ValentinaNada como um bom banho quente, ao chegar em casa após um dia cansativo no trabalho. Vesti uma bermuda curta com uma blusinha regata. O coitado do Diego deve estar apreensivo me esperando na sala. O nosso jantar deve estar chegando. Saí do quarto, indo para a cozinha e acabei esbarrando em uma parede de músculos, que me agarra pelo braço para que eu não vá ao chão. Ouço um pedido de desculpas e só então percebo que pela segunda vez, sou salva pelos braços fortes do meu segurança que me impedem de ir ao encontro do chão.— Desculpa a demora. Acabei ficando mais tempo no banho — disse sorrindo para o rosto sério do homem. Enquanto ele trabalhar para mim, daria um jeito de fazer esse homem rir mais vezes. Se ele soubesse como fica mais jovem sorrindo, garanto que faria isso sempre.— O jantar chegou, como vi que você não deveria ter ouvido a campainha, eu deixei a comida na cozinha.Diz, mantendo uma certa distância. Olhei para o corredor e pensei, porque não comermos na ilha ao
Diego— Garota mimada!Joguei meu terno e a gravata no banco do passageiro, espumando de raiva por ser tratado daquela forma por Valentina. Quem aquela petulante pensa que é para falar daquela forma comigo? Minha vontade era sentar-lá no meu colo de bunda para cima e encher de tapas aquele traseiro que estava me deixando cada vez mais distraído. Eu sabia que ter concordado com o presidente em vigiar os passos dessa garota seria o meu fim. Agora não tenho como voltar na minha palavra e pedir que outro faça o meu trabalho. Só de imaginar algo assim acontecendo, meu sangue ferve nas veias. Eu estava precisando de sexo, é isso. Ficar lidando com as vontades daquela garota anda consumindo muito o meu tempo. Decidi desviar o caminho do meu apartamento e seguir para o clube. Minha máscara se encontra no porta-luvas e eu preciso apenas encontrar uma mulher disposta a foder comigo, me fazendo esquecer o stress dos últimos dias. Entrei na garagem privativa do clube, desligando o motor do carro,
ValentinaTive uma noite horrível, tentando dormir, porém, a única coisa que eu fazia era pensar no que eu disse para o Diego. Como sou tola em falar daquela forma com o ogro, mal-humorado da sombra do papai? E se ele abre a boca e conta que sou uma intrometida, tentando forçar uma aproximação? Porra, mas também ele não facilita as coisas. O que custava aceitar tomar café na padaria. Vamos conviver juntos, sabe Deus por quantos meses, nada mais justo do que nos darmos bem. Enquanto eu me arrumo, a campainha toca. A julgar a hora, com certeza é o Diego vindo me buscar mais cedo, dessa forma ele se livra de mim mais rápido. Hoje decidi ir trabalhar, usando um vestido de mangas, branco abaixo do joelho, pois teria uma reunião com o pessoal do centro de crianças, do qual mamãe faz parte da diretoria. Pois a equipe de residentes da pediatria, vão para uma ação social em uma das comunidades escolhidas e eu como diretora preciso estar presente no encontro. Tentando não rir para aquele ogro,
DiegoEstiquei as pernas, após um dia de trabalho intenso. Saí do escritório somente para almoçar e fiz isso tão depressa que engoli a comida para ter que retornar logo. Raquel foi quem apareceu mais cedo com a desculpa de trazer café para eu beber e tentou puxar conversa comigo, porém dispensei educadamente a garota. Percebi o grande interesse dela e no momento, estou correndo de compromisso ou mulheres na minha vida. Quando despertei com o barulho do meu celular tocando, pensei que fosse Valentina, mas para a minha surpresa era o pai avisando que eu não teria que buscar a filha em casa, pois o namorado idiota dela faria isso. Por um lado me senti aliviado, dessa forma não teria que olhar o seu rosto logo cedo, já do outro…. Eu não confiava naquele garoto, desde muito novo, sempre notei como ele se portava e nunca entendi como o doutor Leonardo aceitou que a filha namorasse um playboy daquele. Será que o sobrenome vale muito mais para os ricos do que o caráter? Porque algo que falta
