Terça 20:10 PM— Eu gostei do seu pai.— Ele também gostou de você, William. — sentamos num banco da praça para tomar nossos sorvetes. Como prometido ele apareceu.— Como você tá?— Tô bem. Cada dia as cicatrizes melhoram. Do lábio e da moral — coloco uma colher cheia de sorvete na boca.— Que bom. Fico feliz. — abriu um pequeno sorriso para mim.— E você?— Melhor agora que estamos aqui. — me encarou sorrindo e sorri também. Volto a tomar meu sorvete olhando as pessoas que andam pela praça. — Minha mãe disse para você aparecer lá.— Sim. Irei. — assinto. — Papai me deu a Ferrari.— Sério? — pergunta surpreso. — Eu pensei que já era sua.— Não. Eu tinha roubado. — paro para pensar no que falei e vejo que ele está rindo. — Pegado sem pedir.— Ah. Sim. — ele mostra que entendeu passando seu braço sobre meus ombros e beija meu rosto. William é tão legal que a culpa dói mais quando penso nele.— Nunca mais vai acontecer. — digo seriamente.— Ah, sim. Agora que a Ferrari é sua não tem porq
EVA GRAYSONSexta 02:30 AMAcordo com os dedos pelos meus cabelos. Abro meus olhos com dificuldade e vejo Jordan me encarando pensativo. Os dedos são dele. Lembrei que ainda estamos no hospital.— Como é que dorme com a luz acesa?! — reclamo e ele sorri. — Tá acordado a muito tempo? — pergunto e ele assente. — E por que não me acordou?— Estava te vendo dormir.— Credo, Jordan! Você é estranho. Tô com vergonha agora. — coço meus olhos.— Só estava comprovado que você dorme igual à sua pintura feita pelo Elliot. Como um anjo. — sentou na maca e me levantei constrangida.— Eu estou dormindo na pintura?!— Sim. — ele coloca as mãos na cabeça. — Ai que dor!— Você entrou em coma alcoólico! — tento não rir tanto e ele coça os olhos.— Como você soube que eu estava aqui?— Você deixou o celular desbloqueado no meu contato. — ainda não entendi essa história. para que ele estava olhando meu contato?— Ah é. Eu estava tentando ligar para você quando cheguei aqui. — se levanta ainda tonto.— Co
Quando despertei estava de conchinha com o Jordan. Ele ainda me abraça forte, como se quisesse ter certeza que eu não iria fugir.Ele não está conformado com o término. Eu sei. E aquele papo de ontem à noite me deixou assustada.Tiro seus braços do meu corpo e me levanto da cama. Ele dorme como uma pedra e acho que não vai levantar tão cedo.Vou para meu quarto e visto uma roupa decente. Escovei meus dentes, arrumei meus cabelos e lavei o rosto. Peguei um remédio para dor de cabeça e uma escova para levar pro Jordan. Acho que o Elliot deixou umas roupas aqui, porque quando eu lavei as roupas na segunda, vi algumas que não eram do papai.Volto ao quarto onde o Jordan está e quando entro tomo um enorme susto. Ele está nu, saindo do banheiro com as roupas na frente do Monte Everest. Viro de costas tapando meus olhos e sinto minhas bochechas queimarem.— Desculpa. Eu não achei a toalha.Ando com a mão no rosto até a cama e me ajoelho para abrir a gaveta. Encontro uma toalha e estendo o br
EVA GRAYSONDou descarga e lavo minha boca na pia.— Eva? Tá tudo bem? — Jordan pergunta do lado de fora do banheiro.— Sim, sim. Tô bem. — saio do banheiro.Ele está encostado na parede de braços cruzados.— Pode ficar tranquilo. Eu tô bem. Só foi um enjoo. Acho que deve ter alguma coisa estragada no sanduíche. — seco minha boca com a mão. — Eu vou no banheiro de cima escovar meus dentes. Perdi a fome.— Ok.Subo para meu quarto e entro no banheiro. Eu disse que iria escovar os dentes, mas na verdade as náuseas voltaram. E quando levanto a tampa do vaso e vomito de novo.— Droga. — praguejo pelo gosto ruim na minha boca.Dou descarga e levanto para escovar meus dentes. Estou verde e com os lábios brancos.Acho que estou com alguma virose.Verifico minha temperatura. Estou quente.Saio do banheiro e desço para sala.— Jordan. — o encontro deitado no sofá. Ele senta quando me ouve. — toca em mim para ver se eu tô quente. Acho que tô doente. — encosto nele e ele toca minha testa e meu p
