kieran ainda estava ali, parado na minha frente com um sorriso cruel no rosto.— Eu fiz uma pergunta.Isso tinh
Adrian...— Foi um prazer conhecê-lo, Sr. Smith. Aguardo seu contato no futuro.Relaxei na cadeira assim que ele finalmente saiu. Aquele homem era irritante pra caramba. Só sabe martelar no mesmo assunto. Olhei as horas e suspirei. Ainda falta um tempo para eu poder ir para casa. Sinto falta da Willow. Será que ela já terminou de arrumar as coisas?Tentei ligar para ela, mas não atendeu. Uma ruga se formou em minha testa. Ela sempre atende quando eu ligo. Decidi ligar para Kylie, já que ela deveria estar na casa da Willow para ajudá-la. Estava prestes a fazer a ligação quando a porta do meu escritório se abriu e Kylie entrou correndo, parecendo que tinha acabado de completar uma maratona.— Kylie? O que você está fazendo aqui? Onde está a Willow? — Perguntei, confuso com a presença dela ali.— Adrian... — Ela disse, e as lágrimas começaram a rolar por seu rosto.A preocupação cresceu dentro de mim ao vê-la chorando. Caminhei até ela.— Kylie? O que aconteceu? Onde está a Willow?Ela ba
Adrian… — Quanto falta? — Reclamei do banco de trás da van. Estávamos em Los Angeles, a caminho da casa de Kieran com as autoridades locais. Estávamos perto, e eu mal podia esperar para ver Willow. Meu pé batia nervosamente no chão, e eu continuava checando o horário no celular. Mais cinco minutos e eu a teria de volta. A van parou em frente a uma mansão.— Aqui está o plano. — Disse Thomas enquanto dirigia para dentro da propriedade. Ele havia conseguido as plantas da mansão e dividido seus homens em duas equipes. Uma entraria pela porta da frente, incluindo eu e Harry. A outra entraria pelos fundos, cobrindo ambas as entradas da casa.— Não se machuque. — Harry me lembrou enquanto nos preparávamos para entrar.A casa estava assustadoramente silenciosa quando entramos, o único som vindo da televisão. Não havia ninguém na sala de estar, na cozinha ou nos quartos. A outra equipe também não encontrou nada em sua busca, restando apenas um lugar para verificar. Thomas sinalizou para seus
Adrian…Pressionei os lábios e fechei os olhos. Ver ela tão destruída era doloroso, mas aquela imagem ficou gravada na minha mente. Mesmo de olhos fechados, eu ainda conseguia vê-la tão claramente quanto quando estavam abertos. Senti a raiva correr pelas minhas veias. A necessidade de vingança me consumia. Meus punhos se cerraram. Não fazia diferença o fato de que o sequestrador dela já estava na cadeia. Eu queria que ele sentisse a dor que Willow sentiu.Um gemido soou da cama. Meus olhos se abriram imediatamente e corri para o lado de Willow. Seus olhos tremeram, mas permaneceram fechados. Com cuidado para não incomodar o soro na mão dela, segurei sua mão delicadamente. Seus dedos se contraíram em resposta antes de relaxarem na minha palma.Willow gemeu novamente, sua cabeça se virando para o lado. Com minha outra mão, afaguei seus cabelos manchados de sangue.— Shh, não se preocupe. Estou aqui. Você está salva. — Murmurei, acariciando suavemente o dorso de sua mão. — Eu te peguei.R