A noite foi correndo melhor do que esperávamos, os rapazes eram, de fato, muito legais, passamos um bom tempo conversando e eles contando sobre os pontos turísticos que já haviam ido. Resolvemos caminhar todos juntos, dar uma volta pela região e logo paramos para tomar um sorvete, era impossível não notar que Pedro estava arrastando não só uma asa, mas sim a galinha toda para mim, mas apesar de ele ser lindo, não sabia se estava pronta para ficar com outra pessoa. Prometi que não iria me limitar a ficar sofrendo ou chorando as pitangas aqui na viagem, então deixei rolar, se ele de fato investisse, aí eu pensaria no que fazer, se ia permitir ou não, no momento só estava me divertindo com nossos mais novos colegas, porque claro, o brasileiro tem o dom de fazer amizade, não importa onde. A cidade não deixou a desejar, parecia que até o clima, tudo no ar trazia essa atmosfera de amistosa, e, ao mesmo tempo que Mariana ria vendo Pedro me rodeando, eu bem vi que Rafa
Na manhã seguinte, Mari e eu fomos caminhando pela orla, como ainda era bem cedo a praia estava calma, quase sem pessoas, aquele barulho do mar, conforme as ondas quebravam pareciam ir acalmando todas as minhas dores, não dava para contar realmente que eu e Pedro voltaríamos a ficar juntos, mas simplesmente abrir mão daquilo ela uma coisa que eu não podia fazer, não com tudo que senti quando estávamos juntos. Restava saber se ele também se sentia dessa forma, queria muito não pensar o pior dele, que ele simplesmente havia nos esquecido e voltado para sua vida.- Sabe, dá pra ouvir seus pensamentos daqui – Mari me tira do meu devaneio – Vem vamos molhar os pés Suspiro e a acompanho, nos sentamos na areia, perto da água, enquanto as ondas batiam em nossos pés, eu fitava o mar em toda sua imensidão.- Tá ecoando pelos seus poros, Peeeedro, Peeeedro – Mari tirou sarro e eu sorri- Tá tão na cara assim? - Respondo desanimada.- Não só na cara amiga Trago meu
Depois de conhecermos alguns pontos turísticos, terminamos nossa tarde na praia, nada melhor que um mergulho para recuperar as forças, ao voltarmos para nosso hotel, começamos a nos preparar para sairmos com os meninos. Como não sabíamos exatamente para onde íamos, ficamos no básico sem erro, coloquei um vestido branco fresco e rasteirinhas, Nicole optou por um short e cropped também de rasteirinha, maquiagem era luxo, já estávamos queimadas do protetor mal passado então mais blush que aquilo e poderíamos entrar no lugar no patati e patatá, então, nada que um rímel rápido e um gloss não resolvesse. Prontas, descemos para o saguão do hotel e para nossa surpresa eles já estavam lá nos esperamos, Nicole olhou as horas no celular, ela odiava se atrasar.- Uau, pontuais – Ela disse cumprimentando-os com beijos no rosto- Vocês também, eu acho que estou apaixonado – Pedro respondeu rindo- E aí, pra onde vamos? – Pergunto com a curiosidade batendo forte- Um barzinho na orla
INFERNO. PUTA. QUE. PARIU. Eu estava transtornado, sentindo meu peito hiperventilar, mas que merda era aquela? Maldita hora que resolvi abrir o Instagram, Mariana havia postado uma selfie, ela, Nicole e três filhos da puta em um bar, sabe-se lá onde e fazendo sabe-se lá o que, eu estava possesso. Eles estavam sorrindo, todos felizes na foto, estavam felizes por quê?! Tudo bem que se eu estivesse em um bar com Nicole também estaria feliz, aliás, já estive e esse pensamento aperta meu peito, será que ela estava com algum deles? Faz meses que não nos falamos, mas não achei que ela me esqueceria assim, e ver com os próprios olhos com certeza leva a dor a outro patamar, eu era um merda mesmo, consegui perder a Nicole e agora ainda teria que ver ela com outra pessoa, ela disse que me esperaria, ela disse que estaria lá quando isso acabasse, mas que porra! A raiva me cega e eu mando uma mensagem para Guilherme me encontrar no Gaúcho.***- Sua mensagem me as
