Pierre
Dormi mal a noite passada por causa do meu irmão Luke, fiquei praticamente a madrugada toda no sofá da sala esperando ele voltar, sei que estou sendo muito protetor, mas tenho meus motivos, sinto culpa por ter falhado com ele. Um dos seus amigos irresponsáveis o trouxe para casa e ele estava deplorável.
Hoje cedo coloquei o anúncio no jornal para a vaga de emprego, depois tomei o café da manhã sozinho, ninguém nessa família faz as refeições junto, só nos reunimos para jantar em família quando o meu pai quer se exibir para alguém, ele faz questão de mostrar para todos que tem uma família feliz, não sei como ele consegue mentir desse jeito. Agora estou aqui fora sozinho olhando para as pessoas lá fora que estão me esperando para serem entrevistadas. Gostaria de estar em outro lugar nesse momento, afrouxo um pouco o nó da gravata e vejo a Joana aproximando-se.
— Sr. Pierre posso liberar a entrada para as candidatas?
— Pode sim Joana. - Ela se afasta e vai até o segurança, logo em seguida ele libera a entrada, levanto de onde estou sentado e vou em direção as candidatas, cumprimento uma por uma, vou entrevistá-las no escritório do meu pai porque lá está vazio.
— Vamos começar, sigam-me. - Digo sorrindo, estamos indo para o escritório, adentro ele e sento atrás da escrivaninha.
Começo as entrevistas e estou tenso, não consigo entender como elas tem uma facilidade tão grande de falar de si mesmas para um desconhecido, não faz diferença alguma saber ou não dos seus problemas pessoais. Minha família é sempre vítima de boatos, muitas vezes com razão e outras não. Quero que a contratada seja discreta e não fale muito porque os paparazzo estão sempre por perto e todo cuidado é pouco.
Estou conversando com uma senhora, ela está falando os motivos pelos quais precisa desse emprego, em nenhum momento jogou seus problemas pessoais em nossa conversa, talvez ela seja a certa para trabalhar aqui. Meu telefone começa a vibrar dentro do bolso, pego ele e vejo 2 chamadas perdidas de um número desconhecido, vou retornar para esse número outra hora, continuo entrevistando e novamente o telefone começa a vibrar.
— Só um minuto. - Digo para a senhora, pego o telefone e vejo 4 mensagens, não faço a menor ideia de quem seja porém, preciso lê-las.
Hoje às [08:40] Desconhecido
Preciso falar com você, fiquei sabendo que voltou para Nova York.
Hoje às [08:40] Desconhecido
Sei que me mandou sumir da sua vida, mas precisamos conversar, você não pode me negar isso.
Hoje às [08:41] Desconhecido
Não estou atrás de mais dinheiro até porque nunca reclamei do que você sempre deposita.
Hoje às [08:43] Desconhecido
Te espero na antiga igreja em 20 minutos ou vou até sua casa não duvide disso!
Sinto um calafrio só de ler, será que devo responder? Minhas mãos começam a suar enquanto digito uma resposta.
Hoje às [08:44] Pierre
Estou ocupado, falamos outra hora.
Envio a mensagem e continuo a entrevista e o telefone vibra novamente, olho para senhora a minha frente que parece impaciente, tomo coragem e abro a mensagem.
Hoje às [08:46] Desconhecido
Você não pode fugir de mim Pierre, vou até sua casa então!
Fecho o punho ao ler, não posso deixar que venha até aqui.
— Surgiu um problema vou ter que sair para resolver. - Digo já me levantando da poltrona.
— E a entrevista acabou? - A senhora me pergunta.
— Não se preocupe a Joana vai continuar com as entrevistas. - Digo e saio do escritório por sorte vejo Joana próxima.
— Joana pode continuar as entrevistas? Vou ter que sair. - Se eu não for logo com certeza, aquela pessoa vai aparecer aqui e isso não pode acontecer.
— Sr. Pierre o seu pai disse que eu não posso interferir nas entrevistas. - Ela diz preocupada.
— Ele não vai saber, por favor faz isso por mim? - Já estou desesperado.
— Eu vou te ajudar, espero que ninguém descubra. - Respiro aliviado e vou em direção a porta de saída e começo a digitar uma nova mensagem.
Hoje às [08:50] Pierre
Estou indo, não se atreva a vir até minha casa!
Envio a mensagem e continuo andando e alguém esbarra em mim.
— NÃO OLHA POR ONDE ANDA NÃO? - Grito irritado, ela esbarrou em mim de propósito, mas não tenho tempo a perder.
— Desculpa, sou desastrada, sinto muito. - Ela diz se desculpando, mas não to nem aí, preciso ir rápido antes que... melhor nem pensar!
— Tanto faz, sai da minha frente! - Resmungo e caminho até a garagem, pego um dos carros e saio rapidamente.