ValentinaNão parava de rir durante o banho. Só em lembrar do rosto irritado dele, eu começo a sorrir sozinha. Irritar o Diego é uma distração para mim. Quando estamos juntos o clima é mais leve, mesmo com aquela cara mal-humorada de quem não costuma esboçar um sorriso, ainda assim me sinto confortável ao seu lado. A tática que pensei, para fazer com que ele jantasse comigo, deu certo. Tive um dia bem cansativo e estressante, principalmente após a discussão com o meu pai sobre o Mateus. Papai como sempre dando razão ao genro, que Mateus é apenas um garoto com responsabilidades perante a família e os negócios que preciso ter um pouco de paciência. Quando comentei a possibilidade de terminar o meu namoro, o velho praticamente surtou do outro lado. Tenho que ser mais tolerante, não posso deixar que problemas bobos atrapalhem a nossa relação. Encerrei a ligação, dizendo que estou pensando bem no que farei daqui para frente. Enquanto me enxugo, estou curiosa para voltar na cozinha e encont
DiegoAcordei mais cedo do que o normal e decidi treinar um pouco, antes de começar o trabalho. Tive uma noite de sono agitada novamente. Cada vez que eu tentava dormir, o som da risada dela vinha à mente. Por mais que o jantar tenha sido divertido, eu estava percorrendo um caminho perigoso e precisava me manter afastado para o bem de ambos. Nunca me interessei por mulheres mais jovens, mas algo naquela garota me atraiu e sei que isso é errado de todas as formas imagináveis. A tensão presa dentro de mim, extravasei socando o saco de bóxer com toda força que tenho. Dessa forma, não imagino aquela boca carnuda em uma certa parte do meu corpo e nem me condenar por desejar a filha do meu chefe. Uma garota totalmente proibida para mim. Após treinar por quase duas horas, um recorde, tomei um banho na academia mesmo, vesti uma bermuda e camiseta limpos, calcei o tênis, coloquei o boné na cabeça, meu óculos de sol e segui até o restaurante da Diná. Não visitava a velha senhora há dias e sei q
DiegoDirigindo rumo a cidade de Rio das Pedras com Valentina, no banco do carona cantando a mesma música que toca no rádio do carro. Nos dias que antecederam a viagem da garota, tive que trabalhar dobrado, para deixar tudo organizado, mesmo sendo uma estadia rápida. Ainda fui obrigado a presenciar uma cena ridícula entre Valentina e aquele paspalho do namorado dela, dando um show de ciúmes, por conta da namorada viajar sozinha com um homem. O idiota acha que eu não ouvi a reclamação, de que não era certo a futura noiva e o segurança. Por um segundo tive que rir das palavras proferidas. Ele achava mesmo que um homem como eu seria perigoso para o namoro perfeito deles?— Amei a pousada que você escolheu para a gente ficar — Valentina diz, virando o seu rosto para mim. Escolhi uma pousada na área rural, orientação do pai da garota, porém não contaria isso ou Valentina iria se chatear. Queria ter escolhido um hotel no centro da cidade, contudo o presidente disse haver encontrado na inter
ValentinaAo adentrar o quarto, não me arrependo um segundo da ideia de compartilhar o mesmo cômodo com Diego. Só em caminhar pelo corredor até chegar à suíte, fui me encantando, mas ainda pela delicadeza da decoração e como todo o espaço traz uma paz que é o que preciso agora. Diego deixou nossa bagagem num canto do quarto, avisando que me deixaria sozinha para ter privacidade e que depois ele tomaria banho e se trocava. Aproveite que me encontro sozinha, para explorar a suíte. Uma cama super king, com lençol branco, parede pintada de um rosa clarinho, uma mesa com duas cadeiras de madeira, uma porta de correr, que vi que dava para uma varanda com uma piscina menor com um mini-jardim. O banheiro todo branco, com uma banheira de hidromassagem. O colchão de solteiro, o funcionário, deixou embaixo da cama e os lençóis, dona Francisca disse que mandaria depois. Notei que ela não tinha ideia de quem eu era, nem mesmo o sobrenome no registro fez com que ela entendesse quem são os meus pais