Todo mundo tem algo memorável de sua adolescência ou juventude.
É sempre algo do qual as pessoas se orgulham. Algo que se compartilha com um sorriso no rosto, mostrando o quanto aproveitou bem a vida.
Só que comigo foi diferente.
Três anos atrás, foi quando tudo começou...
Era no começo das férias de verão, dias depois de eu terminar o ensino médio. Eu estava passando por uma fase estressante onde eu tinha que escolher a minha faculdade. E a pressão que meus pais estavam fazendo estava me deixando muito sobrecarregada.
Contudo, minha família decidiu viajar para aproveitarmos as férias. E como esperado, tive que ir para ficar de babá dos meus irmãos.
Isso me irritava!
Pegamos a estrada até o aeroporto, seguido viagem para o Caribe, onde nos hospedamos em um luxuoso hotel.
O clima era quente e o lugar onde estávamos parecia incrível. Pela janela do carro que seguia para o hotel, dava para se ver a imensa praia afrodisíaca do lugar.
—Que lido! – Falei baixo enquanto colocava uma música de fundo, dando contraste a bela visão que tive.
Minha atenção estava tomada pela vista do lado de fora da janela; o sol quente, pessoas em forma andando pelas ruas de biquinis e mostrando-se felizes. E de repente, senti alguém me cutucar no braço tomando minha atenção.
—Mia, tire os fones! – Disse Jane com um sorriso simplista.
—Mia, eu já falei que celular é extremamente proibido nessa viagem! – Disse meu pai, chamando minha atenção, enquanto me olhava pelo retrovisor interno do veículo.
—Pai! – Resmunguei o vendo arquear as sobrancelhas me mostrando seu semblante de autoridade.
Olhei para o lado vendo meus irmãos dormirem e então, encarei meu pai novamente, apontando para os gêmeos.
—Eles estão adormecidos, não tenho nada para fazer! – Falei, mas sem sucesso.
Meu pai estava relutante em me permitir usar o eletrônico. Eu então, respirei fundo e enrolei os fones no aparelho o entregando em seguida.
—Que saco! – Resmunguei o vendo me encarar com os olhos afiados.
—Serão apenas cinco Dias, Mia. Se comporte e eu o devolverei.
—Que seja! - Falei voltando a encarar a vista pelo vidro do carro.
Naquele momento, me praguejei completamente por ter aceitado vir nessa viagem.
Havia acabado o semestre e meus amigos iam dar uma festa, mas eu infelizmente não participarei, graças a minha madrasta, que insistiu nisso.
Depois de alguns minutos no carro, chegamos no Punta Cana Hotel.
O lugar era incrível, com uma piscina enorme beirando o mar e uma cabana bar ao lado dela. A música era animada e havia bastante pessoas nadando pelo lugar.
Olhei em volta admirada, encontrando os olhos de Jane sobre os meus. Ela então deu um sorriso.
—Eu sabia que ia gostar. Sua mãe me contou sobre você e seu namorado, então decidi fazer isso para que você aproveitasse um pouco. – Disse ela de forma amigável, mas não me convencendo.
Eu apenas respeitava Jane. Meu único problema era que ela gostava de agir como se fosse minha mãe, só porque estava casada a oito anos com o meu pai.
Eu então respirei fundo a olhando e sorri minimamente.
—Não precisava disso. Eu preferia ficar em casa. – Respondi a vendo se aproximar e me abraçar.
—Eu imaginei que diria isso, mas sabe de uma coisa, nunca tivemos um programa em família. Digo com todos nós juntos.
—Todos nós? – Perguntei me afastando para a olhar. —O seu filho também vem?
—Oh, Kyle está ali! – Disse meu pai apontando para o lado e ao olharmos juntos, confesso que até me surpreendi. Eu não esperava que ele também viesse.
As vezes eu ouvia Jane dizer que tínhamos a mesma personalidade.
—Senhor Evans! – Disse Kyle cumprimentando meu pai e em seguida ele acenou para mim e Jane.
—Ótimo, já vi que vai ser um ótimo passeio. – Resmunguei virando o meu rosto, respirando fundo.
—Querido, ainda bem que veio! – Disse Jane com animação, se movendo até ele.
—Oi irmão! – Disse Mathew a segundo para o abraçar. Em seguida foi a vez de Mariah.
—Mia não vai cumprimentar seu irmão? – Perguntou meu pai, tocando no meu ombro.
—Ele não é o meu irmão! – Resmunguei o encarando, vendo meu pai me olhar com mau humor.
—Mia, não seja rebelde! – Disse ele me fazendo soltar um suspiro e ir até ele.
—Oi Kyle! – Falei acenando para ele o vendo dar um riso ladino, porém discreto.
—Mia! – Disse ele enquanto abraçava nossos irmãos.
—Kyle, a mamãe falou que ficaremos no mesmo quarto que a Mia. Você ficará em um em frente de e os nossos pais ficarão em um só para eles. – Disse Mariah o contando o planejamento.
Naquele instante, Kyle sorriu.