Alyssa
Depois que eu saí de casa peguei o metro para ser mais rápido, os Martinez moram um pouco longe da minha casa. Chego em frente ao endereço e começo a suar frio, vou me aproximando e engulo em seco, sinto vontade de voltar para trás, mas voltar para trás não faz parte dos meus planos, vou até o segurança que está perto do portão.
— Sr. estou aqui para a entrevista de emprego. - O primeiro passo foi dado agora é seguir enfrente.
— Pode entrar, as entrevistas estão sendo no escritório dentro da casa não tem erro. - Ok vamos lá perninhas não falhem agora!
Passo pelo portão e começo a caminhar devagar, estou olhando para todos os lados, eles tem uma grande mansão com piscina, ali deve ser a garagem, ando mais um pouco e esbarro em alguma coisa ou melhor alguém, levanto o rosto e vejo um dos Martinez.
— NÃO OLHA POR ONDE ANDA NÃO? - Ele berra, mas ele também tem culpa por não olhar por onde anda, não sou obrigada a ouvir nada, mal cheguei e já estou em confusão.
— Desculpa, sou desastrada, sinto muito. - Engulo em seco, não queria conhecer ele dessa forma, mas isso não justifica seu mal humor, ele nem me conhece, juro que se eu não precisasse me infiltrar nessa família sairia daqui agora mesmo.
— Tanto faz, sai da minha frente! - Ele diz todo arrogante e se distancia, não sei quem ele acha que é, mas o que é dele tá bem guardado.
Entro na mansão e fico deslumbrada com tanto luxo que tem nesse lugar, vejo uma empregada passando.
— Moça, onde é a entrevista? - Paro ela e pergunto.
— Fica ali, tenho que ir. - Ela diz na pressa e mostra-me o caminho onde fica uma porta, vou até lá e bato duas vezes antes de entrar.
— Olá, bom dia, estou aqui para a entrevista.
— Sente-se senhorita. - A senhora diz, me sento ao lado de uma moça, ela tá me olhando torto, não vou culpá-la me arrumei para ir em outro lugar.
Fico esperando chegar a minha vez de ser entrevistada, estou nervosa, começo a balançar um pouco o pé.
— Srta. sua vez agora, aproxime-se e sente-se. - Ouço ela falar comigo, estava tão nervosa que nem percebi quando as outras foram embora.
— Obrigada. – Agradeço e sento ficando de frente para ela.
— A senhorita é tão jovem, se veste bem. - Ela me olha por completo. — Por que precisa desse emprego? - E agora, o que eu faço? Vou pensar em uma resposta rápida.
— Minha vozinha está doente, acabei perdendo o emprego de atendente de um consultório médico por faltar ao trabalho para cuidar da minha pobre vozinha. - Meus olhos começam a lagrimejar. — Ai desculpa, estou emocionada, ela só tem a mim, preciso de verdade desse emprego. - Estou sensível, as lágrimas começam a cair do meu rosto, o choro já estava entalado na minha garganta apenas utilizei na hora certa.
— Não chora querida, quer que eu vá buscar um copo d'água? - Ela está realmente comovida (e a Lea achando que eu não ia enganar ninguém)
— Não tem necessidade, vai ficar tudo bem. - Digo secando minhas lágrimas.
— Sua vozinha vai ficar bem, não se preocupe. - Ela se aproxima de mim — Pode me chamar de Joana, não precisa de formalidades comigo. - Ela sorri e eu estou nervosa por enganar essa senhora. — Acho que a gente vai se dar muito bem. - Ela diz tocando no meu ombro.
— Obrigada senhora, digo Joana, me chamo Melinda Harper.
Depois de ser entrevista Joana pegou meus meios de contato e disse para aguardar o retorno. Saio da mansão me sentindo confiante, essa pode ser a minha chance.
RoxieEstou me sentindo um pouco culpada por ontem não ter defendido meu irmão Luke, mas o que eu poderia ter feito? Nada! Recuar é o que sempre faço quando vejo a gravidade do problema. Preciso vê-lo, saio do meu quarto e me aproximo ao dele e adentro.— Nossa quanta bagunça. - Murmuro, meu irmão parece um morto deitado na cama, será que devo acordá-lo? Penso por alguns segundos e chego a conclusão que é melhor não, conhecendo o Luke com certeza ele se vingaria de mim. Saio do quarto dele e volto para o meu, pego meu telefone e começo a ver algumas postagens na rede social.— ISSO TEM QUE SER MENTIRA. - Grito olhando para a tela do telefone, como assim o meu Robert ficou noivo? A vagabunda ainda tá sorrin
Alyssa— Olivia, minha irmã pisei no território inimigo hoje, percebi o quanto sou frágil, um deles... droga! - Murmuro e os meus olhos começam a lagrimejar, estou novamente visitando minha irmã em seu túmulo, também passei pelo túmulo dos nossos pais.Não consegui ainda ir pra casa, depois que sai daquela mansão senti vários sentimentos, um deles só aumentou o de vingança, mas eu não posso agir sem pensar nas consequências ou posso? Até onde eu vou sinceramente não sei, mas não é vingança e sim justiça! Não sei como vou encarar a Lea nem sei se vou conseguir essa vaga de emprego, mas eu tenho que dar o meu jeito para descobrir tudo mesmo que eu faça alguma besteira, pra mim mais nada importa.
