Cinco anos depois.
Segunda-Feira.
Minha vida mudou tanto durante esses cinco anos, como aquele canalha me expulsou da nossa antiga casa. Voltei para a minha cidade natal, que é na Itália. Meus pais me receberam de braços abertos, meus antigos amigos também me receberam de braços abertos, foi um grande alívio para mim saber que não estava sozinha. Mas confesso que durante muito tempo acabei entrando em depressão, sofri muito por causa dele, mas fui começando a me erguer novamente.Voltei com o meu antigo sobrenome, resolvi mudar os meus hábitos, quando estava casada com ele, estava pesando cento e vinte quilos, mas quando entrei em depressão, acabei perdendo alguns quilos. Ainda estou acima do peso, mas estou pesando cento e seis quilos agora. — Descobri que gosto de estar com crianças, sempre estive cuidando dos filhos dos meus amigos enquanto eles estavam trabalhando, já que no momento eu não tinha nenhum trabalho. Foi então que me veio uma ideia, trabalhar como babá.
Meus amigos me ajudaram a ir à agência de babá, consegui trabalhar muito bem durante esses cinco anos, passei um ano em cada casa, mas infelizmente eu fui demitida por causa que as crianças começaram a me chamar de mamãe. E claro, as verdadeiras mães não gostavam daquilo, por isso fui muitas vezes demitida.
Antigamente não gostava do que eu via no espelho, mas agora, quando vejo a minha imagem, pele morena, o meu cabelo todo cacheado sendo da cor preta, os meus olhos castanhos claros, o volume dos meus seios, das minhas pernas e bunda, eu me amo. Claro que às vezes tenho uma recaída, como qualquer ser humano tem. — Mas durante esses cinco anos não me relacionei com ninguém, admito em dizer que é por causa do meu trauma, trauma de ser trocada novamente por alguém mais magra e mais nova do que eu. Estou com quarenta anos, ainda tenho muito que aproveitar, mas não consigo, o medo me impede de prosseguir.
Estou sempre focada no meu trabalho como babá, já que não posso ser mãe, ser babá é algo que preenche o vazio do meu coração. E quando as crianças começaram me chamar de mamãe, chorei muito, porque sempre quis ser chamada dessa maneira.
Mas agora estou indo para minha entrevista como babá na casa da família Russo, na Itália eles são a família mais cobiçada do mundo, mas neste momento estou indo fazer a entrevista na casa do filho mais velho do casal, o senhor Dominic Russo.
Ele é o empresário mais cobiçado do mundo, muitas mulheres querem ser sua esposa, mas nenhuma conseguiram. E parece que ele tem um irmão que também é muito cobiçado, não assisto muito jornal ou leio site de fofocas, por isso não sei como são. Se eu tiver a chance, posso conhecê-los hoje.
Será que são realmente tão lindos assim? O que eu sei é que são novos, o mais velho, Dominic Russo, tem trinta e um anos, e o seu irmão que ainda não sei o nome, tem trinta anos. Foi o que a minha amiga disse, ela avisou que não tinha muita informação sobre o seu irmão, é como se as pessoas não tivessem visto ele ainda.
Estou nervosa, faz um mês que não consegui nada. Mas graças ao meu amigo que comprou um jornal, ele viu que o senhor Dominic estava precisando urgentemente de uma babá. Rapidamente mandei o meu currículo e fiquei muito feliz ao receber um e-mail, avisando que hoje eu seria entrevistada para a vaga de babá.
Estou muito feliz com minhas mudanças, trabalho na área que eu gosto, mas dentro do meu coração, sinto falta de ter alguém comigo, de ter alguém me olhando com desejo, de alguém me querendo.
E principalmente. Ter alguém me amando do jeito que sou.
Ah, mas acredito que isso nunca vai acontecer.
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07:30 — Residência dos Moretti. — Itália.
— Lary, você está pronta? — Minha amiga Pietra perguntou entrando no meu quarto.
— Estou, só estou checando a minha bolsa. — Ela revirou os olhos.