EVA GRAYSONEu sei que não devia.Eu sei.Mas é algo que não consigo controlar.Tenho que admitir: Eu quero muito o Jordan. Eu sempre quis. Mas sempre evitei pensar nisso.Só que ele tinha namorada e isso era errado. Mas agora, mesmo sabendo que uma hora ou outra ele pode voltar para ela, não me sinto culpada por sentir isso.Sempre que estou perto dele vivo um paradoxo. Me sinto protegida, tranquila. Ao mesmo tempo me sinto vulnerável e sinto que a qualquer momento vai acontecer uma merda que vai acabar com tudo.Ele tinha uma vida antes de me conhecer. E essas duas burradas não vão mudar isso. Uma hora ele vai acordar e perceber que só foram duas noites. Ou uma, já que ele não considera a primeira porque não lembra, e eu vou ficar lembrando de tudo, já que minha vida não era lá essas coisas antes de vir para cá.— Vamos voltar para dentro. A vontade de ir para casa passou. — ele tira o cinto do carro de mim beijando meu pescoço.Como ele consegue fazer isso? Me fazer esquecer tudo c
— Se não quiser ir para minha casa eu posso ficar aqui com você. E dormir aqui. Amanhã você me leva.— Amanhã é que dia mesmo?— Sábado. Você passa o fim de semana comigo. E com o Elliot. — mexe nos meus cabelos.— Pode ser. Mas o Elliot não pode saber sobre a gente. Ele iria ficar muito bravo. Muito bravo mesmo. — explico com medo do que poderia acontecer. — Ele viu a gente dormindo no dia da festa, sabia?— Sim. Ele me deu uma bronca na piscina da casa da Emma. Mas eu esperava uma reação pior dele.— É.— É. Mas acho que ele gostaria de me ter como cunhado. — esconde os lábios entre os dentes sorrindo.Rio.— Não conta com isso viu! Ele tem certeza do seu tombo gigante por sua ex.Ele fica sério e acaricia meu rosto.— Aos poucos as coisas vão se apagando.Humm, é mesmo.— Eu só quero lembrar de agora. Aqui com você. Esses olhos azuis lindos. — segurou meu beijo e me deu um selinho. — Essa boquinha gostosa. — me deu outro selinho e me abraçou forte ficando em cima de mim, e depois m
Levanto rápido e entro no banheiro. Dessa vez não deu para correr para um banheiro longe do Jordan. Mas encostei a porta e vomitei.Essas náuseas terríveis estão me acompanhando junto com as dores nos meus seios. Eu sou hipocondríaca mesmo. Será que eu tô com câncer de mama? Tá repreendido. Mas eu vejo tanta notícia disso, e os sinais. Eu vou enlouquecer. Tomara que a data chegue logo. Tenho que ir nessa consulta e saber o que tenho.Dou descarga e escovo meus dentes.Estou com fome, mas depois de tantos vômitos tenho medo de comer e vomitar de novo. Será que eu tô com intolerância a alguma coisa? Também causa vômitos.Tem tantas possibilidades para meu problema. Eu nem vou pesquisar no google para não morrer do coração. Se bem que se eu morresse do coração, tipo infarto, seria mais rápido do que da minha possível doença.Tô com medo. Tô aflita com isso.Amarro meus cabelos e entro no chuveiro para tomar um banho. Quem sabe isso lava os pensamentos loucos da minha cabe.Depois do banh
EVA GRAYSONSábado 10:05AM— Sim, sim. Tudo bem. Você já está lá? Digo, passou em algum lugar? — Jordan conversa ao telefone quando estamos no carro prestes a ir para casa dele. Acho que é com o Elliot. — Ah, tudo bem. Eu vou. Acredito que a Eva acabou de chegar aqui? Eu vou com ela.Filho da mãe mentiroso. Ele olha para mim sorrindo.— Sim. Sim.... Não. Não! Tá doido?! Eu não estava com ela! Estava na casa de um amigo meu. Modelo. Você sabe sobre o que aconteceu. Eu precisava esfriar a cabeça.Será que ele me usou para esfriar a cabeça?— Vamos gatinha? — ele me encara guardando o celular no bolso.— Você não estava me usando para esfriar a cabeça não né? — olho de um jeito severo para ele. Ele ri.— Claro que não Eva! — riu como se fosse um absurdo e me beijou. — Eu nunca usaria você Eva. — arruma meu cabelo. — Você é muito importante para mim. — me deu mais um selinho e depois mais outro, depois sorriu e colocou o cinto.— Tá. Tudo bem. — Acredito e ligo o carro. Ele não mentiria p