Eu até poderia colocar a culpa no clima, na surpresa, no vinho, mas a verdade é que a culpa era do Pedro, não importava onde, quando, nem o porque, eu sempre estaria morrendo de tesão ao lado desse homem.Tudo bem, isso foi o vinho falando, mas só um pouquinho.Assim que entramos no carro eu sei que não vou esperar até chegar no hotel, eu preciso dele e preciso dele agora, subo em seu colo e me encaixo nele, aquele sorrisinho sacana termina com qualquer gota de sanidade que eu tinha.Pedro me beija com vontade, aquele tipo de beijo que é cheio de desejo e promessa, seu tipo favorito, meu também.Ele enrosca os dedos em meu cabelo e o outro braço me segura firme ao seu corpo, posso senti-lo duro, eu preciso de mais.Apoio os braços em seus ombros para ter um pouco mais de estabilidade e aproveito para me esfregar nele enquanto nos beijamos, ele geme, está tão desesperado quanto eu.Rebolo e faço movimentos de vai e vem, vejo seus olhos firmes nos meus, cheios de desejo, pegando fogo, g
Acordei preguiçosamente na manhã seguinte, com o corpo cansado e satisfeito da noite passada, mas com a realidade chamando de volta. Nicole dormia profundamente ao meu lado, isso me deixava orgulhoso do trabalho bem feito, em um dia normal, ela já estaria acordada ansiosa para ver a amiga, mas depois de ontem, está desmaiada aqui, um sorriso me vem ao rosto. Puxo o celular para ver as horas, realmente precisamos levantar, senão vamos nos atrasar, me aconchego mais perto de Nicole e dou um beijo em sua testa. - Bom dia amor - Hmmmm - ela quase ronrona Passo a mão por seus cabelos espalhados no travesseiro. - Precisamos levantar - Nãooo… - ela faz um beicinho, parecendo um gatinho manhoso, nesse ritmo só vamos sair daqui amanhã, é hora de artilharia pesada. - Tudo bem amor, podemos ficar aqui, manda uma mensagem pra Mariana avisando que você teve um imprevisto e… - AI MEU DEUS - seus olhos se arregalam e ela se sobressalta na cama - É mesmo!!! Que horas são? - Ela puxa seu c
Que manhã incrível! O café que a Mari escolheu era simplesmente sensacional, tudo que pedimos estava delicioso e o ambiente era super aconchegante.Enquanto tomávamos nosso café, mandei uma mensagem para o Pedro, para elogiar o café, ele não me respondeu, o que achei estranho, geralmente ele me responde bem rápido.Bom, não deve ter acontecido nada, ele foi até a Dona Nonna e eu sei bem como o Sr. Olávo e a Dona Helena podem ocupar seu tempo, eles são mesmo uma figura, só espero que esteja tudo certo por lá, Pedro os respeita muito e estava preocupado com essa entrega.Mari me tira do devaneio chamando minha atenção.- Pra quem dizia estar com saudade de mim, está muito distraída pro meu gosto - disse colocando a mão no peito em um exagero de drama - Desculpa, só estava lembrando aqui da entrega do Pedro pra Dona Nonna, espero que esteja tudo certo - Entendi, bom, se tivesse acontecido alguma coisa ele também já teria te avisado.- É, tem razão… - eu fixo os olhos nela e ela estreit
Naquele momento, quando ele me beijou, eu sabia que meu relacionamento tinha acabado.*** Qual é o meu limite? Até quando arrastar um relacionamento que no fundo, já sabemos que não terá futuro, abrir mão da segurança de alguém que já se conhece chega a me dar tremedeira nos ossos, não estou pronta pra isso, pensei. Meu relacionamento com Marcos já não era lá essas coisas, apesar de estarmos juntos há um tempo, nunca me senti tão distante, queremos coisas absurdamente diferentes, eu quero o mundo, quero sonhar (ainda que não realize), e ele está feliz onde está, será que isso vai funcionar? Meus pais são casados há mais de 20 anos, eles não desistiram um do outro, mesmo quando tiveram problemas, é isso que eu quero para mim também, nem todos os dias serão fáceis, mas eu quero um amor que fique, pra vida toda. Enquanto eu estava perdida em pensamentos, quase perdi a hora de ir pra faculdade, me arrumei com a rapidez de uma tartaruga enquanto aquela coc
