MaddieDespertei devagar em minha cama, sorrindo ainda de olhos fechados diante das lembranças da noite anterior. Eu não conseguia me lembra da última vez que tinha dormido tão bem, e me sentia agradecida por finalmente estar em casa. Quero dizer, eu adorei fazer um cruzeiro divertido pelo caribe, mas não via a hora de voltar. E o maior motivo para isso, estava ao meu lado.Eu me virei na cama, subindo minha mão pelo peitoral de Matteo que ainda dormia tranquilamente, sentindo sua pele quente sob a minha. Eu me peguei presa em admirar sua beleza e no tanto que senti sua falta nos últimos dias. Mas tudo valeu a pena, porque eu finalmente pude dormir e acordar ao seu lado, e eu não trocaria aquela experiência por nada nesse mundo.— Isso faz cócegas — Matteo comentou ainda de olhos fechados enquanto eu desenhava círculos com a ponta dos dedos em sua pele.— Sabe, eu sempre imaginei que você fosse do tipo que acorda antes de mim — eu o provoquei.Matteo abriu os olhos, sorrindo ao olhar
MaddieUm pequeno sorriso surgiu nos lábios de Beatrice enquanto ela tentava se fazer à vontade em nosso meio.— Isso com certeza ela não vai negar, certo Bea? — Matteo provocou a irmã.— Vocês são diferentes do que eu imaginei — minha cunhada comentou.— Deixa eu adivinhar, você imaginava um bando de riquinhos esnobes que nunca fizeram nada por si mesmos. Bom, você acertou apenas parte dessa previsão — Alexander piscou.— Não, não é isso, mas…— Se você tivesse nos conhecido no palácio aí sim você teria sua imagem completa, mas aqui não precisamos de máscaras. Podemos ser apenas nós mesmos — eu dei de ombros.Beatrice fez uma pequena careta em resposta ao meu comentário, fazendo com que eu estranhasse sua reação. — Algum problema?— Eu não tive uma boa experiência no palácio, fico feliz de me ver livre daquele lugar — Ela admitiu — Todos nós estamos, o palácio é nosso purgatório particular, eu fico com pena do Bertozzi que ainda precisa estar lá — Alexander devolveu.Aquela frase p
MatteoPermaneci parado no corredor, observando Maddie correr em direção às escadas enquanto minha mente processava tudo o que tinha acabado de acontecer. Ela realmente gritou comigo por conta de algo assim? Ouvi a porta do seu quarto bater com força no andar de cima, fazendo meu sangue ferver. Depois de tudo o que tenho passado para ficar com ela, ela ainda se acha no direito de gritar comigo? Eu tenho aguentado tudo em troca de migalhas, e ela ainda me culpa? O que ela esperava que eu fizesse? Eu deveria ignorar os desabafos de seu pai? Deveria ter afastado o único homem que foi capaz que me ajudar de verdade desde o começo? Deveria ter ignorado os sinais de crise e permitido que o casamento de seus pais ruísse?Era o que ela queria que eu fizesse? Para depois me culpar por não ter agido? Está na hora dela crescer e aprender que as coisas não funcionam do jeito que ela quer! Comecei a me colocar em movimento, mas algo me impediu de segui-la.— Matt, é melhor não — Beatrice acon
MaddieObservei os campos de lavanda que ladeavam a estrada conforme o carro seguia em uma rodovia em direção ao norte de nosso pequeno País. Eu conhecia bem aquele lugar, nós passamos por ali diversas vezes em nossas aventuras em Zurique. Se seguissemos por aquele caminho por mais alguns quilômetros alcançaremos o posto de fronteira entre a Suíça e st Bartholdi.— Nós chegaremos em alguns minutos — a voz de meu pai soou animada ao meu lado fazendo com que eu virasse meu rosto para vê-lo.Meu pai estava com um sorriso extasiado em seu rosto, dirigindo um de seus carros esportivos que ele raramente tirava da garagem. Na verdade, era muito difícil meu pai dirigir, nós sempre estávamos com um motorista em um carro oficial. Por isso, eu mal pude esconder minha surpresa quando ele apareceu de manhã em minha casa, me chamando para dar uma volta com ele. Alex não estava em casa naquele momento, o que me deixou sem desculpa nenhuma para recusar o pedido. Mas a curiosidade provocada por sua a