— Você já fez isso milhares de vezes ontem. Tente se manter calma. — Soltei um suspiro.
— Eu não consigo, Pietra. Estou indo fazer uma entrevista na casa do Dominic Russo. O maior empresário mais cobiçado do mundo. Tenho certeza que muitas pessoas se candidataram para essa vaga. Estou nervosa, amiga.
Pietra é uma mulher de trinta e seis anos, alta, branca, ruiva, a cor dos seus olhos azuis claros, o seu corpo parece de uma modelo. Ela é muito linda.
— Eu sei amiga, mas você não pode perder essa oportunidade. Agora vamos, sua entrevista começa às oito e meia, é melhor chegar cedo para eles verem que você é uma mulher pontual. — Suspirei.
— Você está certa, vamos indo. — Peguei a minha bolsa colocando no meu ombro.
Estou a usar um macacão preto, muito ajustado ao redor do peito, não gosto de roupa com decote, porque trabalho com crianças, seria muito inapropriado. E também porque não me sinto confortável com os meus seios quase à mostra. Estou usando uma sapatilha bem confortável, o meu cabelo está solto, estou apenas usando um batom vermelho muito claro, não gosto muito de maquiagem.
Descemos as escadas e encontro os meus pais, apesar de terem sessenta anos, não parecem ter, parecem ter apenas cinquenta, os meus pais sempre cuidaram muito bem da sua aparência e especialmente da sua saúde.
A minha mãe é baixa, o seu tom de pele é escuro, o seu cabelo é castanho escuro, a cor dos seus olhos é castanho claro. O corpo da minha mãe é normal, tem tudo no seu devido lugar, como se ela não fosse uma senhora de sessenta anos.
O meu pai, por outro lado, é alto, o seu tom de pele é escuro, o seu cabelo é castanho claro, a cor dos seus olhos é castanho muito escuro, tem um corpo saudável, o meu pai sempre foi academia quando era mais novo e continua a fazendo-o até hoje.
— Já está indo, princesa do papai? — Sorri carinhosamente com o apelido que o meu pai me deu quando era criança, ele ainda me chama assim.
— Está linda, meu amor. — Minha mãe se levantou vindo até mim. — Eu tenho fé que você será aceita neste trabalho, minha princesa.
— Obrigada, mãe. Sim, pai. Estou indo agora pra entrevista. Me desejem sorte. — Ele se levantou do sofá, vindo até mim.
— Nós acreditamos no seu potencial, meu amor. — Os dois beijaram minha testa. — Agora vá.
Me despeço deles e vou indo para o carro da Pietra, ela que vai me levar.
— Estou nervosa, amiga. — Falei assim que ela deu a partida.
— Respira amiga, vai dar tudo certo. — Respirei fundo.
— Será que terei que morar lá? Porque todos os empregos que tive, os patrões queriam que eu morasse lá, para facilitar. — Pergunto em dúvida.
— Acho que sim, amiga. Porque será bem mais fácil. — Concordo.
Espero que eu não trave na entrevista. Mesmo que eu tenha feito várias entrevistas, nunca trabalhei com alguém famoso assim, por isso que estou nervosa. Sinto que poderia desmaiar a qualquer momento.
Irei ter minha própria entrevista mentalmente, para me preparar. Preciso de foco.
Que Deus me ajude.