Há quem diga que eu sempre conquistei tudo o que eu queria, e que muita dessa conquista é fruto da minha herança. A bem da verdade, eu sempre fui assunto para as pessoas, estou acostumado a ser medido da cabeça aos pés por todos os lugares em que eu chego. Não sei explicar bem o porquê disso, mas talvez esteja relacionado ao fato de que tenho 1,85 de altura, cabelo castanho escuro, pele bronzeada e o corpo estruturado, definido, em razão dos esforços que a agropecuária exige. Nascer e crescer numa cidade pequena não é tarefa fácil, mas os comentários que me rodeiam nunca foram suficientes para me abalar. No fundo, eu gosto é que falem de mim, isso me ajuda a afastar pessoas imaturas, inseguras e falsas. Então o veneno, na dose certa, acaba servindo como a cura, como é no meu caso. Embora minha fama seja de um homem de sorte, cheio de mulheres desejáveis a minha volta, há tempos não me sinto atraído por nenhuma delas. Relacionamento amoroso nunca foi o m
Aquilo não podia ser real, eu era uma piada pra Deus? Uma coisa era cogitar que ele poderia mandar uma mensagem, outra era realmente ele mandar. Fiquei igual uma idiota, olhando pro celular, parada na calçada, desliguei a tela joguei o celular na bolsa e fui andando até minha casa, como morava perto da faculdade, era muito comum ir a pé, e hoje, aqueles quarteirões nunca pareceram tão longos. Fingi que estava tudo bem, e que nem estava pensando na tal mensagem, mas a verdade é que eu estava me coçando para responder, e responder o quê? Eu não sabia se já cortaria ele logo de cara, ou se daria uma chance para ver o que ele quer. Fazia muito tempo que não sentia um frio no estômago, o que estava acontecendo comigo? Uma mulher quase formada, COM UM RELACIONAMENTO, com borboletas no estômago por causa de macho, não é possível, recomponha-se. Chegando em casa, fiz absolutamente tudo que podia para me ocupar, me distrair, passei aspirador na casa, tomei banho
Chegando no bar, já tinha bastante gente em pé, estava cheio, por sorte conseguimos uma mesinha no estilo bistrô, próximo da calçada, estava batendo uma brisa gostosa para amenizar aquele calor infernal, logo pedi um drink bem docinho do jeito que eu gosto, enquanto Mari entrou no Gin e Lucas na Cerveja. Nós começamos a conversar e rir, basicamente eu e a Mari conversamos e rimos, Lucas estava mais na dele, falando pontualmente, e vamos lá, eu e ela temos muito assunto, nem demos muita falta do pobre homem que ria da nossa conversa fiada. Dois drinks depois eu já estava pronta para pedir água, meu limite alcoólico é baixo e tendo em vista minha última decisão no WhatsApp, eu não era muito confiável.- Você não vai pedir água, vamos pedir um drink, desses de criança que você gosta – Disse Mari, fingindo que também não estava com o riso frouxo.- Mari você sabe que eu fico bêbada rápido, deixa eu me recompor senão não vou aguentar nada, daqui a pouco vou ficar com sono.
Depois que eu enviei aquela mensagem puxando assunto com a Nicole não consegui mais tirar ela da cabeça. A diferença de um homem para uma mulher, quando estes estão interessados, é que a mulher não consegue fazer mais nada além de querer atenção e uma boa conversa, já o homem, como no meu caso, toca os seus afazeres e apenas lembra quando a vontade aperta, principalmente na região dos testículos. Logo quando recebi a sua resposta, fiquei pensando diversas formas de puxar assunto e convencê-la a sair comigo. Mas eu sabia que não podia querer acelerar o processo. Nicole além de estar comprometida, sempre foi o tipo de garota que não sai respondendo para aqueles que ficam atirando para todos os lados. Eu sabia que se quisesse ter ela para mim, ainda que por um breve momento, teria que me esforçar um pouco mais. Um pouco não, bem mais. De tudo o que eu poderia imaginar para esse sábado, nada chegaria perto de ver a Nicole, muito menos, ver a Nicole no “bar do gaúcho”.