Beatrice— Se você continuar segurando a cebola assim, vai cortar a mão — Eu avisei a Phillip enquanto ele tentava preparar o jantar na casa dos Weisman.Já estávamos no início de dezembro e eu me sentia cada vez mais a vontade com o casal e seu grupo de amigos. Alexander era o único que se interessava minimamente por cozinhar, na verdade, Madeline desistiu de qualquer nova tentativa depois de colocar fogo em uma frigideira tentando grelhar uma carne. — Mas ela fica escorregando na tábua — Phillip piscou na tentativa de afastar as lágrimas — qual é o problema dessa coisa?— Não olhe para mim, eu aprendi minha lição, se eu estiver com fome, eu ligo para o restaurante mais próximo — Maddie comentou sentada em uma banqueta junto a ilha da cozinha, mexendo em seu celular.— Você tem que cortar a cebola no meio e depois apoiar na tábua, assim não vai conseguir mesmo — Alex, que estava acomodado ao lado de Madeline, apontou.Phillip colocou a cebola e a faca sobre a tábua, levando ambas
BeatriceAssim que amanheceu eu me arrumei devagar, fazia tempo que não tinha vontade de parecer bonita, mas confesso que caprichei em minha aparência naquela manhã.No horário combinado, fui até o ponto onde tinha marcado de encontrar Phillip , sentindo meu coração pulsar com força em meu peito. E se isso for um grande erro? Eu não deveria ter aceitado fazer parte dessa loucura!Estava prestes a dar as costas e voltar para casa quando seu carro parou ao meu lado, ele abaixou o vidro, sorrindo ao pedir que eu entrasse. Respirando fundo eu fiz o que ele pediu, embarcando naquela aventura com o coração tamborilando com força em meu peito. — Uau, você está muito bonita! — ele sorriu ao me cumprimentar.— Obrigada — eu devolvi, sentindo minhas bochechas esquentarem.— Quero dizer, você está sempre bonita, mas hoje…— Ele insistiu, fazendo meu rosto corar ainda mais.Eu apenas sorri, desviando o olhar para a neve que caía do lado de fora. A temperatura dentro do carro era agradável, e apes
Beatrice— O que você achou do nosso dia juntos? — Phillip perguntou enquanto dirigia para minha casa. — Você é maluco! Eu ainda não acredito no tanto que você gastou com o bebê — eu pensei na quantidade de sacolas que estavam no porta malas.Onde eu estava com a cabeça para aceitar tudo aquilo?— Você está exagerando, não foi nada demais — ele sorriu sem desviar o olhar da estrada.Eu não respondi, apenas revirei os olhos, mantendo um pequeno sorriso no rosto. Eu não deveria ter saído com ele, eu me arrependeria disso mais cedo ou mais tarde! Mas antes que eu pudesse continuar remoendo esses pensamentos, sua voz chamou minha atenção.— Ele deveria se chamar Matteo.— O que?— O bebe! Você poderia homenagear o seu irmão, ele está sendo muito importante na sua vida, não está? — ele explicou.— Ohh.. Matt… é um bom nome — eu pisquei atordoada, me sentindo surpresa por nunca ter considerado aquela hipótese.Matteo Bertozzi II. Soava bem, eu poderia até mesmo fingir que fazia parte de um
Maddie— VOCÊ FEZ O QUE? — ergui minha voz enquanto encarava Phill que estava parado no meio da minha sala com várias sacolas em suas mãos.— Você pode falar baixo? Se eu quisesse que todos soubessem, não teria chamado apenas você — meu amigo reclamou, olhando para a porta.Olhei na mesma direção, esperando que Alex aparecesse ali, mas ele parecia ainda estar ocupado falando com Louise no telefone. — Desculpe, mas você acabou de me falar que beijou a irmã do Matt? Como isso aconteceu, Phillip? — Não é como se eu tivesse planejado, ok?— ele murmurou.Phillip passou os minutos seguintes me contando sobre o seu dia ao lado de minha cunhada na França, me surpreendendo a cada segundo. Ao fim de seu relato, eu o encarava boquiaberta sem saber o que dizer.— Então ela apenas saiu correndo, não se despediu e nem pegou as coisas que compramos para o bebê e eu não entendo o que fiz de errado, porque eu tenho certeza que ela correspondeu! — ele soltou frustrado.— Deixa eu ver se eu entendi, v