Consuelo

Eu sabia que teria que receber Felipe em casa hoje, não adianta meu pai querer forçar algo entre nós dois. Estar com ele não tem o mesmo encanto, frio na barriga e trocas de afeto que eu tinha com André. Me arrumei sem muita vontade e nem passei um brilha labial, minha mãe bateu na porta e a autorizei a entrar.

Elaine – Ele chegou filha.

Consuelo – Diga que eu já vou para lá, papai vem almoçar aqui também? – Perguntei penteando os meus cabelos.

Elaine – Me disse que sim.

Toda aquela empolgação que minha mãe tinha ao falar do meu pai se acabou depois daquele encontro no laboratório, não a julgo por isso. Ele era mesmo muito sem sorte e isso deve ser de família, nosso sangue parece ser incompatível com o amor.

Eu fui para sala de jantar, assim que me viu ele se levantou sorrindo. Não sei se o que Felipe sente por mim é de fato amor, mas estar comigo parece deixa–lo feliz.

Felipe – Oi, como você está? – Nos aproximamos e ele me deu um beijo no rosto, estava bem arrumado e sempre