Cap. 131. Elizabeth bateu em uma criança?Beth não os interrompeu, apenas recuou descendo alguns degraus e se recompôs.— Richard... — chamou como se tivesse subindo a escada e, antes que ela pudesse ver, pensava ele, se afastou de Elizabeth seguindo em direção a Beth.— Já terminamos o almoço, não quer dar uma volta no jardim? Já terminou a ligação? — perguntou, sentindo o peito apertar.— Ah... Sim! — balbuciou, engolindo em seco.Elizabeth seguiu para seu quarto, demonstrando indiferença. Mesmo que ele estivesse próximo, era um incômodo saber que ele não se lembrava de nada.Ela ficou por quase toda a tarde em seu quarto e, assim que acordou, cambaleou saindo ao ouvir algumas risadas no corredor. As crianças estavam correndo, brincando, até que a mais nova tropeçou e caiu.— Tia! — gritou a mais velha, assustada, quando Elizabeth segurou a outra pelo braço tentando ajudá-la a se levantar. — Como pode empurrar a minha irmã assim?Elizabeth franziu o cenho, ainda segurando no braço da
Cap. 132. Labirinto sem saída.Richard continuou a seguindo enquanto se via cercado por paredes de plantas, ele não tinha ideia por onde estava seguindo, levado pela curiosidade ficou disperso.Elizabeth não tinha o percebendo enquanto seguia pausadamente."Será que é sonâmbula?" pensou ele, continuando a segui-la até chegarem a uma construção de vidro.Ele ficou surpreso que em meio a aquele labirinto tivesse aquele lugar.Finalmente, Elizabeth voltou a si e percebeu que alguém a observava. Quando se virou, encontrou o olhar de Richard e sua cara de surpresa.— Que lugar é esse? — perguntou sem fôlego.— Você gosta? Me seguiu até aqui... — suspirou pensativa.— Achei interessante, seria um tipo de lugar que eu gostaria de ter.— Você tem, tem ele e a mim. — murmurou se aproximando dele. — Se você lembrasse de quem sou eu, com certeza você não pensaria que eu teria agredido aquela criança. — murmurou, tentando tocar seu tórax, mas ele recuou.— Não quero conversar sobre isso, sei o qu
Cap. 133. Quando o remédio não fizer mais efeito.Elizabeth se aproximou dele o observando desconfiada.— tem certeza que não se lembra de nada?— Lbrp sim, de tudo, tenho uma esposa dois filhos...— Vai se lascar! — berrou de repente perdendo a paciência, ele engoliu em seco a desconhecendo.— E para piorar tem uma linguagem tão esdrúxula, senhorita LeBlanc, vindo de uma família tão rica, tenha modos. — a repreendeu enquanto ela cruzava os braços em meio a birra.— Eu vou mandar você para o inferno de novo, só para constar, voce não sai daqui sem mim, e por isso não quero ouvir sobre essa sua vida dupla! — asseverou de forma que pareceu sombria.Richard apenas se levantou jogando o suco e o biscoito sobre a cama e se retirou, então ela deixou ele seguir pelo labirinto sozinho.— Uhm... Já se passaram meia hora. — murmurou pensativa, tentada a procura-lo ao mesmo tempo que estava aborrecida.mas sua preocupação a venceu então seguiu pelo labirinto o procurando, mas sabia que não tinha
Cap. 134. Um caçador nato.Ele permaneceu ali a observando e por alguns momentos flashs de memória vem a sua mente, mas fogem em segundos e ele sente sua cabeça girar e fecha os olhos em seguida voltando a si.Quando abre os olhos ela está o encarando confusa.— Você está bem? — perguntou se aproximando.— Sim... — murmurou desviando o olhar, mas ela se aproximou estendendo a mão para ele na esperança que ele se aproximasse.— Por que insiste nisso? — perguntou desconfortável.— Eu não vou fazer nada, se você não lembra tudo bem, mas não posso deixar de sentir falta. — confessou pegando a sua mão e puxando para debaixo do chuveiro.Ele fechou os olhos e ela tirou o curativo de sua testa, com um sorriso irônico.— Quem imaginaria que o homem que você criou como filho e irmão iria te quebrar por causa de uma mulher, em outra época seria ao contrário, jayden sempre me perseguia e era contra nosso relacionamento.— Éramos muitos próximos?— É a única pessoa de confiança que você tem, cres