—Hm! O irmão não estará sozinho, por isso ficarei em um separado! – Disse ele me fazendo arquear uma sobrancelha.
—Onde está sua namorada? – Perguntou Jane o olhando. Naquele momento, eu não sabia o motivo, mas ele estava com os olhos fixos aos meus.
Talvez quisesse me provocar.
—Ah, Jessica está a caminho. Ela estava na casa dos pais e por isso não viemos juntos. – Disse ele sorrindo para Jane.
Ao ouvir aquilo, caminhei até eles e toquei o braço da mãe dele a fazendo me olhar.
—Podemos ir? Eu estou cansada da viagem. – Falei olhando para Kyle de soslaio o vendo sorrir ladino.
—Vamos! Assim podemos acabar logo com a organização e descermos para aproveitar a piscina! – Disse Jane com u, sorriso, me apoiando enfim.
Entramos todos no hotel e enquanto esperávamos Jane fazer o check-in, fiquei com os gêmeos no saguão.
Enquanto os dois brincavam entre si, o filho de Jane atendeu o celular e se afastou um pouco, retornando em seguida, ficando ao meu lado.
De repente uma mulher alta e loira se aproximou.
—Kyle, não vai me apresentar sua irmã? - Disse ela com um sorriso.
Kyle então, me olhou e arqueou uma sobrancelha.
—Como devo te apresentar? Minha irmã ou minha amante?
Olhei para ele o encarando com raiva.—Foi passado. – Falei me virando para a olhar, exibindo um sorriso. —Oi, sou Mia Evans, filha do padrasto dele!—Oi Mia, já ouvi falar de você! – Disse a mulher, me estendendo a mão e exibindo um sorriso. —Parece que vocês se deram muito bem!—Ah! Claro! – Falei me virando para o olhar. —Sua namorada é muito simpática, parabéns!—Obrigado! – Disse ele com ironia, indo até ela a beijar.—Amor, as crianças! – Disse ela fingindo estar envergonhada, apoiando as mãos no ombro dele para o impedir.—Oi, você deve ser a Jessica! – Disse Jane com um tom simpático, se aproximando de nós. —Vejo que já conheceu Mia e as crianças. Eu sou a Jane, sua sogra.—Nossa, você é mais bonita pessoalmente! – Disse Jessica abraçando Jane. —É um prazer te conhecer.—Mia, aqui está. – Disse meu pai me estendendo o celular. —Essa porcaria não para de tocar e esse Josh é bem insistente. – Disse meu pai me devolvendo o celular.Peguei o celular dele e ao ameaçar desligar, meu
Senti o calor do corpo dele se misturar com o meu, me deixando eufórica. Kyle era sensual e meu corpo enchia de reações só de o sentir daquela forma.Ele então, se abaixou e deu uma mordida no meu ombro me fazendo soltar um gemido entre dentes, beijando o local em seguida.—Não acha que está muito exposta com essa roupa? Não quero que mais ninguém a olhe! – Cochichou ele de forma aveludada, me atiçando.—Kyle por favor! - Pedi com a voz trêmula, fechando meus olhos involuntariamente. Naquele instante, meu corpo parecia queimar por dentro.Ele então, passou o dedo na lateral da calcinha do meu biquini e puxou, fazendo queimar o local.—Vista-se! – Disse ele rente ao meu ouvido, de forma autoritária e ao mesmo tempo sensual, apertando o meu pescoço.—Você é doente! – Falei levando meus olhos até os dele o sentindo forçar o aperto.—E você gosta disso! – Disse ele entre dentes, sorrindo ladino. —Eu não quero que mostre o que é meu para os outros.Enquanto ele mantinha uma mão firme no me
Soltei um riso ao ouvir aquilo.—Então dê suco para ela! – Falei me desviando dele, me apoiando no bar. Quando olhei para o garçom, peguei meus cabelos e os ajeitei, me apoiando no balcão em seguida. —Não liga para ele. Uma marguerita, por favor!—Qual é Mia, você não vai beber, vai? – Perguntou Kyle se colocando ao meu lado. —Sabe que não pode!Olhei para os lados e então o encarei.—Qual é o seu problema? Por acaso quer que sua namorada nos veja e desconfie dessa sua superproteção?—Dane-se! – Disse Kyle se colocando atrás de mim, apoiando os braços no balcão. —Eu não me importo agora! Por mim eu mostraria o que verdadeiramente temos, mas prometi para minha mãe que eu me comportaria nesse passeio!—Doente! – Falei me virando para o olhar. —Se meu pai descobrir, você estará ferrado. Ele te vê como o meu irmão mais velho!—Por isso estou me comportando! – Disse ele olhando para os meus seios, soltando um riso. —Mas não posso prometer nada se continuar a mostrar tudo isso para eles!—V