Mas que merda eu tenho na cabeça? Essa era a única coisa que passava pela minha cabeça quando acordei naquela manhã, a memória daquela noite me causava todo tipo de arrepio. Por sorte, um sopro de juízo apareceu a tempo e não tive coragem de sair do bar com a Vitória, flertamos um pouco, mas a cada vez que ela abria a boca, minha vontade era que Nicole aparecesse ali com suas crises de ciúmes, usando expressões que só ela entende e me arrastasse para fora dali, onde faríamos as pazes na cama. É claro que Vitória não achou a menor graça quando disse que estava de saída, mas em uma cidade onde tudo vira conversa, até aquele papo já podia ser mal interpretado e eu, apesar de com raiva, não queria jogar fora o que eu e Nicole construímos, Guilherme estava certo, coisa que jamais vou admitir, mas preciso resolver minha vida ao invés de ficar andando em círculos, meu pai foi embora, preciso de um lugar novo para me mudar, preciso conseguir alguém de confiança para ser meu br
Naquela noite do bar, Mariana e Rafael ficaram um tanto mais próximos, e eu torcia para minha amiga ter um romance digno de filme, eu por outro lado, apesar de me sentir lisonjeada com um cara como Pedro me rondando sabia que aquilo não ia dar em nada. Eu sei, eu sei, estou solteira, posso curtir com quem e como quiser, eu sei que a essa altura Pedro, o meu Pedro pode já estar com outra pessoa e mal se lembra de nós, mas isso não cabe a mim, não posso culpa-lo, só posso assumir a minha parcela da culpa, e se eu tivesse ficado? E se eu tivesse insistido? Teria sido diferente se eu não tivesse desistido de nós? Eu teria que viver com essas perguntas, sabendo que poderia ou não um dia, encontrar as respostas. Eu não me sentia pronta para tentar nada com ninguém, nem mesmo por diversão, se esse momento chegasse, eu seguiria em frente e guardaria Pedro como uma linda lembrança, muitas pessoas nunca tem esse tipo de paixão durante toda a vida, ainda que nosso final não fosse
Naquela manhã levei minha mãe até São Paulo para pegar seu voo, como ela não tem muita experiência em aeroportos a acompanhei até onde pude, e depois fiquei enrolando por ali até ela me avisar por mensagem que ia embarcar. Já na saída do aeroporto, meus pés plantaram no lugar, e por um segundo, pensei estar vendo uma miragem, de longe vi Nicole andando pelo corredor junto com Mariana, as duas puxavam as malas e sorriam enquanto conversavam, era a primeira vez que a via desde que ela me deixou, estava mais bonita do que nunca, com os cabelos soltos e vestida de forma casual, é claro que ela ficaria linda até em um saco de batatas, e principalmente era linda nua, como eu vi tantas vezes e agora tinha que buscar essa lembrança na mente quando a saudade apertava. Ela estava feliz, despreocupada, leve, coisas que hoje eu vejo que não dei a ela quando o teto desabou sobre nós, perdido em minha própria confusão familiar não percebi o quanto a machucava no caminho e agora ao v
Ao pousarmos em São Paulo, meu único pensamento era que eu precisava de um banho, um vinho e uns dois dias para me recuperar dos dias de férias. O que eu não esperava era ver Pedro em pleno aeroporto, por um instante pensei que estivesse imaginando coisas, claro, o que o Pedro estaria fazendo ali? Não podia ser ele, mas parecia tanto, mas não podia ser ele, mas estava olhando para mim, mas não podia ser ele, mas estava sorrindo pra mim. Meu. Deus. Era ele. Ao ver perceber que eu estava com os pés fincados no chão, Mariana começa a olhar em volta, tentando entender o que está acontecendo, e quando finalmente acha, cai na risada, é claro que ela ia rir, era até cômico como a vida me testava. Permaneci imóvel e calada, vendo Pedro se aproximar, ele cumprimenta Mari com um sorriso amigável e se volta para mim, quando me puxa para um abraço eu não tenho a menor força (e vontade) para resistir, era tudo que eu mais queria, era tudo que eu mais desejava, sentir o cheiro dele de novo, se