Edina— Delicia, eu estava contando às horas para te pegar gostoso! - Ele sussurra baixinho na minha orelha enquanto sinto sua ereção no meu quadril, me deixando com mais tesão ainda.— Fernando, você não sabe o quanto meu dia foi difícil hoje, e você tem exatamente o que eu preciso! - Digo afirmando.Me viro tocando seu rosto e logo em seguida devorando seus lábios, sua mão atrevida começa a subir pela minha coxa enquanto levanta o meu vestido. Sair com Fernando me rejuvenesce, George nunca mais transou comigo, parece que ele tem nojo de mim, e o nosso casamento é só de aparências faz tempo. Eu tive que procurar fora para me satisfazer, e escolhi bem, esse safado me faz gozar várias vez
Alyssa— Quem.. é? Oi... – Pergunto enquanto bocejo, acordei por causa dessa ligação inesperada.— Srta Melinda? - Melinda quem? Ai meu Deus sou eu!— Sim, sou eu! - Respondo me levantando da cama.— Tenho ótimas notícias a senhorita foi escolhida para a vaga de emprego. -Alguém me belisca? Não acredito que consegui! Pulo de euforia.— Quando posso começar? - Digo contente.Ela começa a me explicar tudo certinho o salário e etc...— Mas eu preciso mesmo ficar em tempo integral? - Pergu
LukeNão sei onde vou conseguir dinheiro para pagar pelos estragos que fiz no carro daquele cara, ele me deu o prazo de 3 dias para pagá-lo ou vai me denunciar para polícia, minha vantagem é que não fui fotografado por nenhum paparazzo. Essa não é a vida que planejei ter, mas isso não importa mais, preciso relaxar se eu continuar com essa tensão toda vou enlouquecer. Saio do meu quarto e desço as escadas, a primeira coisa que vejo é o meu irmão James, ele ergue a sobrancelha direita me olhando e depois vai embora sem falar nenhuma palavra. Como os nossos pais não enxergam quem ele é de verdade? Ele é sempre o privilegiado, o orgulho da família Martinez, o filhinho que não faz nada errado, mas não é bem assim, sei de algumas coisas e se eu fosse... melhor não, conh
PierrePreciso tomar um banho, vou sair com Robert e também com a Anissa, subo as escadas e vejo que o meu cadarço do sapato desamarrou, me agacho para dar um nó.— Aí!!! - Alguém cai em cima de mim por sorte não caímos juntos pela escada, tiro as cobertas do seu rosto e não acredito que é ela de novo.— Dessa vez a culpa foi minha, vou te ajudar a levantar. - Seguro a mão dela e ajudo ela levantar do chão.— Eu errei, errei, desculpa preciso ir. - Ela pediu desculpas por algo que nem foi culpa dela, a culpa foi minha, ela falou tão rapidamente se culpando que achei um exagero e desceu as escadas sem olhar para trás, tem algo nela que... O q
George— De novo essas cobranças. - Digo jogando os papéis na escrivaninha.Shirley minha secretaria me olha e depois tranca a porta do escritório.— Sr. George. - Ela diz se aproximando de mim enquanto sorri.— O que você quer Shirley? - Pergunto me sentando na minha poltrona.— Precisa relaxar chefinho. - É disso que preciso e ela sabe bem como me agradar, ela está beijando meu pescoço com seus lábios macios.Puxo ela pro meu colo e ela morde os lábios, estou louco para borrar o seu batom vermelho, coloco suas pernas na minha cintura e me levanto, colocando el
AlyssaSobrevivi ao primeiro dia no território inimigo, estou exausta, são tantos empregados que não consigo lembrar o nome de cada um, na primeira oportunidade que tive fui olhar a garagem e encontrei aquele carro, o que sempre ficava em frente a minha casa. Eles tem muitos carros e tentar saber quem sempre usava com mais frequência o Audi preto há uns meses atrás vai ser uma missão quase impossível, andei fazendo algumas perguntas aleatórias para disfarçar o meu interesse, descobri que os carros não tem alguém especifico que os use, todos usam quando bem querem, isso me deixou decepcionada.Conheci uma moça bem mais nova que eu, ela fala bastante sem parar, me contou tantas coisas facilmente, não sei se tudo que ela disse é verdade, caso seja verdade essa família é muito