Respirei fundo enquanto me apoiava na parede, impedindo que ela me visse.Eu não queria ser a causa da briga deles, mas confesso que, internamente eu também não queria o deixar para ela.Droga, será que eu estava enlouquecendo? – Me perguntei mentalmente, enquanto notava minha cabeça uma bagunça.Ainda me mantendo escondida, olhei para eles de longe os vendo sair e então, respirei aliviada, indo embora dali.Entrei no elevador para ir até o meu andar e ao sair de dentro dele, vi que os dois ainda discutiam na porta do quarto deles.—Eu não quero te ver perto dela. – Disse Jessica, formando um bico nos lábios e quando Kyle estava prestes a abraçá-la, a garota me olhou e fechou o cenho.Quando ela pareceu falar algo, Kyle a virou fazendo com que ela entrasse no quarto.—Idiota! – Resmunguei. Ele quem me procurava e eu quem levava a culpa. Seria melhor se ele pudesse se manter longe!Toquei a maçaneta do quarto a abrindo, vendo Jane e as crianças brincando sobre a cama. Ela então me olho
Eu o encarei desacreditada e então, dei um passo e bati as minhas mãos no peito dele.—Seu idiota, isso tudo é culpa sua! – Falei o vendo segurar minhas mãos e me puxar para ele.—Minha? Desde quando? – Respondeu ele irritado.—Por que tinha que trazer essa mulher aqui? Se ia trazer ela, por que veio atrás de mim? – Perguntei irritada, sendo abraçada em seguida.Eu estava relutante em aceitar o abraço, mas Kyle era forte, não tinha como eu escapar.—Mia, se acalma! – Disse ele e apertando em seus braços e alisando meus cabelos. —Você não é aquilo que seu pai falou. Nós dois sabemos disso.—Não parece. Por que não disse nada lá? – Perguntei irritada o vendo tentar me acalmar.—O que queria que eu dissesse? Não quero que sofra as consequências sozinha! – Disse ele me soltando e seguida.Ele me encarou e respirou fundo, continuando a falar.—Eu não posso brigar com seu pai. Sinto muito! – Disse ele me fazendo dar um passo para trás o encarando decepcionada.—Quer saber Kyle? Vai se ferra
Todos começaram a bater palmas nos parabenizando. Mal sabiam eles de que aquilo era só teatro para ele conseguir o que queria.Entrar para a família!Já fazia um tempo que eu e Josh estávamos saindo; não era nada com compromisso, mas de repente ele decidiu levar as coisas ais a sério.Ainda mais depois que minha mãe começou a sair com um homem rico, assim como o meu pai, que era CEO de uma empresa de insumos farmacêuticos, tendo alguns laboratórios sobre seu comando.Sabendo disso, Josh andou fazendo algumas perguntas sobre como trabalhar com o meu pai e conseguir uma boa vaga na empresa. Depois disso, ele começou a me usar para isso.Eu até cheguei a acreditar que ele estava apaixonado, se não fosse o desprazer de pegá-lo na cama com uma colega de quarto da faculdade.Mas as coisas não pararam por aí. Josh foi ainda mais longe, hackeando meu celular e em uma dessas, havia um vídeo meu e de Kyle juntos, que eu pensei ter apagado do meu celular.E então, as chantagens começaram!Enquan
Olhei para ele desacreditada, sorrindo com ironia.—Podemos? – Perguntei o vendo assentir com a cabeça.—Sim, podemos. Você iria procurar um estágio em uma das duas empresas de qualquer jeito. Uma oferta de assistente ou vice-diretora só vai te ajudar com a sua carreira! – Disse ele de forma coerente, me fazendo acreditar no que ele dizia.—Olhando por esse lado, você disse a verdade! – Falei me virando para encarar meu pai. —Se em três meses eu achar que não consigo, não poderá me obrigar a ficar, certo?—Eu duvido que não aprenderá ao lado do seu irmão! – Disse meu pai me irritando.Ele sabia que eu não gostava que se referissem dessa forma sobre nós.Revirei os olhos voltando minha atenção para a mesa e ao me servir, encarei Kyle que me olhava com o maxilar travado.Na cabeça dele eu havia acabado de desacatar uma ordem.—Bom, estamos conversados assim? Agora, vamos aproveitar esses dias! – Disse meu pai, levantando a taça de suco para o alt. —Declaro aberta a nossa temporada de fé
Assim que Josh falou aquilo, ele ameaçou se afastar, mas eu segurei a perna dele o fazendo ir ao chão.Rapidamente me levantei e fui até a porta a trancando e me escorando nela, escondendo a chave nas minhas mãos.—Sabe de uma coisa, se passar por aqui e ousar se meter nisso, contarei para eles quem você verdadeiramente é. Você se esqueceu daquele passeio no colégio? – Perguntei o vendo se levantar e soltar um riso.—Você ainda se lembra daquilo? – Disse ele, soltando uma gargalhada, vindo até mim.Ele guardou as mãos nos bolsos da calça e se curvou em minha direção, me deixando completamente amedrontada.Meu corpo tremia, não só de medo, mas também de raiva. Como Josh poderia ser tão manipulador?O homem na minha frente parecia ter uma carta na manga, já que não parecia estar assustado com o que eu disse.—Mia, não estou te pedindo muito, apenas que fique longe daquele bastardo. – Disse ele cerrando os dentes.—Eu deveria ficar longe de você e não dele! – Respondi me virando rapidame