Anoiteceu e Elizabeth ainda estava de mau humor, dessa vez Richard mesmo estava preparando a janta, enquanto analisava tudo que tinha ali.— A noite parece que vai ser bem fria. — comentou ele ao perceber todos os vidros embaçados do lado de fora, de forma que eles mal podiam ver através deles com clareza.— Hum... — suspirou ela, encolhida sobre a poltrona como se estivesse o imitando, agora focando sua atenção em um livro.— Não sei bem o que preparar, mas tive uma boa ideia com essas carnes. — comentou, começando a fatiar a carne vermelha que havia escolhido. Elizabeth observava furtivamente enquanto ele mostrava suas habilidades com a faca, fatiando precisamente e, em seguida, arrumando os pedaços em uma travessa, jogando os temperos em cima. O cheiro agradável tomou todo aquele pequeno espaço. Em seguida, ele arrumou tudo sobre o prato com alguns temperos verdes, de forma que parecia ter vindo de um restaurante fino. Organizou tudo sobre a bandeja, em conjunto com uma garrafa de v
cap.136 partir ainda assim? Elizabeth se levantou da cama, deixando os lençóis, e percebeu que ainda estava sem uma peça de roupa.— Mas como? Será? — perguntou a si mesma, pensando que Jayden havia buscado Richard.Ela tomou um breve banho e se arrumou rapidamente para sair. Ainda escovando o cabelo, abriu a porta para sair quando se deparou com Ailda e Jayden a esperando em frente à porta com cara de enterro.— Quem morreu? — perguntou ela.— Você está bem? Como ele descobriu o caminho? — perguntou Jayden.— Ele ordenou que não entrássemos no quarto, para esperar você sair. — explicou Ailda ansiosa.— Não foram vocês que foram buscar a gente? — perguntou, juntando as sobrancelhas.— Não mesmo, pensei que ficariam por pelo menos uns três dias.— Então ele já lembra? — perguntou ansiosa, com a intenção de seguir até seu quarto, mas Jayden segurou seu braço.— Não, ele não está no quarto. Desde que chegou, trancou-se no escritório e ficou lá desde as sete horas.— Mas já são nove hora
Cap. 137 Quando todos pensaram que se foi.Assim que estacionou o carro a alguns metros da aeronave, Richard seguiu com as meninas e Beth, levando-as para dentro. Ele sabia que tinha conseguido levá-las em segurança e que ninguém saberia para onde elas estavam indo.— Você é uma boa mulher. Viva uma boa vida para onde você está indo. Tem pessoas lá que vão cuidar de você como você precisa. — Anunciou para ela, que o encarou surpresa ao perceber que ele estava apenas encenando. Em seguida, sorriu ao compreender.— Você estava me protegendo, não é? — perguntou, abaixando a cabeça, enquanto as lágrimas caíam sobre seu colo. — Você acabou machucando novamente as pessoas que você tanto ama.— Eu vou consertar. Apenas trate de ficar segura. Adeus.— Eu não te disse, mas... em sua casa há um traidor e... eles não queriam te matar como você acha. — anunciou, deixando Richard pensativo ao mesmo tempo que lhe entregava o celular que ela usava. — Adeus.Ele as deixou partir após se despedir das
Cap. 138 Entre tantas maçãs podresMãe e filho agora estavam frente a frente. Seu olhar fixo ao dela trazia as variadas lembranças desde a sua infância; Ailda estava sempre lá.— Você foi um dos motivos de eu não me sentir sozinho desde que era uma criança, sempre brincou comigo e era o meu porto seguro. — confessou, enquanto ela não conseguia conter as lágrimas. Ele se aproximava pausadamente, em seguida, abrindo os braços para abraçá-la. Ailda nem teve forças para retribuir, enquanto soluçava. — Como mãe... — suspirando, abraçando-a calorosamente após meses sem nem mesmo se comunicar direito.Após se acalmarem, ela finalmente estava pronta para contar a verdade a ele.— Eu não sei como vou contar a você a verdade sobre a mãe de vocês. — murmurou, insegura.— Meus irmãos sabem que você é a minha mãe? Você também é a mãe deles?— Não, eu fui alugada apenas para ser a sua mãe. — explicou, fazendo-o erguer as sobrancelhas.— Alugada?— O pai de vocês, parece que ele tem alguma condição