Hilary Moretti.Segunda-Feira.Meu coração quase parou quando a Pietra estacionou o carro.— Irei te esperar aqui. — A Pietra disse, estacionando o carro.— Está louca? Posso acabar demorando, você pode ir embora, e quando a entrevista terminar, te mando uma mensagem. — Ela suspirou.— Tudo bem, irei fazer o que você mandou. Porque eu te conheço, é capaz de você nem se concentrar na entrevista porque está preocupada comigo. — Sorri por ela me entender tão bem. — Agora vá.— Certo, me deseje sorte. — Ela sorriu.— Estou torcendo por você, amiga.Desci do carro e me aproximei do enorme portão. Ao apertar o interfone, uma voz feminina respondeu.— Quem é?— Bom dia, meu nome é Hilary Moretti e estou aqui para a entrevista de emprego.— Ah, sim. Entre. — O portão se abriu.Adentrei na imponente mansão, observando cada detalhe do jardim enquanto me dirigia até a porta principal. Fui recebida por uma mulher idosa muito elegante.Ela era branca, loira, com olhos azuis claros, e emanava uma a
Hilary Moretti.21:00 — Residência dos Moretti. — Itália.Segunda-Feira.Faz um bom tempo que cheguei em casa, como não tinha mais nada para fazer, decidi ajudar minha mãe com o almoço. Já que agora é apenas esperar, tenho confiança de que serei chamada para esse trabalho. Desde que cheguei em casa não parei quieta, tenho auxiliado minha mãe no almoço, depois fiz uma limpeza na casa, meus pais não gostaram disso. Mas estou ansiosa, e arrumar a casa é a única forma de me distrair, passei a tarde toda procurando ocupações.Lavei roupas, limpei a casa, organizei os quartos, até cuidei do jardim. À noite, fui eu quem preparou o jantar, minha mãe quase me repreendeu por não ficar quieta, mandou tomar um banho e assistir algo, até sugeriu que eu saísse com meus amigos para relaxar minha mente, eu ia recusar, mas a Pietra insistiu. Então acabei aceitando, pode ser benéfico mesmo, preciso relaxar minha mente.— Já está pronta, amiga? O Matteo já está nos esperando lá embaixo. — Pietra pergunt
Hilary Moretti.Terça-Feira.— Para onde aqueles filhos da mãe foram? Não acredito que me largaram aqui. Eu vou matá-los quando eu os encontrar.Quando me virei, acabei esbarrando em alguém alto, e ao olhar para cima para pedir desculpas, me deparei com um homem incrivelmente atraente.Ele era um homem branco, com cabelos loiros e olhos azuis hipnotizantes. Seu corpo era musculoso e seu rosto tinha traços angulares que o tornavam ainda mais sedutor. Uma barba perfeitamente aparada acrescentava um toque de masculinidade à sua aparência.— Por que parou de dançar? Estava tão sexy lá atrás. — Ele disse, sua voz rouca enviando arrepios pela minha espinha enquanto seu braço se firmava ao meu redor, como se não quisesse me deixar escapar.— Eu... Eu... — Gaguejei, incapaz de formular uma resposta coerente enquanto seu sorriso travesso aumentava.— Porra, até a sua voz é sexy. — Ele murmurou, pressionando seu corpo contra o meu, fazendo-me sentir a tensão de sua masculinidade contra minha ba
Hilary Moretti.Terça-feira.Com um misto de nervosismo e coragem, me deitei na cama, minhas mãos cobrindo meus seios, envergonhada. Mas os dois se aproximaram, seus olhares famintos sobre mim.Estou incrivelmente nervosa. Esta será minha primeira vez sendo tocada por um homem em cinco anos. Ou melhor, dois homens.Eles subiram na cama, deixando-me ainda mais inquieta.— Apenas aproveite, minha linda. — O moreno beijou meu queixo. — Preciso me desculpar adiantado. Quando estamos excitados, perdemos o controle. Então, quero ter certeza de que você realmente quer isso.Engoli em seco.— Sim... Eu quero. — Nunca mais os verei. Então, irei aproveitar.Fui pega de surpresa quando ele me beijou, soltando um pequeno gemido ao sentir sua mão em meus seios. Logo depois, o short foi rapidamente retirado.— Que visão deliciosa. — A voz do loiro me despertou. — Obrigado pelo banquete, tesouro.Quando ele ia remover minha calcinha, rapidamente cobri minha intimidade.— Eu... Eu... Eu não me depile
