Capítulo 05.

Graças a Deus o Enzo, que é muito brincalhão não levou a pergunta a sério e soltou uma gargalhada enorme ao dizer que não, mas que poderia ser seu amigo se ela quisesse. Depois daquele incidente terrível eu fiquei com uma vergonha tão grande que resolvi me afastar de todos e sentar um pouco em uma das cadeiras ao redor da piscina. Deixei a Camilla brincando com umas poucas crianças que tinham ali na casinha da árvore dos irmãos de Stella e fiquei pensando ao olhar para a água clara da piscina.

- Você está bem? - Teddy pergunta se sentindo ao meu lado.

- Ótima.- Sorrio para ele.- E você?

- Eu estou bem.- Ele coloca os pés dentro da piscina.

- E ana? - Pergunto para provocar e ele revira os olhos.

- Não quero saber de Ana.

- Você nunca vai me contar o motivo pelo qual terminaram?

- Não foi nada importante.- Dá de ombros.

- Então me conte.

- Algum dia.- Ele sorri para mim.- Vamos entrar na piscina?

- Não, estou sem roupa de banho.

- E quem disse que precisa de roupa de banho?

- Eu.- Reviro os olhos.

- Eu acho que não.

- Eu acho que si...- não consigo terminar a frase, pois ele me puxa para dentro da piscina e caímos na água.- Teddy, eu vou te matar.- Digo quando me levanto na água.

- Estava calor, me agradeça.- Ele j**a água em mim.

- Então é assim? - Jogo água nele de volta.

- É.- Ele arrasta o pé no meu e eu caio mais uma vez dentro da água.

- Você vai ver.- Eu digo quando vejo ele rindo.

- O que? Esse anão de jardim vai morder minha canela?

- Não seria uma má ideia.

- Mamãe, mamãe.- Diz Camilla correndo em minha direção.- Eu também quero entrar na piscina.- Estende os braços.

- Então venha.- Digo, mas antes de eu pegá-la o Teddy passa na minha frente e a segura.

- Vamos nadar, peixinha.- Ele diz a ela.

- Vamos titio.- Ela ri e o abraça.

A festa foi ótima e depois de tudo aquilo que passou eu me senti bem feliz de estar com pessoas que eu amo. Até peguei uma corzinha na pele já que sou muito branca. Depois de comer fomos para casa e resolvi que amanhã ia levar Camilla junto comigo ao trabalho pois não quero ela perto daquela mulher ridícula, além do mais o Teddy vai servir como uma boa babá para ela, esse será seu castigo.

.......

A quarta chegou e mais uma vez vou ter que encontrar minha tia linda, mas dessa vez vou me encontrar também com meu tio e seu advogado para acertar todas as coisas. Sinto um pressentimento de que algo ruim vai acontecer, então mais um dia levo minha princesa comigo ao trabalho pois quanto mais perto melhor.

Estaciono o carro em frente a empresa e desço, quando trago ela todos querem a pegar pois ela é linda, não é mesmo? E quer saber? Eu deixo, entrego ela para Stella pois estou super atrasada para reunião com minha tia, mas antes de sair Stella me segura com força no braço e com os olhos arregalados.

- Stella, agora não é hora para brincadeiras, eu preciso ir, estou atrasada. - A última vez que vi Stella assim foi na vez que... faz muito tempo.

- Promete que não vai pirar quando souber, ou melhor, ver.

-Prometo. - Mesmo não sabendo do que ela está falando, eu tenho mesmo que ir.

Dou um beijo na testa de Camilla e de Stella e saio em direção a sala de reuniões. Abro a porta e me sento sem nem olhar para quem está presente, organizo minhas coisas na mesa, me ajeito na cadeira e então olho para frente.

E então eu vejo o motivo de Stella estar tão assustada, o motivo de minha tia me querer tanto neste caso, e nos olhos do meu tio vejo um pedido de desculpas, começo a tremer e meus olhos enchem de lágrimas, mas vou me demonstrar forte.

Adivinhem quem é? a razão de todos os meus pesadelos, o homem que me magoou profundamente. Henrique. Ele me olha de cima a baixo, e para com os olhos castanhos esverdeados exatamente nos meus. Tenho certeza que ele nunca me amou, mesmo que o olhar dele pareça me dizer o contrário.

Mas no momento minha maior preocupação é que ele descubra de Camilla, e o pior é que não posso sair da sala para pedir a Stella ir dar uma volta com Camilla, olho para minha tia que da um sorriso malicioso. Eu sabia que tinha coisa aí.

- O... oi tio Marcello. - Minha voz falha um pouco no começo mas nada que não se conserte.

- Oi Caroline, quanto tempo. - Henrique fala com a maior cara de pau que se pode ter, e o pior é que quando ele pronunciou meu nome eu arrepiei.

- Hum, Oi, Henrique. - Digo seca.


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