Hilary Moretti.Terça-Feira.À medida que atravessávamos a porta de casa, meus pés pareciam flutuar no chão. Uma sensação de êxtase e gratidão preenchia cada fibra do meu ser. Ver meus pais acordados tão tarde era incomum, mas, naquele momento, tudo parecia perfeito.— Mãe? Pai? Por que vocês estão acordados a essa hora? — Minha voz carregava um misto de surpresa e curiosidade enquanto me aproximava deles, meus amigos fechando a porta atrás de mim.— Nós estávamos com fome, então resolvemos comer. — Minha mãe respondeu, com um sorriso cúmplice. — Depois disso, perdemos o sono.— Por que voltaram tão cedo? Deveriam aproveitar mais, filha. — Meu pai falou, com um brilho de orgulho nos olhos.— Porque essa linda senhorita acabou de receber um e-mail avisando que foi aceita como babá. — As palavras saíram com um quê de triunfo, e o olhar de meus pais se iluminou.— Oh, Deus. Que coisa maravilhosa, filha. Eu não disse que tinha fé. Estou tão feliz por você, minha princesa. Se tornou uma mu
Hilary Moretti.Terça-Feira.Saímos do meu quarto e começamos a descer os degraus, cada passo ressoando com uma mistura de emoções em meu peito.— Minha linda princesa, estou tão feliz por você ter conseguido o seu trabalho. — Meu pai disse, sua voz transbordando orgulho e afeto.A gratidão inundou meu coração ao ouvir suas palavras, sabendo que eles compartilhavam da minha alegria me trouxe uma sensação de calor reconfortante.— Obrigada, pai.Minha mãe me envolveu em um abraço apertado, seguida pelo meu pai, que se juntou ao abraço com ternura. Os beijos suaves em minhas bochechas e testa foram como pequenos gestos de amor que me alimentaram por dentro.— Se cuide.— Pode deixar.Com um sorriso nos lábios, despedi-me deles e seguimos em direção ao carro. Enquanto Matteo assumia o banco da frente, eu me acomodei no banco de trás, pronta para a jornada que se desenrolaria diante de nós.— Eu até esqueci de perguntar, mas como estão as crianças? Vocês nem foram para casa, elas devem es
Dominic Russo.Terça-Feira.Já faz meia hora que estou acordado, mas ainda nem levantei da cama, não consigo parar de pensar naquela mulher. Porra, porque ela teve que fugir daquele jeito? Depois que saímos da empresa, eu e o meu irmão fomos ao bar que frequentamos, bebemos um pouco e transamos bastante com algumas garotas do local. Mas depois resolvemos ir para uma boate, pensávamos que não teria nada de interessante. Nós erramos feios. Assim que avistamos aquela linda deusa dançando, não conseguia ficar apenas olhando, tínhamos que ter aquele corpo na nossa cama urgentemente.Nunca sentimos algo assim por uma mulher, sempre transamos e depois ignoramos. Mas ela, nós não queríamos transar. Desejávamos apenas explorar aquele delicioso corpo, vê-la se entregando para nós foi magnífico. Ter o meu pau na sua linda boquinha, foi algo muito bom. Ainda sinto o gosto do seu corpo na minha boca, o gosto da sua buceta. Ficamos muito bravos por ter fugido de nós. Estou até cogitando a ideia de
Hilary Moretti.Terça-Feira.Quando eu levei a Annalisa para a cozinha, resolvi fazer uma papinha para ela. Notei que ela gostava muito de conversar, mas às vezes parava, como se tivesse medo de estar incomodando. Mas quando viu que eu não estava incomodada, voltou a falar sem parar, falava da escola, dos animais, das comidas, até do seu pai. De como ele é um pai legal, que enche ela de brinquedos, que o seu tio Máximus brincava de cavalinho com ela. — Apenas fiquei ouvindo ela falar, depois que parava, eu perguntava várias coisas a ela, não queria que ela pensasse que eu não estava interessada nos seus assuntos.Depois que ela terminou de comer a sua papinha, dei um copo de suco para ela, demorou muito para terminar de beber, porque continuava falando. Nem me importei com isso, porque sei que crianças dessa idade costumam falar muito, isso é muito importante para eles. Crianças sabem quando estão sendo ouvidas ou não. Fiz algumas piadas com ela a fazendo gargalhar, já estou apaixonad